Suicidio e pudor
Na hora da nossa morte desce sobre os homens um pudor excessivo. Leio a notícia do falecimento de Cáceres Monteiro no Público, na Visão e na TSF. Recordam-nos aspectos da vida do jornalista, o que agradeço. Mas fico sem saber a causa da morte. Será que não é importante? E que, ao invés, é fundamental ficar a par da hora a que nos deixou? Com eufemismos ou por omissão, é assim que geralmente se resolve este problema. Como se houvesse um problema.
Fala-se tanto na tal "doença prolongada" que mais parece ser algo indigno. E sei de outros relatos vagos, que se alastram aos cochichos, deixando a pairar no ar a hipótese nunca resolvida do suicídio. Como se o suicídio fosse humilhante. São casos de pessoas demasiado próximas para que fique indiferente. Nestas coisas, como em quase tudo, o silêncio é um vácuo que não demora a ser preenchido, quase sempre com insinuações e mentiras. Mais vale falar antes, e dizer a verdade.
Tem toda a razao o Vasco! Antes do 25 de Abril em Portugal o suicidio nao existia, parece que a esse respeito pouco mudou em Portugal ... De que e' que temos medo?

1 comentário:
Não sabia que havia essa hipótese!
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