Coisas que eu nunca vou perceber
Porque é que o dia do trabalhador é celebrado com um feriado?
Porque é que o dia do trabalhador é celebrado com um feriado?
à(s)
13:08
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Andar na rua é uma aventura só comparável às de Tolkien. Com tantos e tão bons pares, que todos os dias encontro pelo caminho, cheguei à única conclusão possível: Deus é Gay. Só assim se compreende que existam em média seis pares para cada homem e os cavalheiros sejam despachados para o reino dos céus mais depressa do que as senhoras. Se Deus fosse verdadeiramente heterossexual guardava a Scarlett Johansson só para ele.
Se ele é gay ou não eu não sei, mas que ele podia ter investido mais esforço no decoro da obra para descanso do meu Tonecas é um facto que não pode ser desmentido.
à(s)
17:16
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O G. era um barmen de Camden Town. Camden Town é uma das zonas mais apaixonantes de Londres, por ser uma verdadeira cornocópia da condição humana. É algo que eu não vos consigo explicar, mas é algo que todos os que conhecem aquela parte da cidade reconhecem. Camden Town é o local da cidade de todas as amoralidades. É o sítio da noite por excelência.
O G. não era só um barmen era também um vendedor de ervas aromáticas muito especiais. Em camden isso não era nada fora do habitual, lembro-me que muitas vezes fazia a pé um pequeno trajecto entre duas estações de metro e me ofereciam Canabis três vezes. O G. foi expulso da Suiça aos doze anos por roubar um supermercado, arrastando com ele a família de regresso a Portugal. O G. vivia em Inglaterra porque como ele costumava dizer "Em Portugal o cerco [policial] se estava a apertar". Em suma o G. era um tipo com Curriculum Vitae.
O G. foi um dos meus melhores amigos em Londres. Isso não se discute. O G. era uma pessoa violenta (qualquer criminoso é violento) e perigosa, mas ao mesmo tempo G. tinha uma fragilidade enorme e muito própria que só as pessoas mais próximas conheciam. O G. para mim era uma espécie de filho adoptivo, é engraçado que um dia depois de uma conversa mais conturbada ele me perguntou se eu não gostava de ter filhos.
(Continua, espero eu)
à(s)
03:24
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Cheguei a considerar uma segunda versão: There is a text writen by Kafka describing what should be done in bureaucratic system when a mistake is done that can be applied rather well to the present situation.
A contenção continua a imperar. Vergonhoso.
à(s)
00:17
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Estive prestes a enviar agora um email com as seguintes palavras: At least we belong to the privileged few that have a clue on Kafka's source of inspiration.
Infelizmente a contenção imperou. Deprimente.
à(s)
00:05
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A provocação, como o coito, é uma arte que pode, mas não deve, ser interrompida.
à(s)
15:02
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A ordem dos 10 mandamentos é diferente no Deuterónimo no Êxodo e no Catecismo.
à(s)
07:26
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à(s)
06:57
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Como já devem ter reparado isto por aqui anda numa espécie de Período de Revolução em Curso blogosférico. Nem tudo tem sido fácil.
O destaque destes senhores é muito bem vindo.
à(s)
22:09
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And the winner is:
Entretanto tenho-te a confessar que fui um bocado promíscua e andei a dar umas voltas pelos blogues dos outros. Eis as minhas descobertas:
- A blogosfera portuguesa é um imenso bosque de pirilaus!
- As pilas estão chateadas: Os blogues mais parecem livros de reclamações da DECO. Não há pachorra.
- Os nossos caralhinhos pátrios querem ser o Pacheco Pereira quando forem grandes.
- Pelo exagero do tamanho dos textos publicados os gajos já não se devem conformar com medir as pilas. A nossa juventude está perdida.
Alguém vui a fita métrica? Enquanto o pau vai e vem, contento-me com o sitemeter.
Eu falo por mim!
à(s)
06:58
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Corvos sobre um campo de trigo por van Gogh
Reparem nas cores vivas que van Gogh nos deixou quando partiu. Esqueçam os corvos.
à(s)
05:48
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Por email, mandava beijinhos aos rapazes e abraços às meninas. Lixou-se de vez.
à(s)
01:08
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Razão tem a Susana: um gajo que mete dois contadores no blogue não pode estar bom da pinha ...
à(s)
19:20
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à(s)
12:06
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Qualquer relação deste post com as páginas amarelas, é pura coincidência.
à(s)
02:36
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Isto da bloga colectiva (piscadela de olho à ala Marxista do bloguitório) tem muito que se lhe diga. Escreverei mais sobre isso. Quando tiver pachorra, e me der na mona!
à(s)
10:09
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Ver o Corcunda de Notre Dame ao lado do meu tia na sala lá de casa.
à(s)
14:59
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Àquele sítio da memória só chego em sonhos ou por associação livre. Dói-me tanto!
à(s)
13:56
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Ou muito me engano, ou da próxima vez que for a Londres, o Ladrãozeco de esquina que veste colarinho branco vai receber mais uns emailzitos ...
à(s)
08:31
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Mandei ontem um email simpático ao meu EX-orientador, a dizer para se manter em contacto.
à(s)
08:26
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Ter momentos de sulamurdice é grave, mas quando o sulamurdo não toma responsabilidade pelas suas sulamurdisses então o caso torna-se sério. Mesmo.
à(s)
13:25
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O negro de fundo.
Em breve voltaremos ao formato normal, se tiverem saudades de pastagens mais verdes, é só irem ao arquivo.
à(s)
05:07
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A hora da decisão sobre o que vou fazer a seguir chegou, até agora só existiam cenários (na minha cabeça), mas chegou a altura de passar dos cenários à decisão. Entretanto (e se não se importarem) a coisa vai continuar coberta de algum mistério. Prometo que isto vai ser mais curto do que a grave dos mineiro ingleses. É claro que pelo caminho o meu Marxismo é capaz de ir para o caraças, mas o mundo do trabalho é assim: é preciso fazer compromissos. [Aliás não sei se a demora entre este post que agora escrevo e este post, não tem a ver com uma decisão minha mais Marxista (e "legalista"!) e uma eventual condenação a trabalhos forçados.]
à(s)
10:19
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Queria em primeiro lugar fazer dois esclarecimentos:
1) Sou um defensor assérrimo do uso do anonimato na internet. Que o seu uso levanta problemas todos sabemos, mas na maior parte dos casos esses problemas são facilmente resolúveis para um blogger experiente. Aliás ando a pensar em publicar uma série de posts (noutro blog) sobre aquilo a que eu chamaria o assassinato de caracter de comentadores anónimos.
2)Aquilo que eu pretendo aqui discutir não é o uso de "nicks" ou "pseudónimos" nas caixas de comentários, essa é uma pratica que aqui sempre foi acarinhada (ver ponto 1).
O problema que me preocupa e que se vem agravando aqui no tasco é o uso de comentários anónimos sem qualquer espécie de "nick" ou "pseudónimo". A coisa é complicada de gerir, porque mesmo com as ajudas do statcounter e a análise do conteúdo e do contexto dos comentários é difícil de identificar quem é quem e de responder adequadamente, e acreditem que mesmo quando os comentadores são identificados por um pseudónimo ou nome já me é difícil responder a alguns comentários, porque este é um blog com um público pequeno mas muito diverso e há várias sensibilidades que têm que ser acauteladas.
Dito isto queria terminar com duas notas finais:
1) Julgo que foi Kasparov que se iniciou no mundo do xadrez jogando apenas com peças negras, nesses jogos ele tinha que identificar as peças dos dois jogadores de memória. O exercício epistemológico é interessante sem dúvida.
2) Não tenho a mínima intenção de "proibir" o tipo de comentários que aqui critico, porque eles são dados a pérolas muito especiais, passo a citar a minha favorita bem no fim de um comentário não identificado "não sabes quem sou?!sabes, sabes, sou..........ninguém.", leiam este senhor porque vale a pena. [Usando a metáfora do xadrez espero não estar a confundir as peças brancas com as pretas ...]
à(s)
05:26
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Esqueço-me sempre de dar os parabéns aos outros bloggers pelos aniversários dos respectivos blogs, há algo de redentor no facto de me ter esquecido da efeméride do dia 16.
Cada vez que leio aquele post acho que comecei com o pé esquerdo ...
à(s)
13:59
Por definição, o blogger é um exibicionista. Sucede que há o Bookporn ligeiro e o Bookporn pesado. E alguém que não saiba revelar quantos metros lineares de lombada entram por mês em casa está a desconversar. É esta a única dimensão fálica de uma biblioteca. A única que importa. Exibam-se com profissionalismo.
Experimenta dizer isto no bitaites a ver se eles não tomam logo juizo.
à(s)
12:12
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Há coisas que não se devem discutir via MSN.
(A seu tempo lá chegaremos. Primeiro tenho que endireitar certas coisas na minha vida profissional. Falta pouco. Muito pouco.)
à(s)
11:15
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Jovem, gostas de coboiadas? Sim?! Então vem já doutorar-te no Reino Unido! Junta-te também tu aos imperialistas.
Pessoalmente, posso-te garantir que te vais divertir à brava [desde que saibas encarar a vida com sentido de humor].
à(s)
07:51
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Os posts curtinhos dão muito jeito. Ocupam menos espaço, e há blogs em que o espaço é um recurso precioso.
à(s)
16:18
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A prova que algo de errado se passa com este blogue (que por enquanto ainda é pouco lido) é que volta que não volta, tenho cá comentadores anónimos dificílimos de identificar que sei que trabalham no meu sector de actividade.
à(s)
07:36
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Cada movimento do seu corpo tinha como intenção destacar a presença generosa dos seus seios ...
à(s)
01:40
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"I thank the many people who have trained in my lab and who have enriched my experiences by performing experiments that I asked them to, and also experiments I did not. I express special thanks to the many wonderful students to whom I have had the privilege of teaching the always fascinating science of immunology over the past 23 years at the Yale University School of Medicine. Were it not for their probing questions, I probably would never have made the few contributions outlined in this essay. It has been a wonderful life for me."
Charlie Janeway
Há uma coisa que escapa aos fanáticos da luta contra o plágio, é que em certas circunstancias surripiar certas coisas aos outros não é um abuso, mas um sinal de cumplicidade. Espero eu ...
Um abraço
à(s)
12:20
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No post original: O meu torrãozinho (...) afirma que Camões não é ninguém em comparação com Fernando Pessoa (...)
Eu comentei: Isabelinha, não queres elaborar sobre a questão Camões vs Pessoa. Eu julgava que era um excêntrico nessa matéria, mas detecto aqui sinais de que não serei o único excêntrico.
A Isabela respondeu: Isso é uma pergunta, Luís? Excêntrico em Camões versus Pessoa. São poetas de épocas muito diferentes e têm de ser lidos de acordo com a época em que criaram. Camões foi excelente, mas é provável que se tivesse nascido à roda de 1900 tivesse pertencido ao grupo do Orpheu, esses falhados, com todas as consequências que isso teve para cada um deles. Posso insultá-los à vontade, não quer dizer que não goste do que criaram. Para mim isto é muito claro: um(a) autor(a) não tem que ser venerado. São insuportáveis a maior parte das vezes. Vaidosos, egocêntricos, egoístas, obsessivos, irresponsáveis... Separa-se a obra da personalidade ou estamos lixados.
Gosto muito de Camões. Pessoa tem uma obra mais vasta. Camões escreveu mais, mas não tinha uma arca e viveu numa época em que a autoria não era protegida. Mas não há muita diferença, ao nível das linhas de leitura, entre os últimos sonetos de Camões, os do desconcerto do mundo e Álvaro de Campo da fase depressiva. Penso que isto esteja estudado.
Obrigado Isabela.
À consideração destes senhores.
Este último comentário não é propriamente um comentário Marxista, mas é o que se arranja ...
à(s)
06:24
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G: Do you think its bullshit?!
Luis: Let me put it like that: it's a PRL!
G: I guess I know what you mean.
à(s)
02:52
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O blogue do casal: blogue mantido por um homem e uma mulher. Ele assina como Josefa e ela como António.
à(s)
02:24
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Um dos problemas dos blogs colectivos é o facto destes serem um espaço ideal para actuação dos egos excessívos.
Felizmente não há regra sem excepção.
à(s)
20:03
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O Zé está-me sempre a insultar nas caixas de comentários, mas só nas caixas de comentários é que me insulta. Nunca discutimos os insultos.
à(s)
08:50
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O antigo estudante de doutoramento destroi a maior parte da sua colecção de artigos científicos. Novos mares virão.
E à mail box, o que fazer?
E aos arquivos onde estão guardadas inúmeras simulações, algumas usadas nas publicações científicas do aluno ou na sua tese, outras olhadas com desdém pelos seus superiores hierarquicos?
E porque não perguntar: e o que fazer com o blog?
E o que fazer com as obras de Marx zelosamente escondidas no gabinete de Queens Road em South Kensington?
Enfim, o caso dos artigos é fácil de resolver, o de Marx é bem mais complicado!
Um abraço a todos!
à(s)
09:12
6
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"Certamente que as motivações de um cristão da massa são muito mais de ordem moral que metafísica. Este cristão define-se, antes de mais, pelo temor de um Deus antropomórfico, não obrigado por um determinismo intemporal, e, por conseguinte, como o próprio homem, senhor a cada instante dos seus actos e das suas respostas; um Deus sem plano preconcebido. Uma tal ausência de metafísica lança o cristão vulgar numa moral estritamente utilitária, atrás de vantagens ou de garantias pessoais no céu ou na terra (...) porque nesta fase de evolução, já não basta anatemizar o Mal para o fazer desaparecer; o sortilégio verbal, desvirtuado pelo uso excessivo, já não consegue obter a adesão. As dualidades são, daí em diante, verdadeiramente sentidas na carne e na alma. Esse cristão encontra-se dilacerado. Não consegue ver, na "queda", exactamente o elemento que condicionou a Criação, e continua a concebê-la como um acto contingente que compromete a sua própria responsabilidade. O seu pensamento, se não o seu corpo, está constantemente voltado para esta exasperação moralista da noção de pecado e leva-o a uma desconfiança profunda não só em relação ao mundo como a si próprio. Literalmente, isolando o Mal em si, e recusando-se a ver no Diabo uma criatura de Deus, os cristãos da massa divinizam-no. Dir-se-ía que o cristianismo vulgar actual foi inteiramente conquistado pelo maniqueísmo. Estes cristãos não compreenderam as palavras do Livro de Tobias: "E porque éreis agradáveis a Deus, foi preciso que a tentação vos pusesse à prova." Verifica a dualidade e alimenta-a precisamente com esse medo que se recusa a ser ponderado e, de certo modo, dissolvido pela inteligência." Raymond Abellio via de vagares ...
à(s)
06:52
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Un dia destes ainda vos vou contar como é que um manfio me convidou para gerir um bar em Londres. Em Camden claro.
à(s)
23:12
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Usar a matemática, para fazer as contas erradas baterem certo.
à(s)
22:53
3
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O que é que se deve exigir de um blogger político?
Neutralidade relativamente aos interesses? Coragem?
Será que que a neutralidade relativamente aos interesses existe verdadeiramente? Penso que não. Qualquer indivíduo tem quase por definição interesses próprios. Nesse contexto, em que medida é que a coragem pode ser considerada por si só uma virtude?
Relacionada com esta questão, surge-me outra mais institucional. A ERC devia ter responsabilidades ao nível do controlo da actividade dos bloggers? Penso que sim.
Aquilo que eu defendo aqui não é a criação de uma espécie de "PIDE" moderna para controlar os blogs políticos. Acho que ao nível da política geral, não há razão para ter grandes receios, não encontro por aí muitos bloggers com intenções "subversivas".
Ao nível dos blogs criados para discutir uma actividade específica a situação parece-me mais complicada. Por um lado acho que deve ser garantido ao cidadão o direito de manifestar os seus interesses - esse é no meu entender um dos vectores essenciais da liberdade de expressão. Por outro lado é preciso garantir que a blogosfera não se transforma num espaço de decisão sobre matérias do interesse público, no meu entender isso seria errado porque o bloging é uma actividade muito pouco regulada e difícil de regular; para verificar que este é um risco real basta verificar a quantidade de microcausas que surgem todos os dias.
Ainda relativamente à questão que levanto no último parágrafo queria ser um pouco mais específico. Para mim é óbvio que no meu ramo de actividade há entidades que procuram observar e comentar o que é feito na blogsofera. Acho isso legítimo e até desejável, o que me parece necessário assegurar é que esse controlo é feito em nome do interesse público - seja lá isso o que for. E no meu entender definir aquilo que é o interesse público na minha área de actividade (a ciência) é das coisas mais difíceis que existe, é uma questão relativamente à qual estou longe de ter ideias fixas. Acho que é uma questão que merecia blog próprio.
à(s)
12:05
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A palavra coragem é uma palavra com que tenho uma relação cada vez mais difícil. Sempre que oiço dizer "folano de tal é corajoso", interpreto isso como "folano de tal anda à procura de problemas".
à(s)
10:56
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Quando contemplo certas tarefas que me são atribuidas, geram-se estranhos curto-circuitos na minha cabeça, infelizmente já estou tão habituado a isso que já não estranho (muito).
à(s)
21:09
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[versão editada]
Criatura desconhecida do sexo masculino: Sabes, depois de viver durante 4 anos em Inglaterra, já não aguento com musica tão romântica. Esta treta é como um bom vinho, um gajo fica um bocado inebriado.
Jovem desconhecida do sexo feminino de origem francesa [ou portuguesa]: Exacto.
(É que o pobre diabo tem mesmo que ser disciplinado, e certificar-se de que só ouve a música certa.)
à(s)
18:10
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Quem é o Santiago do Conta Natura?
Estive toda a tarde a ler os arquivos do Conta Natura e não consegui descobrir nada!
Só vejo uma explicação, o Santiago escreve aquelas coisas que nós sabemos lá no Conta para servir de bálsamo ao ego dos responsáveis pela política científica em Portugal. Conclusão: está bom de ver o Santiago só pode ser um professor do Instituto Superior Técnico!
à(s)
17:12
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... porque é que Sócrates nunca apresentou queixa contra o Platão, tendo em conta a forma como este o plagiou?
E não me venham cá com aquela treta de que o gajo já estava morto quando a Assírio e Alvim publicou a apologia, porque eu tenho a certeza que existe uma razão mais profunda.
à(s)
01:49
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Eu já desconfiava que o meu problema era esse: o clitóris.
Há que intervir: cirurgicamente.
à(s)
22:35
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Sendo este um blog eminentemente pessoal, por vezes também comento assuntos profissionais. Há momentos em que isso é o mais natural, porque em momentos chave da nossa vida profissional, o que é profissional tem consequências na vida pessoal.
Alguns dos meus leitores são capazes de estranhar o meu silêncio relativamente a certas matérias, esse silêncio significa isso mesmo: silêncio.
à(s)
14:25
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Recebi um email muito curto, em resposta a um relativamente longo, que termina com a frase: "Não atines que vais ver."
Vindo de onde vem é preocupante!
à(s)
14:04
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Não invejo muito quem é rico, ou bonito, ou alto, ou triunfante, ou jovem, ou… sei lá. Quem eu invejo é quem é feliz. Descobri, agora, que tenho inveja de António Guterres, imagine-se…
Não por ele, ontem, ter recebido o Prémio Personalidade do Ano 2005, outorgado pela Associação de Imprensa Estrangeira, evento que a foto documenta.
Não é por isso. É por aquilo que ele disse, na ocasião. Disse ele que “não estava de todo à espera, na verdade, para mim já é um prémio suficiente estar a fazer aquilo que estou a fazer, que era exactamente aquilo que queria fazer nesta fase da minha vida e que tenho imenso gosto em fazer". É disto que tenho inveja.
Pelo Carlos Narciso no sua imprescindível Escrita em dia
Isto dava de facto pano para mangas, mas agora não me sinto com folgo. Fica para outro dia.
à(s)
13:02
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Geoff Stephenson - Arthur Schopenhauer - Joaquim José Sainhas de Oliveira (RIP)
à(s)
05:58
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A questao etica que se me coloca e se dado o caracter hierarquico da relacao professor aluna nao devia ser ela a mamar nele.
Por outro lado ocorre-me agora que nos bordeis as prostitutas consideram o orgasmo feminino uma coisa muito importante (se e' verdadeiro ou falso isso agora nao interessa muito), ou ha' maior feito do que fazer uma prostituta ter um orgasmo?
(Reedição dedicada a este senhor)
à(s)
01:21
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É essa a verdade: quando for grande quero ser como o João Pedro George. O obstáculo que se me coloca é escolher as obras sobre as quais verterei o meu fel, depois as leis do determinismo físico tomarão conta de mim e tudo acontecerá naturalmente. Se por acaso me apanharem a tecer rasgados elogios a uma das minhas vítimas não de iludam! Será apenas com o fito de mostrar o cuidado que ponho na sua escolha.
O naco de prosa a que hoje me vou dedicar é uma carta extraída da correspondência sentimental de uma das nossas leitoras (sem link) datada de 20 de Janeiro de 1996. Trata-se de um exemplar raro, portanto. Devo dizer que os meus pais, antes do seu casamento, no ido Verão-quente-de-75, mantiveram um romance epistolar. Como diria a minha avó isso foi na altura da "maluqueira". Isto, há trinta anos. Ora, a raridade do exemplar que estudamos hoje deriva justamente da escolha, em pelno ano de 96, da epistola para comunicar o sentimento amoroso. Vale a pena lembrar que na altura, em meio urbano, não era de todo invulgar o uso de telemovel. A escolha da epistola revela-se acertada - o desdém da destinatária pelo uso da mensagem curta como expressão romantica é do domínio público.
Ora, dizia eu, o uso de epístola é um claro sinal da influência de Platão sobre o nosso autor. De resto o próprio texto da carta é claro a esse respeito. Por um lado o autor refere o anterior evio de um postal ilustrado, mas mais significativo é o terceiro parágrafo da obra em apreço "Serás sempre o meu amor mesmo quando saires da nossa escola." Querem prova mais directa da tese aqui apresentada?!
Mas o platonismo não é senão uma manta curta - por de trás das ideias puras da caverna platónica esconde-se a dura realidade quotidiana da relação objectal.
Voltemos a analisar a frase. "Serás sempre o meu amor mesmo quando saires da nossa escola." O autor faz uma paráfrase dos votos matrimoniais católicos (provavelmente inconsciente). Aqui não é a morte que apartará do nosso autor a sua amada, mas sim o progresso académico desta última. É tentador supor que o progresso académico da destinatária da nossa carta era mais célere do que o do nosso autor, apesar do óbvio interesse dela pelo futebol e pelo ping-pong. Um drama diário nas sociedades contemporâneas.
Exploremos outras possibilidades de análise. Outra possibilidade plausível (o quê, não vos chega este adjectivo?!) é a possibilidade de uma diferença etária que, mais tarde ou mais cedo, forçaria o afastamento dos potenciais amantes. É todo um programa que se estende inexplorado à nossa frente! Há a reter que a destinatária da carta tinha na altura 11 anos, significa isto que na hipótese da diferença etária estamos perante uma criança que se enamorou por uma rapariga na puberdade, o motivo será provavelmente a curiosidades masculina peranta a sexualidade feminina que ali desponta.
[Desculpa, ter-me apoderado do teu espólio, para escrever um post tão autobiográfico, mas a projecção é o mecanismo mais eficiente para lidar com a "dura realidade quotidiana" "que se esconde por de trás das ideias puras da caverna platónica".]
A ler também isto e isto.
à(s)
00:53
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