- Bem, quando eu era muito pequeno vivia-se no meu país sob uma ditadura. Houve depois um golpe militar e quando os soldados estavam a passar perto de uma florista alguém colocou cravos no cano das espingardas. Os cravos passaram então a ser o símbolo da revolução. Até hoje.
- Os soldados que faziam a revolução colocaram flores nos canos das espingardas?
- Sim.
- Então e se tivessem que disparar?
- Foi uma revolução quase sem tiros.
- Vê se enfias a flor no cu, sacana. Usa uma espingarda para ajudar, se a tua amiga não estiver por perto. Não me voltes a ligar. Nunca mais. Ouviste?
(Depois de uns segundos de silêncio, já com a população de transeuntes renovada, ele começa a cantarolar, baixinho, primeiro com as palavras e depois em murmúrio:)
- "Quis saber quem sou, o que faço aqui, quem me abandonou, de quem me esqueci, perguntei por mim, quis saber de nós", huummm hummmm hummm...
[Como vês camarada Vasco não é pela falta de permalinks que a guerra vai acabar. Abraço.]
1 de maio de 2006
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2 comentários:
Sounds a bit somber.
Try to cheer up ...
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