6 de dezembro de 2008

AT&T vai cortar 12 mil empregos, 4% da força de trabalho

NOVA YORK (Reuters) - A maior operadora de telecomunicações dos Estados Unidos, AT&T, anunciou que vai eliminar 12 mil empregos, ou cerca de 4 por cento da força de trabalho, em uma nova rodada de cortes para lidar com a desaceleração da economia.

A AT&T informou que vai cortar os empregos entre o final deste ano e 2009 e assumir encargos de cerca de 600 milhões de dólares no quarto trimestre de 2008.

A decisão segue anúncio da companhia feito em abril de redução de 4.600 postos, principalmente em cargos administrativos. Além disso, a empresa tinha revelado no final do ano passado um plano de três anos para cortar 10 mil empregos.

"Os cortes de empregos não são surpreendentes diante do enfraquecimento nas tendências de telefonia fixa residencial", afirmou o analista Chris Larsen, do Credit Suisse.

A AT&T é apenas uma entre várias companhias de tecnologia e de mídia que estão tentando cortar custos para sobreviver. A Viacom informou na quinta-feira que vai eliminar 7 por cento de sua força de trabalho, ou 850 empregos, enquanto a Adobe Systems anunciou um dia antes que vai eliminar 8 por cento de sua equipe, ou 600 empregos.

(Por Ritsuko Ando)

Delocalizado

Esta semana 15 colegas meus foram despedidos.
Motivo: deslocalizacao para a India.
Resultado: os meus colegas estao mais dispostos a concordar com as minhas posicoes de bota de elastico.

Objectivo: garantir que continuam a haver motivos para os meus colegas discordarem de mim.

5 de dezembro de 2008

Are you Mr. George Clooney? You must be mistaken!


Michael Clayton, a high-priced-law-firm's fixer, leaves a late-night poker game, gets a call to drive to Westchester, and watches his car blow up as he's taking an impromptu dawn walk through a field. Flash back four days. He owes a loan shark to cover his brother's debts (Michael's own gambling habits have left him virtually broke). His law firm is negotiating a high-stakes merger, and his firm's six-year defense of a conglomerate's pesticide use is at risk when one of the firm's top litigators goes off his meds and puts the case in jeopardy. While Michael is trying to fix things, someone decides to kill him. Who? Meanwhile, his son summarizes the plot of a dark fantasy novel. Written by {jhailey@hotmail.com}

Michael Clayton is Mr. Fix-It for his law firm, Kenner, Back and Odeen. A former District Attorney, Clayton uses his contacts in the police and the criminal justice system to bail out the firm's wealthy corporate clients. When one of the firm's senior partners, Arthur Edens, has a nervous breakdown while taking a deposition in a lawsuit against a major agrochemicals company, Clayton is dispatched to bring him home. What Clayton soon learns is Edens not only has doubts about defending the lawsuit but that the company may be acting on its own to ensure a positive outcome. Written by garykmcd

In New York, the divorced attorney Michael Clayton has been working for many years fixing messy situations for the law firm Kenner, Back and Odeen. He has never been invited to become a partner due to his conflictive personality of poker gambler and alcoholic that left him completely broken. Michael's addicted brother owes a high amount to a dangerous loan shark and Michael is trying to find a means to cover the debts. When the brilliant attorney Arthur Edens that has been ahead of the U-North case, a complicated three billion dollars lawsuit, for six years has a nervous breakdown and is arrested naked in a parking area in Milwaukee, Michael tries to help his friend, and is involved in an evil scheme plotted by Karen Crowder, the legal counsel of U-North. Written by Claudio Carvalho, Rio de Janeiro, Brazil

Michael Clayton is an in-house fixer at one of the largest corporate law firms in New York. A former criminal prosecutor, Clayton takes care of Kenner, Bach, & Ledeen's dirtiest work at the behest of the firm's co-founder, Marty Bach. Though burned out and hardly content with his job as a fixer, his divorce, a failed business venture, and mounting debt have left Clayton inextricably tied to the firm. At U/North, meanwhile, the career of litigator Karen Crowder rests on the multi-million dollar settlement of a class-action suit that Clayton's firm is leading to a seemingly successful conclusion. But when Kenner Bach's brilliant and guilt-ridden attorney Arthur Edens sabotages the U/North case, Clayton faces the biggest challenge of his career and his life. Written by Warner Bros. Pictures

25 de novembro de 2008

O Inverno

O Inverno que se avizinha para mim promete ser longo e frio ... porque é que será que há dias em que só o abismo dialoga connosco?

24 de novembro de 2008

23 de novembro de 2008

Ai as putas das férias ...

... que acabam sem pedir licença!

5 de novembro de 2008

Customer Procurement Office

Quando quiserem deixar algo ao critério dos vossos clientes, e não sabem muito bem se isso é bom digam ao cliente para consultar o seu próprio "Procurement Office".

[Tirado da net, algures]
[Sim, sim, é nestas alturas que eu gostaria que alguém me perguntasse o preço do tremoço.]

29 de outubro de 2008

Se tivesses comprado, há um ano, 1.000 Euros em acções da Nortel Networks, um dos gigantes da área de Telecomunicações, hoje terias 59 Euros.

Se tivesses comprado, há um ano, 1.000 Euros em acções da LucentTechnologies, outro gigante da área de telecomunicações, hoje terias
79 Euros.

Agora, se tivesses comprado, há um ano, 1.000 Euros da Super Bock (em CERVEJA, não em acções), tivesses bebido tudo e vendido as garrafas vazias, hoje terias 80 Euros.

Conclusão:

No cenário económico actual, perdes menos dinheiro se ficares sentado a beber SUPER BOCK o dia inteiro!

Now that you all know my name could you please explain me what have I done to deserve that?

The Guardian (and Mr K)

- Vamos então agora ouvir o report do LO.
- Sobre aquele email da C. o U. ainda não me respondeu.
- Então tens que ir telefonar ao U.
- Para que é que eu vou telefonar ao U. se o U. está farto de saber a minha opinião sobre o assunto em causa?! Para mais ontem disseste-me que eu não posso ligar ao Z. porque raio é que hei-de ir ligar ao U.?!

28 de outubro de 2008

Já sentes a crise?

Aparentemente há gente que continua a pensar que a crise é só nos jornais.

Em boa verdade muitos deles já a sentiram, só que continuam mais preocupados com os aumentos de ordenado do que com outras coisas. Não hesitam em mentir.

Eu acho que ainda não aprendemos nada com esta crise, continuamos a repetir exactamente os mesmos erros que nos trouxeram aqui. Por este caminho ainda vamos ter que nos afundar mais.

Em abono da verdade importa dizer que eu não sei se mereço os recursos que a sociedade investe em mim, só me posso comprometer a levantar-me todos os dias às seis da manhã por fazer por isso.

[Vou também continuar a cumprimentar as senhoras da limpeza que também são filhas de Deus e a rir-me quando elas dizem: "Hoje houve uma senhor engenheiro que me ofereceu um grande presente.".]

26 de outubro de 2008

O que é que um gajo faz quando vê um anuncio de emprego que oferece entrevistas por sms?

Só para me divertir até era capaz de mandar umas mensagens ... mas esta gente se calhar é tão maluca que ainda me contratava a mim.

25 de outubro de 2008

O parasita

Se o gajo ganha mais do que nós e não faz a ponta de um corno?

Da reputação deste blogue ou está muito bem apanhado sim senhor

"A Helena incluiu-me numa cadeia. Pensei em não reagir, porque 15 é muito trabalho. Eu visito 15 blogues, mas não sei se quero incluir aqueles blogues que realmente gosto, com aqueles que é um pouco como visitar as putas.

Blogues? Seja eu verdadeira, eu já ando há tanto tempo nisto, que metade dos quinze não é os blogues, mas um caso pessoal.

É óbvio para a Helena que a incluo a ela, porque se fossemos vizinhas num prédio, estariamos sempre na conversa nas escadas. E se eu não a encontrasse um dia, estaria a bater-lhe à porta e muito infeliz porque ela tinha ido de férias e não me tinha dito nada. Snif, snif.

(...)

Depois há o José, que se queixa imenso, trata da horta e tem cães e sempre que o vou visitar, ele tem de ir caminhar os cães à rua.

Depois há o Luís, mas ele é demasiado estranho... Ele nem se desculpa com os cães. "Desculpa abrunho, tenho de me passear à rua." Estranho, muito estranho. (...)"

Retirado daqui.


Ultimamente raramente falo com a S., mas hoje fiquei feliz por saber que está grávida de 6 semanas.

fim de semana

Já não me lembro de passar um fim de semana sozinho há muito tempo.

Agrada-me a privacidade, mas confesso que as horas me parecem mais longas e nem sei o que fazer com elas ...

Este homem vai relamente ficar nos anais da rectórica política

14 de outubro de 2008

Distinguir o trigo do joio


Diz-se por aí à boca pequena que o problema dos homens é não entenderem as mulheres.

Nada disso.

O problema dos homens é não saberem distinguir uma cabra duma ressabiada!

Imóvel

À minha direita ele vê imóveis.
À minha esquerda ela vê imóveis.
Nada contra.

Só há um ligeiro problema: eu não sou agente imobiliário e estamos no horário de expediente.

9 de outubro de 2008

Retratos das relações laborais posmodernas

À ameaça "A carteira ou a vida!" há que decidir se respondemos
1) dando a carteira
2) com um "Passa para cá a pistola!"
3) pedindo ao moço para nos emprestar 50 cêntimos para ir comprar uma bica

Só sei que o a 2ª opção não se adequa muito à minha personalidade e que entre a 1ª e a 3ª por enquanto ainda me inclino mais para a primeira.

Há, quanto às balas, "keep cool" porque os Cow Boys que ameaçam muito com a pistola acabam por ter medo das balas perdidas ...

Alto e para o baile!

Digam lá que pessoas como esta senhora não deviam ser punidas!

4 de outubro de 2008

coeficiente de atrito

Atritos com as chefias são uma coisa normal. A malta chateia-se mas sabe fazer as pazes.

Depois surgem os pares que se gabam ao telefone de que o part-time deles é bater o couro à malta.

É por isso que no meu local de trabalho tenho amigos e colegas.

A base no fundo é sempre a mesma: temos que ser bons colegas. E o resto é ganho.

2 de outubro de 2008

Por hoje já chega ...

Hoje escrevi um email a este senhor, mas ainda me falta a coragem para escrever a este.

26 de setembro de 2008

Tudo tem um lado positivo!

O contacto com o departamento de RH era tão agradável tão agradável, que mal era ameaçado de demissão numa das reuniões semanais começava a sentir borboletas no peito.

21 de setembro de 2008

Ma deixas louca



Quando caminho pela rua lado a lado com você
Me deixas louca
E quando escuto o som alegre do teu riso
Que me dá tanta alegria
Me deixas louca

Me deixas louca quando vejo mais um dia
Pouco a pouco entardecer
E chega a hora de ir pro quarto escutar
As coisas lindas que começas a dizer
Me deixas louca

Quando me pedes por favor que nossa lâmpada se apague
Me deixas louca
Quando transmites o calor de tuas mãos
Pro meu corpo que te espera
Me deixas louca

E quando sinto que teus braços se cruzaram em minhas costas
Desaparecem as palavras
Outros sons enchem o espaço
Você me abraça, a noite passa
E me deixas louca

bom vento

A blogosfera é uma das coisas boas das férias. Mesmo quando são só dois dias.

Ler, comentar (sem grande preocupação para verificar a contra-resposta) esporadicamente escrever.

Mas desconfio que nos próximos tempos vou postar mais frequentemente (mesmo em dias de expediente) ou não fossem estes dias angstiados.

De Munique como de Portugal, há dias em que não vem nem bom vento nem bom casamento.

Leitura recomendada

«Valerie Elise Plame Wilson (born 19 April 1963), known as Valerie Plame, Valerie E. Wilson, and Valerie Plame Wilson, and the wife of former Ambassador Joseph C. Wilson, IV, is a former United States CIA Operations Officer, whose covert identity was classified.[1][2][3][4][5][6] After working for the CIA for twenty years, she retired in December 2005, as a result of the publication and compromising of her classified cover identity and that of her Agency front company, Brewster Jennings & Associates by an American journalist in the summer of 2003.[7][8][9]

On 14 July 2003, Robert Novak identified "Wilson's wife" publicly as "an agency operative on weapons of mass destruction" named "Valerie Plame" in his syndicated column in The Washington Post.[10] In that column Novak was responding to an op-ed entitled "What I Didn't Find in Africa," written by Wilson and published in the New York Times on July 6, 2003, in which Wilson stated that the George W. Bush administration exaggerated unreliable claims that Iraq intended to purchase uranium yellowcake from Niger to support the administration's arguments that Iraq was proliferating weapons of mass destruction so as to justify its preemptive war in Iraq.[11] [...]»

in wikipedia.org

Santana Lopes volta porque estás perdoado

Os argumentos que o Rodrigo Moita de Deus aqui apresenta a respeito das mais "recentes" suspeitas vindas a lume sobre Santana Lopes são relevantes. Há aqui um claro aproveitamento político.

Mas manda o bom senso reconhecer que o calibre de Santana Lopes não se joga no campo traçado no post do Rodrigo. Aquilo que é verdadeiramente grave é o que Santana Lopes fez ao país enquanto foi Primeiro Ministro, um pouco na senda dum António Guterres.

O que é verdadeiramente preocupante, para mim, é que, se o PS ganhar as eleições, este senhor vai voltar a fazer das dele nos congressos do PPD/PSD.

20 de setembro de 2008

Do euromilhões

Faz parte dos rituais de sexta feira o preenchimento do euromilhões.

Na tasquinha lá da esquina o "Zé povinho" comenta: "Então não querem lá ver que agora até os vencedores do euromilhões têm que pagar impostos sobre o prémio."

É nestes momentos que eu me sinto insensível!

11 de setembro de 2008

Filhos da mãe!

Tive hoje uma reunião e ninguém me ameaçou de despedimento!

Assim mais vale ficar em casa ...

10 de setembro de 2008

Depois do Big Brother ...

... eu pensei que a televisão portuguesa já tinha batido no fundo.

Felizmente a Teresa Guilherme insiste em surpreender-me. Pela positiva claro.

9 de setembro de 2008

Será que consigo desviar a rota do gajo?!

Hoje sinto-me como um mosquito em frente a um camião em plena autoestrada.

Melhores dias virão ...

8 de setembro de 2008

Irmãos desavindos

Ainda um dia me hão-de explicar como é que dois irmãos que sempre se deram bem conseguem chatear-se por meia dúzia de tostões ...

6 de setembro de 2008

O grande problema do caso Maddie ...

O grande problema do caso Maddie é Kate não ter um tipo físico conciliável com o da Soraia Chaves. O Jerry sabe do que eu estou a falar!

Uma grandessíssima lula me saíste tu!!!

1 de setembro de 2008

Errant laser radiation

"Laser radiation which deviates from a defined beam path. Such radiation includes unwanted
secondary reflections from beam path components, deviant radiation from misaligned or
damaged components, and reflections from a workpiece."

Uns mandam garrafas com bilhetinhos ao mar, outros matam a cabeça com balas perdidas, a mim foi isto que me clahou ...

20 de agosto de 2008

"Desculpa vou ali comer um chouriço"

"Não no sentido sexual", acrescentou ela.

Será que o meu ar perverso se nota assim tanto?!

31 de julho de 2008

26 de julho de 2008

Não achas que aquilo é pornográfico?!

Sinceramente, o que eu acho é que a mente masculina é pornográfica!

Mas agora que falas no assunto, é melhor nem pensar nisso!

19 de julho de 2008

Meus senhores e minhas senhoras ...

... tenho a honra de vos anunciar que estou de férias.

*pedia por obséquio que omitissem qualquer referência à expressão "laser safety"!!!

5 de julho de 2008

No fundo ...



o gajo estava-se a foder para a segurança. O que ele queria era que o Darth Vader deixasse de comprar os lasers para a espada na concorrência.

Um gajo quando fala demais fode-se sempre ...

Agora tenho que escrever as instruções de segurança do produto com que trabalho ...

23 de junho de 2008

A vida é realmente muito injusta para estas inteligências.

"Se em, vez de vir nos transportes públicos, começares a vir de carro ainda poupas dinheiro."

18 de junho de 2008

Coisas que urge discutir


As implicações organizacionais do verão ...

(... realmente isto só video)

Esta merda está um tédio ...

... ou muito me engano ou muito em breve tenho que mudar de funções cá na empresa!

17 de junho de 2008

15 de junho de 2008

Vamos prometer um ao outro que hoje não falamos sobre sexo!

Eu sei que nós vamos conseguir. Até porque nós dois também sabemos falar sobre outras coisas.

6 de junho de 2008

Estes senhores engenheiros são uns grandes cagões

Pelo menos, é aquilo que as senhoras da limpeza me garantem.

20 de maio de 2008

Caralhos me fodam

Mas porque é que eu não estou a ler o operating manual do 7300?!

Porquê?! Digam-me vocês!

28 de abril de 2008

Objectivos

Cá em casa os objectivos são uma coisa muito importante (e são devidamente incentivados).

Eu para o segundo semestre sugiro o seguinte esquema de incentivos:
Palmar um pacote de açúcar - 1% de incentivo
Palmar dois pacotes de açúcar - 100% de incentivo
Palmar dois pacotes de açúcar na cara da nossa mãezinha - 150% de incentivo

15 de abril de 2008

Retalhos da vida de um paciente

Hoje um colega meu foi ao médico da medicina do trabalho e teve que esperar 5 horas para ser atendido.

Ainda acabou por vir de lá com pena do pobre do médico que "teve" que lhe medir a tensão arterial.

É por estas e por outras que eu gosto tanto de trabalhar n'"A companhia".

13 de abril de 2008

"O telamóvel" por Pacheco Pereira

Um telemóvel esteve no centro do momento público mais dramático da educação portuguesa nos últimos tempos. Uma semana antes do telemóvel, foi uma manifestação de professores. Uma semana depois da manifestação, uma senhora magra e baixa de gabardina branca, pequena e frágil, a lutar contra uma adolescente gigante, feita de cereais matinais e vestida de escuro. Na mão das duas, agarrado pelas duas, está um objecto que não existia há dez anos, um telemóvel pequeno que cabe num bolso dumas calças de ganga. No episódio a que me refiro, e que passou na televisão centenas e centenas de vezes, não há um, mas dois telemóveis, um que está no centro da luta, outro que filma. À volta do telemóvel que filma está uma turma do ensino secundário, está uma escola da cidade do Porto, está Portugal, está a Europa, está o mundo inteiro. Está o YouTube.

O pequeno objecto é o mais ubíquo de todos os objectos que existem hoje em Portugal, mais visível do que outro objecto tão omnipresente como o telemóvel e tão subversivo socialmente como o telemóvel: o relógio de pulso. Telemóvel e relógio são instrumentos de poderosas transformações sociais que eles revelam tanto como potenciam. Não são eles por si só que produzem essas transformações, porque nenhuma tecnologia por muito nova e revolucionária exerce efeitos sociais sem a "sociedade" estar preparada para a usar, sem que corresponda ao tempo e ao modo, à forma, às correntes de mudança da sociedade que já estão em curso e "descobrem" o objecto acelerando o seu curso com ele.



É o caso do relógio que saiu do laboratório das excentricidades, um pouco como precursor de um Meccano ou um Lego moderno, ou de um jogo de habilidade mecânica, ou de um objecto de luxo tão curioso como inútil, para se transformar numa necessidade tão vital que biliões de homens o trazem no pulso. Se exceptuarmos o uso dos relógios nos navios para calcular a longitude, os relógios não serviam para nada quando a esmagadora maioria das pessoas trabalhava de sol a sol, ou ao ciclo das estações, e estas dependiam de um calendário que estava escrito nos astros. Calendários eram precisos, relógios não eram precisos, até ao momento em que a Revolução Industrial apareceu e mudou quase tudo por onde passou. Milhões de pessoas vieram dos campos para as cidades, para as fábricas e para as minas, e precisavam de horas. O relógio subiu primeiro para as torres ou para o centro da fachada neoclássica das fábricas e lá continuou, passando depois para dentro, e depois para o bolso dos ricos e por fim para o pulso de todos. Hoje o relógio ordena o nosso tempo com um rigor muito para além do biológico e manda no nosso corpo, como nenhum objecto do passado. É tão presente que parece invisível, nem damos por ela que está lá, é parte do nosso corpo, mais do que objecto estranho. Um figurante do Ben Hur esqueceu-se dele, e nos filmes há quem vá para a cama sem ser para dormir, só vestido no pulso.



O telemóvel é o objecto que mais mudou os nossos hábitos sociais desde que existe. Não é o computador, nem a Internet, nem o cabo, é o telemóvel. E continua a mudar sem darmos muito por isso, porque a mudança se faz de forma desigual, quer no que muda, quer em quem muda. Dito de outra maneira, muda certas coisas nos jovens e muda outras nos adultos e os seus efeitos estão longe de ter terminado ou sequer de se saber até que ponto de transformação vão. Uma coisa é certa, o telemóvel, ou seja um instrumento de contacto instantâneo e portátil entre mim e todos e todos e mim, que usa predominantemente a voz e, daqui a poucos anos, usará a voz e a imagem, emigrará para ainda mais perto de mim, para a minha roupa, para os meus ouvidos, como já emigrou para as paredes do meu carro. O que ele transporta não é uma ficção, não é um avatar ou um nick mais ou menos anónimo, não é a minha prefiguração virtual como no Second Life ou nas caixas de comentários ou nos blogues anónimos, é a minha voz, a minha imagem, ou seja, eu. Não seria tão poderoso se fosse um instrumento do meu teatro virtual. Bem pelo contrário, é uma encarnação da minha persona, é o meu lugar na sociabilidade dos outros.



Por isso, luta-se por um telemóvel, porque num telemóvel de um adolescente está muito do seu mundo: telefones dos amigos, telefone dos namorados, passwords, fotografias, mensagens, vídeos, o equivalente a um diário pessoal, em muitos casos mais íntimo que um diário à antiga, com a sua chavinha de brincar que dava a ilusão de que ninguém o lia. À medida que se caminha pela idade acima o conteúdo do telemóvel muda, mas continua pessoal e intransmissível, com os SMS comprometedores que arruínam muitos casamentos, até se tornar quase um telefone de emergência que os filhos dão aos pais com os números deles já gravados e os das emergências: "é só carregar aqui e eu atendo, se houver qualquer problema, assim não se sente sozinho." Sente.

Mas as mudanças não se ficam por aqui. Já escrevi sobre algumas, como a presentificação obrigatória, a obrigação socialmente exigida de se estar sempre presente, porque o corpo e o telemóvel vão juntos. Deixou de se poder estar longe de um telefone, já para não dizer que se deixou de poder não ter telemóvel. A recusa de dar um número de telemóvel é tida como uma má educação ou uma insensata e insociável vontade de não estar disponível. Com o telemóvel está-se sempre disponível, ficam sempre os recados, queira-se ou não recebê-los, e o novo código do telemóvel exige que haja sempre resposta. Por que razão tenho eu que receber recados que não solicitei, e dar respostas que posso não ter tempo ou disponibilidade ou vontade para dar? Não posso, porque a máquina não aceita um não por resposta, ela vive do tráfego, e deseja mais tráfego. Por isso oferece-me voice-mail, e-mail no telemóvel, mensagens, sem eu o pedir.

Nos mais jovens o telemóvel é apenas mais um instrumento para a completa insensibilidade à perda de privacidade e intimidade. Crescendo num mundo que não preza e não educa para esses valores, um mundo que incentiva a exposição pública, o telemóvel fornece um meio de registo, incorporando a máquina fotográfica e o vídeo, no qual qualquer fronteira entre o que é público e privado se esbate. Qualquer um é um paparazzi de si próprio e dos outros e o rapaz que filmou o vídeo em glória do 9.º C da escola Carolina Michaëlis estava a pensar nessa dimensão lúdica e social do YouTube onde a vã glória de maltratar uma professora ou de uma fight na turma iriam dar fama na rede de chats e no Hi5 onde milhares de raparigas, adolescentes ou já nem tanto, se mostram em poses provocadoras, já para não falar no resto. Não sei se quando crescerem se vão arrepender, mas então já será tarde, porque uma vez na rede sempre na rede.

Por último há o controlo, o magnífico instrumento de controlo que é o telemóvel, pessoa a pessoa, numa rede que prende os indivíduos numa impossível fuga àquilo que é o objecto sempre presente, sempre ligado (os telemóveis desligados são de desconfiar), no qual a primeira pergunta é sempre "onde tu estás?", uma pergunta sem sentido no telefone fixo, esse anacronismo. Adolescentes jovens ou tardios, casais, maridos, mulheres, amantes, namorados, patrões e empregados, jogam todos os dias esse jogo do controlo muito mais importante do que a necessidade de falar ao telemóvel. Na verdade a esmagadora maioria das chamadas de telemóvel não tem qualquer objecto ou necessidade de ser feita, ninguém as faria num mundo de telefones fixos, que não seja pelo controlo, pela presentificação do indivíduo no seu jogo de inseguranças, solidões, afectos, e medos, através da caixa electrónica que se segura numa mão.

Não é a necessidade que justifica a presença quase universal dos telemóveis desde as crianças de seis anos até aos velhos, os milhões de chamadas a qualquer hora do dia, em qualquer sítio, da missa à sala de aulas, do carro à cama, é o complexo jogo de interacções sociais que ele permite, sem as quais já não sabemos viver. Viver num mundo muito diferente e cada vez mais diferente.


(Pacheco Pereira, No Público, 12 de Abril de 2008)

O amor é ...

O amor é: "o amor e uma cabana [com ar condicionado]".

9 de abril de 2008

Cenas do último episódio

Olha lá , mas o que é que vieste fazer ontem ao MSN?!

26 de março de 2008

A parte do suck entendi, ou outro verbo é que me escabou ...

... digamos que eu seria mais criativo do que o Babel Fish ...

23 de março de 2008

grossen?!



Isto de trabalhar numa empresa alemã estimula o hábito de usar o babel fish ... e as coisas que a malta descobre ...

12 de março de 2008

Esta coisa de borilar os posts fode-me o blogue todo

(aqui fica a versão original do post anterior)

Sinergia - s.f. termo de uso corrente no mundo empresarial que implica um acordo mediante o qual uma entidade pode meter o dedo na narina esquerda de outrém mas não o inverso.

(ainda não era bem a narina, mas por hoje foi o que se arranjou ...)

Sinergia

Sinergia - s.f. termo de uso corrente no mundo empresarial que implica um acordo mediante o qual duas entidades distintas se comprometem a usar os seus recursos recursos de forma conjunta.

(ver também parasitismo)

11 de março de 2008

momento construtivo

Dava o cu e cinco tostões para te destruir!

69

Ela lê as especificações do departamento de informática.
Eu leio as especificações do departamento de sistemas.

O que me trama é a minha incapacidade de me concentrar em dois assuntos ao mesmo tempo, mas com o tempo e o esforço isto vai lá. Ó se vai!!!

10 de março de 2008

São rosas senhor são rosas

... eu bem sei que são tripas, mas tenho mesmo que disfarçar ...

5 de março de 2008

28 de fevereiro de 2008

- For all practical porpuses I behave like a man

- That's why you have joined a engeneering department.

27 de fevereiro de 2008

A minha consciência é uma puta ...

Uma puta ingénua!

Hoje foi a virgem que veio almoçar comigo

São estas coisas que me dão tesão.

Tesão maior do que os almoços com a virgem, só mesmo as ameaças de despedimento.

Espero que estas últimas não se repitam muito ou ainda fico com ejaculação precoce ...

19 de fevereiro de 2008

O cabeçalho

Agora também te deu para mudar de cabeçalho todos os dias?

18 de fevereiro de 2008

Segunda Feira

Ai mas que dia tão produtivo ...

8 de fevereiro de 2008

Wellcome to London

"Actually Evan is earning half a million per anun ..."

Wellcome to Portugal

"(...) este post acusou durante quase todo o fim-de-semana uma construção frásica algo peculiar, fruto de uma revisão atabalhoada. Isto deixa-me praticamente envergonhado, tal como a minha fraca produção como blogger no mês passado. Tentarei compensar ao fim-de-semana com posts pré-fabricados, visto que a minha nova vida não me permite reinar aqui como antigamente." Vasco M. Barreto

30 de janeiro de 2008

Ai o caralhinho

Porque é que será que a lista de blogues que leio está curta ... novamente!

20 de janeiro de 2008

De sapatos altos

Posts sem comentários?! Mas que cena é esta?

Em qualquer dos casos já notei que os sapatos de salto alto são um tema que te interessa.

A companhia - status report

Aqui na companhia há dois tipos de semana.

As semanas em que há reunião formal à segunda feira com a virgem, e as outras em que não há a dita reunião.

Eu gosto das semanas em que não há reuniões formais com a virgem, não gosto de sentir o risco de ser completamente fodido.

Para além disso a virgem gosta do "The office" e eu gosto do "Murder most horrid". É sempre bom lembrar que para nos matarem basta estarmos vivos.

E o "Sim senhor primeiro Ministro" será que alguém gosta? Ora aí está um bom action item para a semana que vem ...

14 de janeiro de 2008

Fotossíntese?!

- Estás a fazer a fotossintese?
- [silêncio ...]
- A fotossintese ou a hemodiálise?!

3 de janeiro de 2008

O email

Ou muito me engano ou amanhã tenho que enviar um email à virgem.

Ou isso ou estou fodido!

2 de janeiro de 2008

Dorme com Deus?!

Dorme com Deus o diabo!!!

Se for para dormir com alguma coisa que seja com uma diabinha jeitosa!

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