1 de agosto de 2006

Pergunto ao vento por novas do meu país

O João , conta-me que a mulher tem a barriga cada vez mais redondinha, e que arranja o jardim à tarde depois de voltar do trabalho.

Fala-me do trabalho. Sente-se que as responsabilidades pesam de outra maneira. Um telefonema de Portugal, um tio morreu lá no interior do Algarve. Só soube quando o corpo já tinha ido a enterrar. Mandei-lhe um abraço e disse-lhe (subtilmente) para não olhar para traz.

Pergunta-me como estou eu a que propósito lhe escrevi aquela carta. De resto conta-me que as fotografias já foram reveladas. Revela-me que apareço apenas em background, em amena conversa com uma rapariga.

Em certas coisas, nós os latinos, facilmente nos tornamos postiços, é por isso que sou tão amigo do João, Comunista e Católico ao mesmo tempo.

P.S.: O João acaba de me revelar de que cidade a mulher é oriunda, e acaba de perceber com base nesse detalhe porque lhe enviei a carta. Os meses passam sem que eu fale com o João, mas em compensação as nossas trocas de email são pura poesia. Beleza e consolação.

2 comentários:

Anónimo disse...

Enjoyed a lot! » »

Anónimo disse...

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