31 de março de 2006

Piropos de aquem e de alem medo

Ela tinha medo que ele a rejeitasse.
Ele tinha medo que ela o rejeitasse.

Trocavam alegremente piropos de aquem e de alem medo.

30 de março de 2006

Caralhos me fodam ó Luis mas se o Rodrigo Moita de Deus imagina que te passou pela cabeça que ele montava esse teu cavalinho, então é que a aspirina vai à vida de vez. Isso sim seria uma coisas sinistra.

Carta aberta destinada aos bloggers da esquerda caviar

Tenham muito medo de senhor que escreveu este post, ele pode estragar-vos o negócio a qualquer momento.

(Eu não excluo de todo a possibilidade deste post ser apenas uma nota mental para mim próprio.)

27 de março de 2006

Há ainda aqueles que estão condenados a não encontrar adversários à altura.

É claro que não vivendo no deserto e não podendo o blogger ser usado offline a procura de um adversário à altura vai dando para quebrar o galho.

O problema da blogsofera é o da escolha de um estilo.

O problema é que a escolha de um estilo, deveria ser feita num local desértico de preferência sem rede.

Conversa de engate

Fala-se muito na dita conversa de engate, nas mentiras, nas meias verdades ...

Para mim das duas uma: ou se acaba com a conversa de engate e as meias verdades ou então é melhor recomendar aos casalinhos das noites de Sábado que se entreguem ao amor sem perguntar nomes.

Guerras blogosféricas

A génese da blogsofera portuguesa está indelevelmente ligada à questão da guerra do Iraque. Infelizmente a guerra do Iraque continua a marcar a actualidade noticiosa passados três anos.

No meu caso pessoal prefiro falar sobre o genocídio a que a segunda guerra mundial pôs cobro. Na minha opinião são questões actuais, e infelizmente muito reveladoras do que é a condição humana. Seria bom que todos tomássemos consciência disso, acima de tudo numa altura em que no Iraque já morreram cerca de 100.000 pessoas, a maior parte delas de nacionalidade Iraquiana.

Mas isto sou eu a falar que sou um posmoderno ...

Anonimato e heteronímia

A discussão sobre o anonimato é provavelmente das discussões mais acaloradas da blogsofera. O estudo cuidadoso da relação entre heterónimo e ortónimo na literatura portuguesa criou um corpo de conhecimento suficientemente sólido para permitir jorrar alguma luz na discussão do anonimato blogosférico. Tal não equivale a dizer que o uso do anonimato corresponde sempre a heteronímia no sentido estrito, bem pelo contrário a practica da heteronímia em contexto blogosférico exige um nível de consciência que nem todos os anónimos têm. Provavelmente o problema do anonimato blogosférico é mesmo esse - não corresponder na maior parte dos casos a uma tomada de consciência.

Talvez valha também a pena dizer que um estudo cuidadoso destas questões permitiria espantar alguns fantasmas que pairam sobre a literatura portuguesa contemporânea, já vai sendo tempo de dar ao pioneiro o que é do pioneiro e aos contemporâneos o que é dos contemporâneos. Estou profundamente convencido que as questões do anonimato e da heteronímia radicam no cerne da condição humana, e muito em particular na questão da identidade; seria profundamente injusto dar o monopólio do domínio dessas questões a um só autor.

Quando vierem cá a casa façam o que bem entenderem. Com uma restrição: quem lava a loiça sou eu. A loiça é minha e só eu é que a sei lavar devidamente.

26 de março de 2006

Não prometer aos outros mais do que "sangue, suor e lágrimas" é provavelmente a maior de todas as dádivas.

O problema do ciúme

O problema do ciúme é que ninguém gosta de gente ciumenta ainda que todos sejamos ciumentos.

tipologia do homem ciumento

Homem cimento do tipo 1: Ele tem ciúmes por tudo e por nada, mais por nada do que por tudo.
Homem cimento do tipo 2: Ele tem ciúmes por tudo e por nada, mais por tudo do que por nada.

25 de março de 2006

Eu juro que não percebo as mulheres! Há mulheres que se queixam que os homens são muito possessivos. Eu não percebo de que elas se queixam.

Eu cá prefiro ser tratado de forma possessiva a ser tratado com desprezo.

24 de março de 2006

Punhetas de corcodilo

Eu sou suficientemente louco, para me gabar de ter um blog que quebra todos os tabus, sim e se para isso for preciso escrever sobre a dupla penetração não hesitarei.

Como podem ver para mim quebrar o tabu da dupla penetração não se me afigura como tarefa complicada. Que diabo, hoje em dia, não há-de ser difícil encontrar quem esteja disposto a tal de forma consensual. Muito mais complicado é resolver as cenas de ciumes diárias entre a minha mão esquerda e a minha mão direita.

cenas maradas

Chegar à rua, procurar uma viuva e ter uma grande discussão com ela sobre a velha questão das viuvas vestirem de negro.

[Também funciona com góticas, mas tem muito menos piada.]

Se a cor de fundo deste blog voltar ao preto original, a gerência não tomará qualquer responsabilidade por tal facto.

Outra practica muito saudável que aconselho a todos, é treinar para não dormir. A sério, se há pessoas que fazem greve da fome porque é que não podemos fazer greve do sono. Pensem nisso, garanto-vos que se vão divertir à brava.

Ah, e já agora deixo-vos mais um conselho: se fizerem greve do sono, evitem fazer comentários em blogs de outras pessoas. No vosso blog podem sempre postar, sob o lema "É para a desgraça, é para a desgraça."

Agora vou tentar dormiiiiiiiiiiiiiiiirrrrrrrrrrrr

Pôr os nossos problemas no congelador às vezes é um mal necessário. Observar os resultados é sempre uma agradável surpresa.

Wikipedia versus Encyclopædia Britannica

Leiam este post do Santiago. Vale a pena.

O post discute a rivalidade entre a wikipedia e a Encyclopædia Britannica, em particular é discutida a refutação por parte da Encyclopædia Britannica de um estudo comparativo que era favorável a wikipedia.

Nas letras gordas da referida refutação lê-se a certa altura: "Contrary to the usual practice of making all data freely available in order to facilitate a study's replication by others, Nature declined our repeated requests to make the full reports available."

Do meu ponto de vista esta frase tem muito que se lhe diga. Eu sinceramente não sei a que "usual practice" é que a frase se refere.

Num tribunal o reu tem o direito a aceder às provas encriminatórias, infelizmente nos dias que correm começam infelizmente a ocorrer excepções. Num tribunal é assim que tem que ser.

As minhas duvidas sobre o significado da expressão "usual practice" prendem-se com o facto de a Nature ser uma revista científica. Ora que eu saiba nenhuma revista científica exige a quem lá publica que toda a informação que está na base de um artigo seja disponibilizada, as revistas limitam-se a incentivar essa practica. Em grande medida as revistas confiam na boa fé dos autores. Aliás é também isso que acontece muitas vezes entre os autores dos artigos científicos, é muito raro num artigo científico que todos os autores conheçam no detalhe a forma como os dados são obtidos.

Existem ainda casos (mais peculiares) em que existem limitações explícitas impostas à forma como a informação científica deve circular dento do grupo científico.

r u talkin' to me?

Zabelinha eu estava só a brincar ...

Alessandra Mussolini



Ouvi pela primeira vez referir esta senhora há pouco. Alessandra Mussolini neta de Benito Mussolini, é fascista (quem sai aos seus não degenera) e afirma isso em plenos pulmões. Tudo isto é estranho por si só, mas para apimentar ainda mais a coisa a senhora é deputada no Parlamento Europeu.

Aqui vos deixo uma questão existencial, que raio de técnicas de markting é que os políticos deste calibre usam para conseguirem chegar a sítios como o Parlamento Europeu?

Declaro também que sou um grande interessado em política Italiana. As razões são variadas, por um lado tenho tido a sorte de poder trabalhar com vários italianos, e de manter algumas amizades com italianos(as). Felizmente nasci e cresci em Portugal, nunca vivi em Itália posso contemplar estas matérias como quem lê uma tragicomédia. Talvez escreva mais sobre estes assuntos: a política e as amizades luso-italianas.

23 de março de 2006



Se de um ponto de vista estritamente masculino me parece óbvio que a homosexualidade feminina está na génese de uma certa rarefacção do mercado, também me parece óbvio que do ponto de vista voyeurista os ganhos são inegáveis.

O uso do verbo haver no post anterior está claramente errado, mas está muito fashion, por isso fica mesmo assim.

Um gajo levanta-se de manhã todo bem intencionado, para escrever um post sobre um assunto simples.

O descarado do post diz que não senhora que quer falar sobre outra coisa completamente diferente, que para além disso é muito mais interessante.

Um gajo acaba o post, escolhe uma ilustração.

Quando um gajo volta ao computador tem um molho de cadáveres em decomposição no ecrã. E depois ainda dizem que não há fantasmas.

Não senhor eu não tenho nada haver com o que se escreve neste blog.



O meu filme favorito sobre a segunda guerra mundial é o Underground de Emir Kusturica. O que me atrai no filme não é o filme de guerra, mas sim o retrato da loucura e do seu equivalente sociológico. A loucura pode ser caracterizada como o corte com a realidade exterior, isto é tanto verdade para as relações do individuo com o outro como para as relações do grupo com o mundo exterior.

O bunker do Underground é uma metáfora da loucura. Num dos momentos mais magistrais da cinematografia é o tiro de artilharia de um macaco(sim de um macaco) que abre o bunker ao mundo exterior.

Já sobre o holocausto o meu filme preferido é O Pianista, pese embora o facto de gostar também bastante da Lista de Schindler. No caso do pianista li também o livro em que se baseia o filme, escrito por Wladyslaw Szpilman contando a sua vida quer no gueto de Varsóvia quer enquanto fugitivo aos campos de concentração.

O que me agrada n'O Pianista é justamente a violência. A violência de ver as pessoas a tropessarem em cadáveres nas ruas do gueto de Varsóvia. A violência da mãe judia que à hora de jantar avisa os filhos que não quer ouvir mais anedotas de judeus, quando a situação no gueto estava a degenerar definitivamente. Nessa noite a mesma família vê no prédio à sua frente um oficial SS atirar janela abaixo um judeu paraplégico na sua cadeira de rodas. Lembro-me de referir esta cena ao meu tio, também ele deficiente, como prova de que o filme era excepcionalmente violento, coisa com que ele não parecia comcordar numa primeira discussão.

O filme tem outros elementos, que eu não caracterizaria como redentores, mas que oferecem sem dúvida um contraponto. Citaria em particular a vontade da família Szpilman ser deportada em conjunto independentemente do sítio onde essa vontade os levasse, e vale a pena dizer que duvido que a um nível subconsciente tivessem muitas dúvidas sobre a natureza desse sítio.

O filme tem outras formas de violência, estou a pensar em particular na presença no gueto dos zonder commando judeus. Eram eles que conduziam a multidão de judeus para os vagões de comboio, a fim de serem deportados para os campos de extermínio. Querer circunscrever a maldade do holocausto ao lado alemão e aos seus aliados é uma pura ilusão, pois alguns judeus não pareciam hesitar em colaborar no o extermínio do seu próprio povo. Curiosamente na Lista de Schindler o oficial judeu que dirige os zonder commando acaba pos se suicidar, é caso para perguntar a troco de quê ele aceitou tornar-se igual aos SS alemães.

Génio da literatura

Tinha um blog em português, e um sul americano pediu uma tradução para Espanhol. O sul americano chegou lá procurando "tudo sobre mentefactos" no google. Não seria "tudo sobre mentecaptos"?

Vasco ainda te lembras daquelas tretas do Daniel Oliveira sobre as gravuras de Maomé e a liberdade de expressão?

Ainda estou à espera de um post do Difool sobre esse assunto. Concordarás que é preciso fazer marcação ao maradona, e tu bem sabes como ele é complexo.

Um abraço

Eu sei que não tenho autoridade nenhuma para perguntar isto, mas porque é que se escreve babyblogue e não beibiblogue?

Vou mandar isto por email a uma pessoa a ver o que acontece.

Boas notícias, não é a G.

Ele é gajos a fazerem de conta que são gaja
Ele é gajas a fazerem de conta que são gajo

Razão têm os meus papas que me dizem para deixar a blogosfera

Não havia nexexidade zzz zzz

22 de março de 2006

Como é que se mantem a coerência quando somos mandatados por alguém para argumentar a favor de uma tese de cuja verdade não estamos verdadeiramente convictos?

Em grande medida, este tem sido o dilema que me tem atormentado ultimamente. E não é pouca coisa!

Pensem nisto, pensem nisto prufundamente, porque pode ser que um dia ainda vos venha a ser útil.

À e já agora (quase que me ia esquecendo) declarar que uma determinada tese não corresponde à verdade também é uma tese. Outra questão, mais complicada, é saber se estão ou não reunidas condições efectivas para expressar as teses de que estamos convictos.

21 de março de 2006

M. vai se casar (resta saber com quem ...). No final de Maio rumo a Oxford para umas miniférias mais do que necessárias, se o saldo não deitar tudo a perder ...

Embora não concorde com ele em algumas coisas, para mim é óbvio que ali a pessoa mais sensata e informada é o João André.

P.S.: Com uma menção honrosa para o Afonso Henriques.

É giro constatar que certos amigos que fazemos no local de trabalho, nos olham por cima do ombro e passam a vida a fazer juizos de natureza moral. Depois cada um segue o seu caminho e as mascaras caem, nessa altura os amigos voltam a ser o que sempre foram: colegas.

20 de março de 2006

Eu julgo que a rigidez dos dicionários não faz justiça às palavras, nesse contexto sugiro um novo sinónimo para a palavra trabalho: problemas.

19 de março de 2006

Coisas que me chateiam

Se há coisa que me chateia são os comentadores anónimos.

Nada me move contra eles, mas não saber quem eles são, e não ter meio de os identificar ou contactar é frustrante.

18 de março de 2006

Coisas maradas

Filho: Olá Mãe! Tudo bem?
Mãe: Tudo, e por aí?
Filho: Também!
Mãe: O que é que tens feito?
Filho: (Silêncio) Olha, ando a cavar um buraco do caraças, para me meter, mas não te preocupes que por enquanto ainda consigo trepar pelas paredes.
Mãe: Ups ...
Filho: Não te preocupes, até manhã. jinhos.
Mãe: Até manhã!

Mind the graig

12 de março de 2006

Undergroud por Emir Kusturica


Um filme que vale a pena ver pela forma como retrata a história da Jugoslávia, pela forma como retrata a forma como a guerra marca as pessoas, pelo paralelo que faz entre a guerra e a loucura. Velhas questões.

Cenas chave: a Jusguslávia que se desmembra (na figura) e o chimpanzé que destroi o bunker onde estavam um conjunto de refens que não sabiam que a II grande guerra tinha acabado.

(um dia destes talvez escreva sobre isto com mais tempo)

11 de março de 2006

A estreita linha que separa a diplomacia da psiquiatria

O Ministro dos Negócios Estrangeiros agradece o apoio de Portugal à Dinamarca na crise das gravuras. Quando confrontado com o detalhe das declarações o mesmo Ministro começa a arrepiar caminho.

Estas coisas são tão lindas ... a coerência é uma coisa tão pouco diplomática ...

10 de março de 2006

Clássicos da epistemologia by Karl Popper revisitada



Agora pinóquio, mente! Mente!

Próximo capítulo: "When Harry Met Sally"

The good, the bad and the ugly

Porque o sentimentalismo se apodera do velho western.

Estratégias estruturalmente estáveis?! Pffffff ...

9 de março de 2006

Está ali na televisão um senhor a dizer que já é senhor de si próprio novamente. De um lado alguém lhe diz para fazer X. Do outro alguém lhe diz para fazer exactamente o oposto.

A liberdade individual é uma coisa tão bonita.

Ser bota de elástico (aviso à navegação)

É só para avisar, quem ainda não tiver reparado, que o autor deste blog não é nada liberal; e, pese embora o facto de ter apenas 27 anos, é um absoluto bota de elástico, isto nos dias em que não é antisocial em essência.

8 de março de 2006

Matrioscka

O problema dos frascos de formol é que o puto que está dentro do frasco de formol tem outro frasco de formol na mão, facto que se repete em sucessão quase infinita.

Os limites são os da memória, mais intuitiva e menos selectiva do que desejariamos.

O sentido de humor e a arte são as válvulas de escape. A ciência também - mas essa está também de quarentena. Coitada.

Se eu prometer conselhos imparciais a alguém, por favor mandem-me para o caralho - assim com as letras todas. (mas, por favor, não me remetam para este post porque seria demasiado constrangedor)

Era só isso.

intermitências

Depois das "intermitências da morte" José Saramago vai escrever sobre as intermitências do sapo. Qual OPA hostil qual carapuça ...

7 de março de 2006

Última hora: descoberto o elexir da vida eterna



Ora ponha aqui os seus problemas
devagar, devagarinho ...

O elogio dos transportes públicos

Porque será que nos preocupamos tanto com os anéis e tão pouco com os dedos.

Hoje sonhei que tinha medo de adormecer.

Até que idade pensas que te vais divertir?



"A receita para construir uma bomba atómica é um segredo difícil de desvendar ou está ao alcance de qualquer pessoa com sólidos conhecimentos de física? A resposta é conhecida há cerca de 40 anos. Foi dada por três jovens físicos norte-americanos, contratados pelo Laboratório Nacional Lawrence Livermore, na Califórnia, para tentarem conceber uma bomba nuclear a partir do zero.

(...) Será que qualquer país conseguiria controlar a energia libertada pela fissão dis átomos, ou seria preciso um génio, como Robert Oppenheimer, que liderou o Projecto Manhattan?

Foi para responder a esta pergunta que o Laboratório Lawrence Livermore (rival de Los Alamos, onde tinha sido criada a bomba) contaratou investigadores, realtou em 2003 Dan Stober na revista Bulletin of the Atomic Scientists, uma organização contra a proliferação nulear criada por muitos cientistas ligados à bomba atómica, incluindo Albert Einstein.

(...)

As regras do jogo eram «descobrir se é possível conceber um explosivo nuclear credível, com um esforço modesto de poucas pessoas com boa formação e sem acesso a fontes classificadas. O objectivo é desenvolver planos para um explosivo nuclear que permitisse a uma pequena nação ganhar uma vantagem significativa em termos internacionais.» Deveriam imaginar-se cientistas com as condições que teriam os de um pequeno país não industrializado.

Mesmo nesses tempos pré-Internet, o projecto foi um sucesso. Dobson e Selden conseguiram, em 1967, um desenho aplicável à construção de uma bomba de plutónio. (...)" Clara Barata na página 4 da edição em papel do Público de hoje.

Popper era capaz de ter alguma razão ...

6 de março de 2006




Os condensed matter physics seminars do Imperial College London são uma iniciativa conjunta do departamento de matematica (onde eu obtive o meu doutoramento) e do departamento de física.

No início de cada semestre eram distribuídos por vários os corredores do departamento de matemática listas com os seminários para o semestre que então começava.

No semestre de verão de 2005 apareceu um seminário com o título e passo a citar "Should physics get in bed with biology? Stories of life and death" (fim de citação).

Á única resposta que se me afigura como adequada é "It depends on what biology is up to."

Ilustrações:
1) uma bactéria transfere DNA para outra bactéria, actividade que constitui o auge da actividade sexual no que toda a bactérias
2) um botão de rosa.
Optei pelo preto e branco em ambos os casos; nestas coisas aquilo que é apenas erótico a preto e branco pode muito bem ser pornográfico a cores, como diriam os psicólogos a maneira como percepcionamos a realidade depende da forma como a emolduramos.

O niilismo é uma posição filosoficamente inatacável: não há desilusão possível.

5 de março de 2006

Estive agora a ver o Professor Marcelo Rebelo de Sousa dar notas aos Ministros do Governo da República Portuguesa. Um must. Melhor que os oscares.

Nietzsche e o Pénis

Estou convencido que é possível ler Nietzsche de muitas maneiras. Estou também convencido que ler Nietzsche é sempre magnífico, mas tem um preço.

Nietzsche é o contra exemplo perfeito da ideia peregrina da Vieira do Mar que citar aumenta o dito cujo.

No livro que li de de Nietzsche "Ecce Homo" este queixava-se permanentemente da sua doença. A doença de que ele se queixava era a depressão. Depressão essa que era apenas um sintoma da Sífilis que o atormentava e acabou por rapidamente o levar à loucura.

Nietzsche viaja constantemente pelas vísceras da condição humana. Como obra descritiva é excelente. Como tratado de moral é no mínimo suspeito.

Ora se isto não faz encolher o dito cujo eu não sei o que será capaz de tal coisa.

31.25 %

My weblog owns 31.25 % of me.
Does your weblog own you?


daqui

Uma leitora com quem costumo trocar e-mail perguntou-me:

"Então e perspectivas de emprego?"

Eu respondi, as perspectivas nem são muito más o problema é que eu estou tão farto de aturar determinado tipo de comportamentos, que tinha era vontade de me reformar ...

Ainda a Vieira do Mar e os homens e as mulheres na blogosfera.

Os blogues masculinos tendem a ter na sua lista de linques uma maioria de outros blogues masculinos, menosprezando de alguma forma os blogues femininos, em especial os generalistas (os não sérios), onde podem dar de caras com ataques de TPM e palavras feias como foda-se, puta e grelo. Não obstante não os lincarem, lêem-nos com frequência, no exercício do mais puro voyeurismo. (...) a blogoesfera funciona como uma grande janela indiscreta, por onde podem espreitar o streap tease feminino.

Percebo a preocupação, ao fim ao cabo os links são o mecanismo de mobilidade social na blogosfera. O que eu não percebo é o espanto, ao fim ao cabo o voyeurismo (que ela classifica de quase onanista) é por natureza um prazer que se quer íntimo. Nem todos temos a estaleca para o exibicionismo de certos blogs femininos! Onde há um voyeur há sempre um exibicionista.

Segundo a Vieira do Mar as citações nos blogues masculinos são como um bom carro de alta cilindrada lá fora: um prolongamento do pénis. Com base na minha experiência tenho que discordar. Eu farto-me de citar Nietzsche e Kundera a ainda não notei que a coisa aumentasse ou diminuísse.

4 de março de 2006

Falar de blogs masculinos e femininos. Gravação audio. Vale a pena ouvir.



Tirado daqui.

Vale a pena seguir esta discussão. É um tema que me interessa e que é importante para todos nós.

Faz três anos um dos melhores blogs pessoais portugueses. Parabéns Vasco! Força, força, companheiro Vasco!

Outra que anda a descambar, que o senhor a ajude!

Utilidades mesmo uteis. Perdão, úteis.

É frequente falar da escrita em geral e do bloging em particular como algo terapeutico.

De acordo com Antony Soprano ter uma sessão de psicoterapia pode ser semelhante a cagar. Concordo com ele.

Ora a justaposição destas duas ideias mostra bem que certos posts são verdadeiros montes de merda.

Desse ponto de vista o bloging tem um enorme benefício: é mais propício ao sentido de humor (para quem o tem).

Um post essencial sobre o crime recentemente cometido no Porto, e que de resto se relaciona também com o chamado caso da casa pia. É certo que sobre o crime do Porto há outros pontos de vista que interessa reter, mas esses outros pontos de vista têm sido amplamente discutidos nos media e nos blogs.

Uma vez escrevi aqui que era melhor dormir debaixo de uma ponte do que num ninho de pequenitos, numa das mil instituições de acolhimento onde despejamos os deserdados das tribos. Houve logo uma alma sensível e vários apoiantes que se revoltaram com o excesso. Volto a dizer: é melhor dormir debaixo de uma ponte que na oficina do santo, no lar dos órfãos, na casa de nossa senhora. O problema não é da Igreja nem dos padres. A Igreja faz o que pode. A Igreja é, neste campo, uma organização especializada de exclusão social. Pagamos-lhe para isso. Para manter estas crianças longe da nossa vista. E exigimos o mesmo à Assistência Social. E aos jornalistas pedimos bom senso e bom gosto. Não nos venham cá chatear com a Gis nem com o crime praticado no Porto. Da barbárie sabemos o que é preciso. Ontem como hoje queremos música no coração. Têm soluções? Se não têm deixem-nos viver a ilusão das nossas vidas. Alarguem as prisões, construam mais centros de internamento, entreguem-nos à farmacologia, aos psicólogos, aos sociólogos, às equipas multidisciplinares, ao serviço social e à polícia.
Vem aí uma nova idade de internamento.
Eu sou pela ponte. Pelo vão da porta. Pelo banco de jardim. Sou pela chaga aberta. Pela exposição das feridas. A violência não é um objecto estético, nem um buraco negro num eu indizível (como julgam os adeptos de Capote). A violência, quando se abate sobre nós ou sobre os nossos, é intolerável, um escolex que adere às vísceras e vem para ficar. E assim é a miséria e a pobreza. A doença e a dependência da droga. O abandono e a exclusão.
É preciso fechar as casas a que hipocritamente chamamos de abrigo e abrir as portas das nossas casas.

3 de março de 2006

blogger translated

template - modelo
publish post - publicar postagem

Será que alguém fala assim?

Tópicos sobre os relacionamentos interpessoais

Dar um raspanete às vezes é boa ideia.

post número 501

Internet essentials

MSN taming technics.

eu também tenho uma microcausa

Quando usam as minhas pantufas gosto que as voltem a pôr no devido lugar quando as descalçam.

Trabalhar pelo telefone é chato ...

... é mais dificil desculpar a nossa proverbial timidez.

Agora com lisença que tenho que ir fazer uma chamada telefónica ...

2 de março de 2006

Numa caixa de comentários

ANA: "Isso sim é a nova Revolução do SEC. XXI – NO LOVE NO SEX – NO ORGASM NO FUCK!"

Iabela: "Os teus filhos são só filhos da mulher com a qual os fizeste ou também são teus? Se também são teus e se a tua mulher não faz filhos sozinha (o que te afirmo já ser um erro biológico, porque se não precisássemos da vossa torneira molhada para os fazer, havias de ver o museu em que já vos tínhamos arrumado!)"

Rapazinhos não se ponham a pau não ...

1 de março de 2006

Estava ali um gajo na televisão que jurava a pés juntos que se Nossa Senhora falou com Francisco e Jacinta falou com ele também.

Pois sem mais delongas eu exijo que fique registado em acta qua a minha ti Alberta que Deus tem também atirou almofadas ao menino Jesus quando este se sentou no fundo de sua cama. Tenho dito.

E eu sou um cientista que não se deixa levar em tretas.

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