9 de maio de 2005

Sobre a revolução e a morte

Esta citação vem na sequência do que escrevi aqui num texto intitulado "The open mind and its enemies":

A propósito de Críton ou Sobre o Dever de Platão, um paragrafo escrito por Ortiz em http://alexandrinas.wunderblogs.com/:

«Sócrates é o porta-voz, na Grécia, de um ensinamento tradicional presente em todas as linhagens espirituais do mundo, segundo o qual o homem deve “esforçar-se por integrar-se ativamente na ordem divina, enquanto contorna suavemente as contingências da ordem natural e histórica”. Em outras palavras, só é sábio quem dedica suas energias à conquista do mundo do Espírito, enquanto peregrina por este mundo material causando a mínima perturbação possível. O leitor mais profundo compreenderá pelo Críton a futilidade de todas as revoluções, insurreições e insubordinações, que desonram a alma cujos cuidados são o que mais importa. Não é outra coisa senão o que séculos mais tarde Jesus ensinaria a seus discípulos: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Isso inclui morrer, se for preciso, e com o mínimo de perturbação. Como, aliás, o próprio Jesus também morreu.»

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