29 de setembro de 2005

Dúvidas existenciais masculinas

De um artigo que eu já citei anteriormente:

Se o pai conhece a criança e quer participar de sua educação, é recomendável que a mãe o permita, porém ao mesmo tempo regule sua presença. [...] Por esta mesma razão, as mães devem ter especial cuidado ao apresentar a seus filhos um eventual novo companheiro, porque se for algo passageiro, os expõem a viver uma nova perda.

Se a mãe não tiver o tal "cuidado ao apresentar a seus filhos um novo companheiro" o pai não terá o direito de intervir? Não se trata aqui de questionar a liberdade sexual das mães solteiras, divorciadas (ou mesmo casadas), trata-se de pedir uma certa separação de águas para com os filhos. (Eu bem sei que estas dúvidas existenciais masculinas revelam uma certa falta de decência pessoal, mas o que é que querem eu sou mesmo assim um gajo indecente.)

28 de setembro de 2005

O imperativo biológico feminino

Por qualquer razão que me transcende tendo a gostar de mulheres mais velhas. Tendo eu 27 anos isso significa que há um "problema" com que frequentemente me deparo é o do desejo de ser mãe. Esse desejo de ser mãe sobrepõe-se muitas vezes à busca de um parceiro.

Em casos extremos a mulher abdica do parceiro e apenas quer ser mãe solteira. Não é por ser homem que vou negar as barbaridades que alguns de nós cometem. Querer ser mãe solteira quando não se encontrou o parceiro que se deseja não é de facto egoísmo, eu chamar-lhe-ia um imperativo biológico.

Mas às vezes parece-me que o único pai (e por arrasto homem) que concebem é um pai ausente, um pai negligente. A minha pergunta é porque é que elas vêm as coisas assim? Que mal é que os homens lhes fizeram para verem as coisas assim?

Conheço uma autora inglesa que tem um romance onde um filho de uma mãe solteira arrasa a mãe. A autora pergunta-se porque é que este filho se indigna tanto com a mãe quando na hora H foi sempre ela que esteve lá e não o pai? Tive uma amiga minha que se encaixava perfeitamente neste perfil. Mas a minha análise é que o que lhe faltou a ela foi justamente um pai, um pai presente e afectuoso (e reparem que isto é possível mesmo quando pai e mãe resolvem separar caminhos, mesmo quando o filho fica com a mãe). Na minha perspectiva um pai presente e afectuoso para um filho do sexo masculino serve sempre como modelo. Para uma filha um pai afectuoso pode ser um poderoso contraponto contra os namorados mal comportados (que os há), a prova de que nem todos os homens são diabos.

[post originalmente publicado em 20 de Setembro de 2005 pelas 22h e 12 minutos]

27 de setembro de 2005

Das virtudes do amor ...

... a mais milagrosa e nobre é o perdão genuino.

Karl Popper, 100 anos depois da fórmula de Einstein

Há 100 anos Einstein descobria a famosa fórmula E=mc2. Einstein rapidamente se apercebeu das implicações tecnológicas e geopolíticas da sua descoberta. Ele sabia que a sua descoberta levaria à construção da Bomba Atómica.

A historia também não ajudou Einstein. Einstein era um amigo muito próximo de Haber que foi um dos grandes cientistas que contribui para o esforço de guerra Alemão durante a I Grande Guerra. Haber foi um fervoroso patriota Alemão durante a I Grande Guerra com o seu trabalho permitiu adiar o descalabro da Alemanha. Eintein sempre disse que não era um verdadeiro Alemão, a única coisa que o unia à Alemanha eram os seus amigos, incluindo Haber.

Quando as purgas nazis nas universidades alemãs começaram Haber optou por se converter do judaísmo ao cristianismo para preservar a sua posição, mas para ele as coisas estavam claramente a mudar, Haber ainda que convertido viu-se obrigado a emigrar para a Palestina.

A loucura do holocausto (cuja verdadeira dimensão poucos conheciam) e acima de tudo a brutalidade da II Grande Guerra tornaram óbvio que o que estava em questão era sério demais e a corrida ao armamento nuclear começou. Hiroshima aconteceu.

Karl Popper de origem austríaca e um profundo conhecedor da obra de Nietzsche começou a publicar os seus estudos filosóficos em língua inglesa em 1945, começando justamente pela parte política do seu trabalho.

A controvérsia com Nietzsche (o nome do filósofo raramente é referido) é sem dúvida fundadora para Karl Popper. Para Karl Popper a questão fundadora da filosofia é a questão do livre arbítrio e as suas implicações para a ética.

Quer Nietzsche quer Karl Popper sabiam que não podiam resolver o problema do livre arbítrio: o problema do livre arbítrio está minado de contradições. O livre arbítrio de um individuo numa questão verdadeiramente importante para este implica a supressão do livre arbítrio do outro.

Karl Popper sabia que o que estava em questão era demasiado importante, o sucesso do seu sistema filosófico dependia da questão do livre arbítrio. Defendeu o seu ponto de vista com uma inteligência impressionante. Profundo conhecedor da física moderna, sabia que a física determinista destruiria o livre arbítrio, este ultimo não é compatível com um mundo desenhado por um relojoeiro de Berna. A pressão posta sobre o seu sistema filosófico era enorme, era preciso reagir custasse o que custasse.

Karl Popper sabia que o poder da arma nuclear era imenso. Karl Popper sabia que a física das altas energias é por excelência o domínio de todas as conjecturas. Associou as duas coisas e conjecturou que o homem teria o poder de construir uma arma nuclear que libertaria energia suficiente para despoletar fenómenos a altas energias que o moderno conhecimento da física não permite descrever. Assim sendo, conjectura Popper, o homem tem ao alcance do seu livre arbítrio a fuga às leis da física tal como as conhecemos e a possibilidade de destruir o relógio de Berna.

Yes, I have read Nietzsche, I have been there, done that, I have got that shirt ...

Estou tão farto de citar Karl Popper ...

... que já não me atrevo a faze-lo explicitamente. Nesta matéria digamos que estou na fase de pregar aos peixes.

26 de setembro de 2005

Vao-se daqui embora porque isto e' um sonho ...

"... E, bruscamente entre dois penhascos o comboio rompeu ...
E tive medo. Pela primeira vez estremeci de medo ate aos limites da vida ... E entao desejei ardentemente, profundamente ficar. Mas era tarde ...
Espoliado abruptamente da minha infancia, aturdido de solidao, sentia-me quase bem dentro do choro. Inesperadamente, por entre a minha dor, eu descobria em mim o aceno de um passado ..."

Vergilio Ferreira, Manha Submersa

24 de setembro de 2005

A propósito de gravatas

A gravata é uma peça de roupa com a qual me dou muito mal, gosto imaginar que ou uma pessoa descontraída e a gravata não condiz com essa atitude.

A maior parte das vezes acabo por usar gravata para ir a casamentos - por sinal de respeito pelos noivos. As maior parte das vezes, nos dias que correm, pouco tempo depois da tal cerimonia engravatada recebo a notícia: "Eles divorciaram-se!". Ponho o ponto de exclamação porque para mim o divorcio é sempre uma derrota, e um falhanço.

Um spot publicitário que gracejava com o contraste entre o aprumo dos casamentos e a facilidade com que eles se desfazem nas sociedades contemporâneas era aquele anuncio do J&B que parodiava dizendo que a "tradição já não é o que era". Tratava-se ali de promover o álcool como instrumento facilitador da promiscuidade.

Sempre que vou a um casamento acabo a perguntar-me se ao aprumo dos noivos corresponde um real compromisso.

Eu vou explicar-te o que os teus leitores estão a sentir. Ainda te lembras do que sentiste quando o icosaedro parou de escrever?

22 de setembro de 2005

Eleições Cleptocráticas

(por Bruno Sena Martins)

Decisiva para uma candidatura eleitoral será sempre cobertura mediática que alcança. Pelas estratégias de marketing que por aí vamos assistindo poucas dúvidas restam: para ter como garante a atenção servil dos jornalistas o melhor mesmo é ser arguido num processo judicial. Isaltinos, Avelinos, Velentins e Felgueiras que o digam. Bem, mas, lá está, aqui começam as desigualdes a que já aludia Marx. Como nem todos têm acesso aos meios de produção dos crimes de colarinho branco -- para isso é preciso tomar o aparelho autárquico (não é automático, mas quase) -- as injustiças tendem a perpetuar-se. Contudo, os canditatos ainda-não-arguidos que careçam de processos para atrair a atenção dos media não deverão desesperar. Serenos. Poderão sempre partir umas montras, deixar o carro mal estacionado ou queimar a bandeira portuguesa. São crimes menores e sem o prestígio de outros, mas, enfim, todos candidatos-estrelas começaram por baixo. Os empreiteiros e os clubes da bola vêm depois.

(o que vai salvar isto ainda é o choque tecnológico)

Crónica feminina pela imortal Elis Regina

Me Deixas Louca
(letra de A. Manzanero obtida neste excelente cite)

Quando caminho pela rua lado a lado com você
Me deixas louca
E quando escuto o som alegre do teu riso que me dá tanta alegria
Me deixas louca
Me deixas louca quando vejo mais um dia pouco a pouco entardecer
E chega a hora de ir pro quarto e escutar as coisas lindas que começas a dizer
Me deixas louca

Quando me pede por favor que nossa lâmpada se apague
Me deixas louca
Quando transmites o calor de tuas mão pro meu corpo que te espera
Me deixas louca
E quando sinto que teus braços se cruzaram em minhas costas
Desaparecem as palavras, outros sons enchem o espaço
Você me abraça, a noite passa
Me deixas louca

(obviamente isto tem muito mais piada cantado pela Elis, a vocalização daqueles haaaasss é para todos os efeitos fenomenal)

Nota do provedor do leitor

Foi pedida ao macho de serviço uma crónica masculina sobre essa entidade mítica que é o filho varão e a relação que se estabelece entre este e seu pai. Infelizmente o badameco irresponsável não se apresentou ao local de trabalho "por motivos de ordem pessoal e familiar" . Desculpas: deve andar no engate. Assim sendo e infelizmente temos que os deixar com mais um crónica feminina, à responsabilidade de Elis Regina.

Assim que o editor do blog voltar vou dar-lhe na tola a ver se ele muda a música do blog ...

para o Filipe Moura

(a propósito deste post dele)

Romaria

(letra de Renato Teixeira celebrizada por Elis Regina)


É de sonho é de pó
O destino de um só
Feito eu perdido em pensamentos
Sobre o meu cavalo
É de laço e de nó de gibeira
O giló dessa vida
Cumprida a sol
Sou caipira, Pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura
E funda o trem da minha vida
O meu pai foi peão
Minha mãe solidão
Meus irmãos perderam-se na vida
À custa de aventuras
Descasei, joguei
Investi, desisti
Se há sorte eu não sei nunca vi
Me disseram porém
Que eu viesse aqui pra pedir
De romaria e prece
Paz nos desaventos
Como eu não sei rezar
Só queria mostrar
Meu olhar, meu olhar, meu olhar

21 de setembro de 2005

Woman's hour - crónica feminina

(O Days of Angst orgulha-se do seu espírito de serviço público, especialmente com as leitoras do sexo feminino. Na crónica feminina de hoje vamos falar sobre as dificuldades das mães solteiras. O texto foi originalmente publicado na revista Padres OK, foi obtido via portal da família e foi produzido com a participação da psicóloga infanto-juvenil Patrícia Fernandes.)

São muitas as circunstâncias que levam uma mulher a enfrentar sozinha a criação de seus filhos.
Aquelas que depois de um bom tempo de vida matrimonial se separam, também sentem a obrigação de virar rapidamente a página e voltar a funcionar como família, apesar da perda do companheiro e da ausência do pai. No caso das mães solteiras, a dor de não poder compartilhar cotidianamente as penas e as alegrias da paternidade é igualmente intensa, porém logo se transforma em uma carga com a qual é preciso aprender a conviver.


A ausência do Pai

Segundo assinala Patrícia Fernandes, psicóloga infanto-juvenil com vasta experiência em temas de família, existe uma tendência muito acentuada [...] de que as mães procurem "apagar" a figura do pai do contexto familiar. "Há muito poucas mulheres que conseguem separar suas raivas e conflitos interiores e [... da relação com os seus filhos]", indica a psicóloga.

Como consequência, há uma alta porcentagem de crianças que não tem pais funcionando bem não só pela irresponsabilidade do próprio pai, senão que pelos efeitos da consciência da mãe. "As mamães devem ter claro que é muito importante a presença do pai na educação e formação dos filhos, especialmente nos filhos homens", explica Patrícia Fernández.

Se o pai está ausente da vida do garoto, é preciso proporcionar-lhe igualmente uma imagem paterna, porque isso lhe assegura um equilíbrio emocional e a possibilidade concreta de poder, no futuro, formar uma família. Um substituto masculino significativo para o menino pode ser algum de seus avós, [...] é preciso que exista uma clara disposição desse substituto de estabelecer um vínculo com o garoto mais além de seu parentesco ou relação inicial.

[...]

É importante evitar na criança a fantasia de que seu papai se foi porque não o queria ou que o que se sucedeu entre seus pais foi por culpa dele. Por isso, é necessário deixar-lhe claro que seu pai o ama, porém que, por distintos motivos não pode estar com ele.


Mães solteiras

[...]

Se o pai conhece a criança e quer participar de sua educação, é recomendável que a mãe o permita, porém ao mesmo tempo regule sua presença. É necessário proteger as crianças de relações não estáveis, e por isso não é conveniente que o pai apareça quando queira, senão que - para o beneficio da criança - participe de maneira constante.[...]


Mães separadas

[...]

No caso de uma separação matrimonial, a psicóloga recomenda que as mães se esforcem ao máximo para conseguir que o pai continue presente na vida dos filhos. Assim mesmo, esclarece que há casos em que os pais procuram estar perto dos filhos, porém se deparam contra um "muro" da mãe. "Muitas vezes os pais querem participar, mas as mães não o deixam ou condicionam as visitas ao pagamento da pensão alimentícia. No entanto, e se o pai em algum momento não puder pagar? A mãe vai expor a criança à ruptura com seu pai? As duas coisas não deveriam estar relacionadas porque assim se prejudica a estabilidade emocional das crianças", afirma a psicóloga.

[...]

Mães viúvas

Quando a causa da ausência do pai for a morte, é importante que as crianças tenham uma figura paterna que o substitua. Deste modo sabe que, além de levar a memória do pai no coração deles, tem alguém perto a quem recorrer quando precisar falar de homem para homem ou para jogar e aprender coisas que não poderiam fazer sozinhos ou com a ajuda da mãe.

Neste sentido, Patrícia Fernández diz que é muito importante o papel dos avós, já que se o menino tem a sorte de criar-se com algum deles, a dor de não ter seu pai por perto será muito mais tolerável. A psicóloga recomenda que neste caso a mãe se aproxime mais do seu pai ou do sogro e lhe peça - explicitamente - que participe de modo mais ativo na educação dos seus filhos.

[...]

A felicidade mútua


As mães que criam sozinhas as suas crianças e as crianças que crescem sem o pai delas, podem, de igual maneira às famílias normalmente constituídas, alcançar a felicidade. Porém, isto requer um trabalho de desenvolvimento pessoal consciente e constante por parte das mães, essas que devem estar permanentemente se interrogando a respeito da educação de suas crianças. Muitas mães os vêem como extensão delas mesmas, portanto, acabam exigindo que cumpram com as suas expectativas [...].

É benéfico que as mães tenham grupos de amigas e amigos que levem a cabo alguma outra atividade à parte de seu trabalho e que sempre estejam rodeadas de outras mães, para assim comparar o desenvolvimento de seu filho em relação aos dos outros. Deste modo, podem prevenir-se de transformar-se - produto da pressão e da solidão - em mães superprotetoras, omnipotentes e asfixiantes, e alcançar, tanto elas como seus filhos, a felicidade mútua.


(Estão prometidas para breve crónicas sobre contracepção feminina e o orgasmo feminino essa meta quase tão difícil de atingir como os 3% do défice.)

Produra-se supervisor para tese de doutoramento em sociologia

"Trolling can be described as a breaching experiment, which, because of the use of an alternate persona, allows for normal social boundaries and rules of etiquette to be tested or otherwise broken, without serious consequences. This may be part of an attempt to test the limits of some discourse, or to identify reactive personalities. By removing identities and histories from the situation, leaving only the discourse, some scientists believe that it is possible to run social engineering experiments using troll methods. However, few believe that troll organizations are engaged in science, and a few scattered individuals with no particular method or thesis cannot be described as scientists. They might however be engaged in research." da wikipedia

20 de setembro de 2005

A paichão do PCP pelos "direitos dos trabalhadores" é algo que me fascina

A ultima manifestação desta paichão é a defesa dos direitos dos trabalhadores da administração pública contra o "assalto" por parte do governo contra estes direitos. Será que o PCP não repara que estes privilégios são mantidos à custa dos impostos, incluindo os que são pagos pelos trabalhadores do sector privado que muitas vezes têm menos direitos que os trabalhadores da administração pública e pagam impostos na mesma? Será que o PCP não percebe que atitudes como estas podem ser consideradas como concessões demagógicas a um sector restrito embora numeroso do eleitorado?

Declaro solenemente que hoje é 1 de Março de 2006

(a menos que hajam razões extrablogosféricas para a ausência)

18 de setembro de 2005

Notícias

São Jorge caçou um dragão montado num cavalo de pau!

O dono do tasco informa (ao abrigo do direito de resposta)

Recebi com apreço as duas disposições regulamentares de 18 de Setembro de 2005.

Começando pela disposição regulamentar número II. No que respeita a questões do foro pessoal foi sempre isso que foi assumido pelo autor. No que respeita a questões académicas a política de links foi muito mais cautelosa (é de resto esta a prática corrente em meios académicos), justamente por causa das questões que levaram à publicação da disposição regulamentar número II.

No que respeita à disposição regulamentar número I:
1) Em matérias do foro estritamente pessoal foi sempre esse o pressuposto, sob o qual o autor agiu. As situações que levaram à publicação da disposição regulamentar número I são meros actos de impulsividade e desleixo a que a partir de agora se aplica a referida disposição regulamentar.
2) No que respeita a outras matérias o autor promete continuar a reflectir, aliás essa reflexão (por vezes silenciosa) já dura a seis meses.

o provedor do leitor informa (II)

É prática corrente deste pasquim publicar posts com links.

O proprietário(a) da página a que o post linka tem o direito inalienável de pedir ao autor do post que este seja eliminado . Caso tal pedido seja recebido é obrigação inalienável do autor do post eliminar o post na origem do protesto.

o provedor do leitor informa (I)

É prática corrente deste pasquim reproduzir no domínio público conversas que foram mantidas em privado.

O provedor do leitor informa que se a reprodução dessas conversas ocorrer de uma forma que possa identificar o outro interlocutor, o visado tem o direito inalienável de pedir ao autor do post que este seja eliminado. Caso tal pedido seja recebido é obrigação inalienável do autor do post eliminar o post na origem do protesto.

a política e as revoluções segundo sir Karl Popper

(O lopo num post que eu considero interessantíssimo e que já reproduzi aqui já discutiu estas questões, acho que no entanto vale a pena continuar a discussão à luz do caso inglês, ainda que eu seja apenas um leigo. Acrescentaria mais um leigo que não é propriamente "desinteressado".)

Diz-nos Karl Popper que o que causa as revoluções não é a busca de qualquer espécie de justiça, mas sim os conflitos de interesses e isto (ainda segundo Karl Popper) é já razão suficiente para as evitar. Essa é também uma boa razão para pensar duas vezes antes de mudar a lei.

É isso que é interessante no post do lopo, a defesa do jurista prudente.

Nessa matéria o caso inglês é paradigmático. Eles têm aquilo a que eles chamam uma constituição não escrita, e a sua muito amada magna carta.

É claro que a constituição deles está escrita, o que eles não têm é a nossa dualidade entre a constituição (texto fundamental) e a lei ordinária, com disposições muito específicas para a alteração da primeira. O que eles têm é a amada magna carta deles.

O que eles não contam às criancinhas deles é que a Magna Carta não surgiu à segunda feira de manhã porque o Rei João (esse fraco fã de Ricardo Coração de Leão e do Rei Artur) acordou com vontade de abdicar dos seus poderes (qual cavaleiro de pau), a Magna Carta surgiu porque os fidalgos ingleses (e só os fidalgos) quiseram criar um instrumento legal para mediar conflitos com o rei em sede de tribunal.

(Uma das quatro cópias da Magna Carta do tempo do rei João está exposta ao público na Biblioteca Britânica em Kings Cross)
(Vale a pena ler o artigo sobre a Magna Carta na wikipedia)

provérbios pós-modernos

se um diz mata o outro diz esfola

gostas do número 69?

Não confirmo nem desminto

Cavaleiro Andante (II)

Carlos Tê:
"Bom, Cavaleiro Andante tem a ver um pouco com a impossibilidade latente em cada um de nós, de sermos uma espécie de salvador de valores. Quer dizer, se as pessoas não se conseguirem salvar a si próprias, se não fizerem sempre um esforço para elas próprias atingirem qualquer coisa. Estão sempre à espera que venha um cavaleiro andante salva-las, e esse cavaleiro andante é sempre um cavalo de pau algures atrás deles."

Grad Gear

Cavaleiro Andante

(Carlos Tê / Rui Veloso)

Porque sou o cavaleiro andante
Que mora no teu livro de aventuras
Podes vir chorar no meu peito
As mágoas e as desventuras

Sempre que o vento te ralhe
E a chuva de maio te molhe
Sempre que o teu barco encalhe
E a vida passe e não te olhe

Porque sou o cavaleiro andante
Que o teu velho medo inventou
Podes vir chorar no meu peito
Pois sabes sempre onde estou

Sempre que a rádio diga
Que a américa roubou a lua
Ou que um louco te persiga
E te chame nomes na rua

Porque sou o que chega e conta
Mentiras que te fazem feliz
E tu vibras com histórias
De viagens que eu nunca fiz

Podes vir chorar no meu peito
Longe de tudo o que é mau
Que eu vou estar sempre ao teu lado
No meu cavalo de pau

As "meninas" da qualidade

Dizia-me alguém em conversa de café no outro dia:
"Sabes, nós as meninas da qualidade somos consideradas umas burocratas."

É interessante como estes preconceitos atravessam transversalmente os vários sectores das sociedades.

A razão para tal desdém só pode ser uma, cooptar o julgamento das "meninas" da qualidade.

Quanto ao uso da expressão "meninas" remete-me também para outros problemas transversais das sociedades, problemas que aliás prevalecem de uma forma chocante nos meios em que me desloco de momento.

(ainda hei-de escrever um texto a mostrar como a revisão de papers científicos pelos pares é uma actividade meramente burocrática)

[a gerência não se responsabiliza pelas sucessivas alterações deste post]

17 de setembro de 2005

Fui hoje informado via Sky News que a Inglaterra ganhou o mais prestigiado torneio de ckricket, as cinzas

(Os ingleses inventaram o ckicket, mas cedo se habituaram a perder especialmente para os indianos.)


You scored as Boobs. You are attracted to: boobs. You're a boob guy/gurl!<



Boobs

83%

Butt

67%

Abs/Stomach

42%

Face

33%

Penis

0%


What Body Part Are You Attracted To?(pics)
created with QuizFarm.com

Sexo, Drogas e Rock 'n Roll: Versão Kate Moss

(click no link para saber mais - notícia da BBC)



Será possível fazer as pazes com os mortos em sonhos?

Tudo indica que não. No entanto os sonhos premitem-nos fazer as pazes com nós mesmos, o que (supostamente) nos permitirá dormir tranquilamente.

leituras cruzadas

[um post do Ivan Nunes a 15 de Setembro 2005 - um suposto email por ele recebido]

Não leve a mal o que lhe vou dizer, mas estive a assistir a um programa de televisão, uma entrevista que a Ana Drago deu ao Pedro Rolo Duarte na Sic-mulher, e foi uma experiência arrepiante, freakish, porque me fez lembrar de si. Para ser sincero, achei que estava a assistir à reincarnação daquele rapaz que apareceu aí há uns dez anos na Política XXI. São ambos muito bem articulados na maneira de falar, com um certo ar de novidade e falam com um contentamento um pouco excessivo. Não é que digam grandes disparates, mas nota-se que as ideias estão um bocado coladas com cuspo. Talvez nem acreditem em tudo o que dizem, a última coisa que leram ou lhes entrou pelo ouvido; mas «funciona bem em televisão», é escorreito, permite agradar aos media. Acho que no geral até são bem-intencionados e, como digo, nem tudo o que lhes ouço é tolice. Quer-me até parecer que às vezes lhes encontro uma certa inclinação para a ironia. [...]
Será que há uma fábrica onde estes jovens são produzidos? Estive a ver com atenção, e o vosso percurso tem semelhanças incríveis. Não é só serem evidentemente os dois de Lisboa, calculo que de meios sociais parecidos: foram ambos para Coimbra fazer teses em sociologia, ambos sob orientação de Boaventura Sousa Santos; ambos cairam sob a sombra política do Francisco Louçã e a orientação mais directa do Miguel Portas (o que é chato, sem ser trágico). E ambos, reparei agora, começaram no mesmo programa de televisão, «Lentes de Contacto», uma coisa para adolescentes e feita por adolescentes no segundo canal do início dos anos 90, embora não ao mesmo tempo, porque creio que você é um bocado mais velho.
Eu tinha uma certa simpatia por si, tanto que cheguei a votar na Política XXI (também, eram umas eleições sem importância nenhuma, não se decidia nada). Mas, de certa maneira, para dizer com franqueza até simpatizo mais consigo por ter desaparecido. Suspeito que deve ter reparado que ser criatura dos media não é vida para ninguém, um boneco articulado a papaguear entretenimento sob a forma de discurso político; e lá foi à sua vida. Para ser uma celebridade, só se for em grande estilo, tipo Scarlett Johansson, Jude Law ou Pimpinha Jardim (desculpe: houve aqui interferência de uma parte do cérebro que devia estar a descansar). Mas você, na política, como celebridade não chega nem para entrar na Quinta; e, para isso, mais vale estar em casa, levar a sua vida, sossegadinho.


[uma post do Ivan Nunes a 27 de Julho de 2003]
"De todos os meus heróis, e tenho vários, nenhum, salvo o meu avô, é maior do que o Calvin.
Lembro-me quando o vi pela primeira vez, num dos números zero do Público, e não achei graça, provavelmente porque nos jornais a que eu estava habituado - o Diário de Notícias, O Independente, o Expresso - não havia comics, e também porque a primeira tira, em que o encontro do Calvin e do Hobbes é relatado, assenta basicamente num nonsense que, sem conhecer ainda os personagens, não é fácil de entender.
Em que reside o génio extraordinário do Calvin como cartoon? Parece-me que é essencialmente no facto de ser a expressão de uma cabeça só que se manifesta na forma de dois personagens. O que superficialmente aparece como "histórias", como descrições de acontecimentos supostamente "reais", é a representação de movimentos internos de uma cabeça, na dupla forma de Calvin e de Hobbes. A existência de Calvin com o seu alter-ego Hobbes permite um grau de loucura ao primeiro que seria paranoica sem o contraponto do segundo. É provavelmente a mistura de megalomania do Calvin com a auto-ironia corporizada no alter-ego Hobbes, acrescentada ainda de um entusiasmo inexcedível pelas coisas e alguns raros momentos de descarada ternura que faz do Calvin um herói tão fantástico. É isso tudo, e ainda a forma, que pode não se ver se não se quiser ver, como o universo adulto e o universo infantil se misturam, como nesta tira, ou nesta, ou nesta.
O Mas a última tira é tão notável, tão brilhante, tão entusiasmante, que, mesmo referindo-se ao fim, é até hoje das minhas preferidas. Como não consigo copiá-la para aqui, não me resta senão fazer o link."


[ainda o Ivan Numes, a 4 de Janeiro de 2004]

Passam este ano dez anos desde que fui cabeça-de-lista da Política XXI ao Parlamento Europeu. Tenho curiosidade de ir ver as cassetes de video das minhas aparições televisivas, com a pele lisinha, a barba bem aparada e um bocado mais de cabelo. No entanto, os sentimentos que essas coisas me despertam são sempre muito contraditórios. Por um lado, tenho simpatia pelo personagem que era eu. Por outro, a televisão, e sobretudo a campanha política, desencadeia uma série de tiques que me desagradam. Uma forma de resumir estes tiques é dizer que a própria expressão corporal das pessoas na televisão é chegada para a frente: muito tensas, como se estivessem muito alerta, muito dispostas a cumprir um papel. Uma parte das coisas que eu dizia era, necessariamente, bluff: um político é suposto ter opiniões sobre todos os temas, e quando não tem prepara-se para inventar, e depois já nem precisa de se preparar porque a invenção lhe sai espontânea. Lembro-me que nas últimas sessões de campanha o discurso já me saía completamente engatilhado - tinha resposta para tudo.
[...]
Quando entrei para o estúdio já estava certamente um bocado irritado. A jornalista, a malograda Dina Aguiar, resolveu fazer perguntas sobre política aos dois crescidos e, quando chegou a mim, disse qualquer coisa do género: «Então? Tão novo?». Aí saltou-me mais ou menos a tampa, tratei-a mal, disse-lhe que a pergunta era estúpida ou coisa parecida e que eu já estava atrasado três anos, estava na plena posse dos meus direitos políticos desde os 18. Na altura tratar mal a Dina Aguiar pareceu-me realmente a melhor coisa que eu podia ter feito, porque discutir política num terço de sete minutos com outros dois candidatos escolhidos ao acaso era coisa que não poderia ter feito.

15 de setembro de 2005

Ler blogs de pessoas que se deslocam em meios académicos é para mim uma eterna fonte de optimismo. (Talvez em breve escreva sobre isso com exemplos e detalhe, se a vasícula me permitir.)

"Be less curious about people and more curious about ideas."
Marie Curie

"Destrancem as pernas e vamos aprender"?!?

Foi assim que a apresentadora do "Tudo em Família" da RTP2 hoje começou o programa. Se não fosse o habitual tom pedagógico do programa ficaria de veras preocupado ...

14 de setembro de 2005

Foi para isto?

More than 150 people have been killed and hundreds injured in a series of bomb attacks and shootings across Iraq.


(Imagem e notícia da BBC)

Realmente, ainda nada está perdido — conversar com crianças daquelas que fazem muitas perguntas de resposta complicada é algo que continua a enternecer-me.

[obviamente espero que durante o meu exame de doutoramento o júri se porte de forma tão adulta quanto possível, mas isso é uma infantilidade da pior espécie da minha parte]

Ciência e Arte

(Um post do Rui Fernades sobre Ciência e Arte ou falta delas ...)

Um aspecto que não é muitas vezes citado mas que é fundamental para compreender a parafernália esquizofrêncica que se critica nas ditas ciências sociais, ou melhor, em parte delas, é a mistura de discursos artísticos com discursos científicos. Talvez se justifique isso com base em mais um novo paradigma, onde a ciência se humaniza e se faz permeável a formas "mais flexíveis" de pensamento...

[Em seguida Rui Fernades cita Eduardo Prado Coelho:]

"É pena, repito. Porque o diálogo é possível - e desejável. Pessoalmente, não partilho a distinção entre ciência moderna e ciência pós-moderna de Boaventura Sousa Santos (parece-me uma perigosa versão de uma "ciência burguesa-ciência proletária"), não creio que existam a priori paradigmas em ciência a não ser que se convertam em programas de investigação (não no sentido de Lakatos), e não vejo vantagem em estabelecer regras paradigmáticas a orientar o trabalho científico.

Por outro lado, não acho útil que se enfraqueçam noções de tipo realista, e defendo sobretudo uma concepção da racionalidade que jogue na complementaridade possível (e, por vezes, impossível, sublinho) das diversas racionalidades - um pouco como propõe Stephen Toulmin nesse notável trabalho que é "Return to Reason" (Harvard University Press, 2001).
" [fim de ditação]


Aqui estamos "uma concepção da racionalidade que jogue na complementaridade possível (e, por vezes, impossível, sublinho) das diversas racionalidades..." Não termina de especificar onde é possível e onde é impossível, e isso é importante. Julgo não me equivocar se digo que EPC defende o direito de um discurso científico que não queira ser permeável a discursos de tipo artístico, místico, ou outros, para a Física, a Química e a Biologia, e isto é um avanço em relação a outros autores. O que descortino quer EPC é reservar o direito a si e aos seus colegas de utilizar um jargão científico nos seus textos, em geral de interpretação da arte, e em misturar principios científicos e explícitamente artísticos, ou de outra espécie, na definição do seu "método científico". Aqui jogamos no campo do que se considera ciência e do que consideramos métodos e formulações teóricas passíveis de serem consideradas científicas. E jogamos acima de tudo com uma tentativa de definição que permita utilizar a valorização que se busca na palavra "ciência" em determinados tipos de trabalhos.

O director de cinema americano John Ford haveria dito que se "a lenda é mais interessante que a verdade devemos ficar com a lenda". Para um cineasta, um artista, isto é perfeitamente válido e determina a diferenciação absoluta que separa arte de ciência. Em ciência a verdade é fundamental, em arte [...] somente a beleza é fundamental. Porém o tempo e o dinheiro disponível ao homem moderno é tamanho, que é possível dedicar-se a zonas intermédias: ciências da arte, artes da ciência, ciências da ciência da arte, etc. [...]

Seguramente uma arte das ciências nunca tenha realmente existido e o que haja é arte pura e dura que se inspira em teorias científicas ou na história da ciência. Agora a ciência das artes... provavelmente os artistas concordarão mais facilmente comigo, do que os cientistas de artistas, quando diga que se trata de um ofício suspeito... Mas somente se trataria de uma brincadeira, pois considero que existem contribuições naquilo que se designam por "ciências das artes" que são válidas e interessantes para todos aqueles a quem lhes interessem as artes. O que se designou toda a vida por crítica artística e que também toda a vida foi um ofício suspeito... O problema está, de facto, no uso da palavra ciência. [...]

O problema último é a forma como estas "ciências das artes" se promiscuem com as pseudo-ciências e com as filosofias escolásticas modernas, fazendo-as suas irmãs. É isto que obriga a incluir muitos discursos da área de EPC no pensamento pós-moderno actual que há de ser criticado. Porque eles, consciente ou inconscientemente, querem ter todos os títulos compostos possíveis, e utilizar todos os tipos de discurso possíveis, mesmo que auto-excluentes, de maneira a lhes granjear o máximo respeito entre seus correspondentes colegas. O defeito final é o mesmo: uma forma de pensar o mundo que busca fazer dele mais complexo e ininteligível do que ele alguma vez foi. O oposto de ciência portanto.

O pesadelo do blogger

A próxima versão do RSS client põe uma bandeirinha no canto do ecrã de cada vez que um dos seus bloggers preferidos posta ...

13 de setembro de 2005

You are an agnostic. Though it is generally taken that agnostics neither believe nor disbelieve in God, it is possible to be a theist or atheist in addition to an agnostic. Agnostics don't believe it is possible to prove the existence of God (nor lack thereof).

Agnosticism is a philosophy that God's existence cannot be proven. Some say it is possible to be agnostic and follow a religion; however, one cannot be a devout believer if he or she does not truly believe.


You scored as agnosticism.

agnosticism

83%

Islam

71%

atheism

67%

Buddhism

58%

Paganism

54%

Judaism

50%

Hinduism

50%

Satanism

46%

Christianity

42%

Which religion is the right one for you? (new version)
created with QuizFarm.com

É bom lembrar que mesmo alguns dos soldados que lutaram em Angola, Moçambique e na Guiné durante a guerra colonial eram também eles, e por razões de principio, contra a ocupação desses mesmos territórios. A objecção consciência era na altura uma opção, se não impossível, pelo menos muito difícil. Julgar esses homens à luz do presente parece-me complicado. (Isto sem desculpar os crimes de guerra que foram cometidos e que são conhecidos.)

pequenos detalhes

(O post do Rui Fernandes que aqui reproduzo parcialmente, clarifica um conjunto de pequenos detalhes que são importantes. Foi originalmente concebido como uma resposta a este post do Nuno Guerreiro.)

[Os colonos Israelitas que abandonaram parte dos territórios ocupados] ... são agora para Israel o que os “retornados” de 1974 e 75 foram para Portugal: vítimas colaterais do curso – tortuoso mas, no fim de contas, justo – da História.

NG, existe uma diferença fundamental que não dizes. Muitos "retornados" não se sentiam portugueses mas sim africanos. Meus avós acreditavam numa Angola independente, e um deles chegou a se inscrever na Unita, mas foi avisado por um amigo seu também militante da Unita mas negro, que ele estava numa lista local de alvos brancos a abater pela mesma Unita. Todos os brancos estavam em alguma lista destas de algum "partido". Grande parte dos portugueses retornados foram de alguma forma forçados pelo novo poder político e militar dos povos independentes a sair em nome daquilo que foi para todos os efeitos também uma limpeza étnica. Isto é algo que escapa à compreensão da maior parte dos portugueses de famílias não retornadas. Os colonos de Gaza acreditavam/acreditam num Israel Maior. Eles não acreditam em um Estado Palestino, nem seriam capazes de se inscrever na Fatah ainda que os deixassem. É uma diferença importante, acho.

O Rui Fernades não peca por excesso

Em Lisboa uma rapariga num trem suburbano com uma mochila nas costas e fones nos ouvidos. Uma mulher empalidece olhando-a, a rapariga se aproxima preocupada para perguntar o que lhe passa. O esposo da referida senhora agarra a miúda pelos braços imobilizando-a, a gritos de que ele sabe o que se está passando. Revista a sua mochila e tira dos seus fones. Não encontra nada. Descobrindo o absurdo da sua reacção lhe devolve a mochila e os fones para a rapariga com pedidos nervosos de desculpas. A rapariga em estado de choque desce tremendo e chorando na estação seguinte.

Esta história não é ficção e aconteceu a uma pessoa que me é muito, muito próxima. A loucura dos terroristas é assustadoramente empolgante. A famosa frase de Groucho Marx se tornou estranhamente profética: "Stop the world. I want to get off."


Na covilhã e nas mesmas condições a GNR metralhou um uma mochila num pacato centro comercial depois do 11 de Março.

12 de setembro de 2005

Sejamos claros (II)

Eu e o Lopo só somos simpáticos em demasia com uma pessoa.

(foto do Speigel)

É muitos anos a estudar direito constitucional é o que é!

Sejamos claros

1) Seria bom que ela voltasse a postar da forma que nos habituou.
2) (last but not the least) É importante que ela seja ela própria e que não faça compromissos que seriam desnecessários*.

* Eu sei que ela é inteligente demais para cair nesse tipo de erros, mas nunca é demais repetir, eu sei bem como certas coisas doem.

(Na versão PhD comics a minha posição é quando muito demasiado honrada, mas quando certas pessoas são convidadas para conferências e quando os proceedings são publicados no cond-mat é simpático pelo menos incluir-me como coautor, seja em que posição for ...)

[E já agora para ajudar a encaixar estes pequenos detalhes ajuda não me acusar de dar pouco crédito nos relatórios às altas patentes do departamento (sem link) e às entidades oficiais portuguesas (sem link).]

Maria Rueff

(quando é que dão a esta senhora o lugar que ela pode ocupar no panorama humoristico nacional?)

Hoje em Belfast

(O contributo dado por Bill Clinton, Tony Blair, Gerry Adams e David Trimble para a paz no Ulster é histórico e incontornavel. Mas instalar a paz no coração dos povos demora mais do que nas chancelarias.)

11 de setembro de 2005

aos comentadore(a)s

Eu estou obviamente agradecido a todos os comentadore(a)s pela contribuição que têm dado para o blog, este espaço também é vosso. (E são mais comentadoras do que comentadores.) Mas se não for pedir demais, gostaria que deixassem os respectivos links ;)

É obvio que a esquerda está enresinadíssima!

Há poucos dias

O Iraque pós Saddam Hussein



(para quem TIVER estômago aqui fica mais um link elucidativo)

Há 4 anos ...

... as imagens do terrorismo fizeram a América e o mundo suster a respiração. Até quando?

Uma petição por Alegre; quero uma por Marcelo

"Eu não devia meter-me nisto. Dizem amigos e familiares, convencidos que eu só me lixo, porque a tacharia e demais benesses oficiais (e ele há outras neste "país"?) ficam ainda mais longe. À direita, um gajo que abra a boca (sem espumar, bem entendido) por um brilhante dignatário na presidência (Marcelo) em vez de um baço dignatário (Cavaco), é zurzido e olhado com violência pelos seus pares. A direita julga que tem um grande candidato e qualquer voz que coloque a asserção em causa é considerada uma voz do demo -- o que só prova, imho, que a candidatura afinal tem pés de barro ó ó se tem.

À esquerda que fica à direita da esquerda verdadeira, não está nada a dar falar "contra" o mui nobilíssimo Mário Soares [...] Como é o candidato oficial de Sócrates e do PS, condicionou logo todos os que não têm já uma benesse, e também os que já a têm. E se um gajo ousar suspirar alto pela candiatura de Manuel Alegre, que seria, essa sim, um refrescamento da política nacional (andam sempre a dizer que a política cheira mal, e tal e coiso, mas quando vêem um homem vertical e ainda não vergado ao capital, que afirma sonhar borram-se todos e querem é um "papá" lá em cima) caem-lhe todos em cima. Shiu, ainda perdes o subsídio / me fazes perder o subsídio!

Bem, eu não tenho subsídios e tudo indica que continuaria a não os ter fosse como fosse, portanto aqui vai. Consciente das suas poucas possibilidades de sucesso embora, assinei por convicção pessoal a petição Movimento cívico de apoio à candidatura de Manuel Alegre. Sei que os meus amigos no Governo e perto dele são capazes de torcer o nariz. Mas esses conhecem-me ;)

Assinaria uma por Marcelo Rebelo de Sousa, se a encontrasse. Estes dois são os meus dois candidatos a representar Portugal enquanto presidentes do país. Estes dois são homens da política não inquinados por ela. Estes dois são homens que daria gosto ver no mais alto cargo (se querem mesmo que vos diga, não terei prazer nenhum em ver Cavaco em Belém; aceitarei o facto, claro, mas sem pinga de prazer ou rasto de alegria e com zero motivação cívica, e com Soares passar-se-ia rigorosamente o mesmo). Marcelo e Alegre dariam um contributo sadio à campanha e à política em Portugal. São por isso os "meus" candidatos. E por isso não são candidatos.
"

pelo Paulo Querido

10 de setembro de 2005

É oficial: I'm 73% freak!!

(teste obtido via Puto Maluko)

Mulher que se prese

(um post machista quanto baste)

Que fique bem claro que mulher que se prese não só não tem blog, como prefere gatos a cães!

Trocavas o blog por uma namorada?

- Claro que não! Mas por uma gata dengosa e matreira até que trocava ...

Nem todos os juristas sao frívolos

Felizmente!

Uma vez em amena conversa de café discutia uma analogia entre um doutoramento e um casamento. Alguém lembrou nessa ocasião que havia casamentos que duravam menos que um doutoramento. O problema é que nas relações afectivas, como nas de trabalho, a malta tem que engolir tanto sapo, que a frivolidade se torna pelo menos enquanto tentação uma inevitabilidade. Motivos não me faltam às vezes o que me falta é paciência.

8 de setembro de 2005

O encontro

Queria marcar um encontro com ela. Ambos concordaram que seria melhor optar por um sitio recôndido, longe dos olhares de forasteiros. Acabaram por optar por uma velhinha caixa de comentários do Barnabé.

- Não achas estranho escrever sobre marmelos e trabalho aqui no blog?
- Claro, mas isso já eu faço à hora do almoço desde que eu ando metido nesta coisa chamada trabalho.

E se de repente descobrires que te esqueceste de lhe dar os parabéns pelo aniversario do blog dela ...

... estas fodido, ai estás estás!

Eu não sou muito destas coisas, mas eu tenho mesmo que mandar um abraço ao ASAAA e ao Zero. É pena que eles tenham acabado com as refexões desconexas. Só pelas fotos valeu a pena.

aquilo não era um decote, aquilo era uma autêntica fruteira

7 de setembro de 2005

Marques Mendes e a fatia

Marque Mendes fez hoje declarações dizendo que se existe fatia do desemprego que merece uma atenção especial do governo essa fatia são os jovens licenciados. Porquê os jovens licenciados? São mais que os outros que só têm o 12º ou o 9º ano? E porque não prestar especial atenção aos desempregados de longa duração?

Ao menino e ao boracho põe Deus a mão por baixo



O menino pede a Deus que ponha a mão por baixo dos pais do borracho ...

Suponho eu ...

... que o anoitecer precoce, nesta altura do ano, deve ser das coisas mais depressivas do mundo. (Em Londres e no Domingo está claro)

É impressão minha ou o Outono já bateu à porta?

6 de setembro de 2005

Arqueologia

Alguém dizia que a arqueologia é a disciplina mais tétrica da historia. E é!

Postar sobre trabalho

Uma das coisas boas de postar sobre trabalho é que torna legítimo postar em horário laboral.

A gravata de Vénus

Obrigado ao Lopo

Obrigado ao Lopo pelas palavras de incentivo. Quanto a posts que dão pano para mangas só posso dizer que aprendo com o melhor.

Era parte da ideia original deste blog escrever sobre trabalho. É sempre difícil escrever sobre trabalho, às vezes requer coragem. Não sei porquê ...

Uma das coisas que eu temo mais é cair no síndrome do bebé e das facadas nas costas.

Agora desculpem tenho que me retirar porque há alegações finais para escrever. Quando o meritíssimo juiz deliberar prometo dar notícias.

5 de setembro de 2005

Scarlet Johansen

Diz-nos ele que "gosta de filmes de acção. E acho que eles desempenham um importante papel regenerador nas nossas vidas. Já sem contar com o entretenimento. Exceptuados os conhecimentos técnicos - condução de veículos motorizados, artes marciais mortíferas - pouco resta ao carácter depois de ver um filme deste genéro.". Concordo coisas destas não remetem apenas para o entretenimento remetem para a arte da técnica e para a técnica da arte.



Ainda que cinematograficamente difícil de justificar, o plano inicial "das costas" da Scarlet Johansen no Lost in translation ficará para sempre na minha memoria como um poster na parede do quarto de um adolescente.

3 de setembro de 2005

A independência académica essa norma esquecida

O post anterior dá pano para mangas! A mim dá-me a vontade de dissertar sobre os limites que devem ser impostos à liberdade académica.

Não se trata aqui de fazer qualquer revolução, ou de por em causa a liberdade académica. Dessa liberdade podem pelo menos em princípio advir enormes benefícios para a sociedade. Trata-se apenas de dar força de lei aos regulamentos já publicados pelas faculdades e as universidades, eles próprios muitas vezes minados por contradições em questões da maior delicadeza. Essas contradições são de resto compreensíveis pois as faculdades têm interesses próprios e legítimos que interessa proteger. Os regulamentos das universidades e das faculdades definem mecanismos de controlo para proteger esses interesses, mecanismos esses que são largamente aceites pela sociedade. O que as faculdades não podem fazer no seu próprio interesse é abusar dos seus poderes à revelia dos seus próprios regulamentos, sob risco de a sua idoniedade para decidir sobre matérias em que a independência académica é essencial ser posta em causa.

As faculdades quando têm conflitos de interesses com terceiros não podem pedir para ser elas a resolver esses conflitos, a menos que esteja provado (1) que esses conflitos são melhor resolvidos à porta fechada ainda que as faculdades sejam instituições públicas (2) que o conhecimento científico a cuja investigação as faculdades (e os seus alunos) se dedicam é essencial para resolver esses conflitos.

As normas esquecidas

(por lopo)


O Direito é das coisas mais fascinantes que existe. A sua vontade de ordenar os comportamentos sociais do ser humano uma das mais belas vontades da existência. Ao contrário da moral o Direito, mesmo quando a ela foi permeável, está-se nas tintas para a motivação do Homem. O Direito quer que as coisas fluam. Isto é, quer que existam justiça e segurança. Binómio terrível e paradoxal, pois é ele o único capaz de permitir e garantir a liberdade.

Pode, pois, fazer-se uma ideia do que passará pela cabeça dos juristas que têm de criar normas, proferir decisões, dirimir litígios, com base no Direito. A criação e aplicação do Direito muito mais do que a ciência, cuja natureza alguns defendem, é uma arte. Uma arte de equilíbrio, de ponderação, de prudência. Ergo verbum: jurisprudentia.

O Direito não se preocupa com o meu desejo de matar. Apenas se o pretendo concretizar, atingindo o outro. É nesse momento que o meu desejo criminoso se torna um acto social. O Direito não pune crimes imaginários, que a moral, severamente, condena.

O jurista é um artesão. Uma boa norma contém a filigrana dulcíssima só permitida às obras-primas. E que obra-prima: uma norma boa, justa e segura permite-me existir como ser social; permite-me a liberdade sem receios de ferir a liberdade dos outros.

Claro que tudo isto passa ao lado do cidadão comum. Para este, habituado aos esterótipos negros do mundo jurídico - advogados ladrões, juizes corruptos, justiça lenta e ineficaz - o Direito é o Mal. Ou, talvez pior, o Direito é algo que só é recordado quando o atinge directamente. Nessa altura o cidadão comum perde a sua sensatez e racionalidade, se alguma vez a teve, e não pára para pensar em nada disto que acabei de escrever, são apenas os estereótipos que dominam: o Direito é mau, são todos uns vigaristas, isto fica sempre para os mesmos, querem é tramar-me. Ora o problema, em Portugal, não é o Direito ser mau, é ser aplicado de menos.

É que o cidadão comum não confia no Direito, nem tem tempo ou formação para substituir a sua confiança por conhecimento: ele não consegue perceber, por exemplo, porque diabos há-de haver uma norma restringindo direitos fundamentais para os militares. Especialmente se for militar e lhe tiverem acabado de lixar a reforma. No entanto, se há normas que merecia, à semelhança de tantas e tantas obras de arte, melhor consideração e atenção, são as normas constitucionais. Essas, se mais convocadas e melhor aplicadas, até podia fazer alguma coisa pelo país. Mas o problema é outro. É que o Direito e as suas normas só ordenam a vida em sociedade de duas maneiras. Ou uma elite impõe o direito à populaça (e não precisamos de estar para aqui a discutir se ele é justo ou injusto); ou uma elite cria o direito interpretando o desejo de ordenação da população. Em Portugal isto é complicado, pois não se sabe querer ser ordenado nem se pretende aprender. Salvo honrosas excepções.

(as marcações a bold são minhas)

Sobre aimportância de ter sitemeter nas caixas de comentários

Enquanto houver gente nas caixas de comentários de certos blogs a usar o anonimato como instrumento da filha-da-putisse, haverá comentadores a pedir que o sitemeter apareça nessas mesmas caixas de comentários.

Eu que julgava que a tanga era suposto ser preta, vermelha ou cor de rosa fui surpreedido por uma tanga branca ... e que grande tanga ...

2 de setembro de 2005

Do melancólico

Escrever num blogue é como ser mirone do seu próprio acidente.

"axiomas mascavados"?!?

Pois se os axiomas não fossem mascavados teriam nascido teoremas ...

1 de setembro de 2005

Você duvida da minha machidade?!?

(ainda o Zézé Camarinha)

1."Put(a) crime namber faive!" - aconselhando uma mulher a espalhar o creme bronzeador, número 5; em TVI, 2000;

2."My massage is the best massage." - com a mesma mulher a oferecer- se para lhe fazer umas massagens; em TVI, 2000;

3."Why don't you go to the beach? You're very white!" - abordando uma mulher nas ruas de Portimão; em TVI, 2000;

4."A nossa juventude é uma desgraça! Só tenho pena de eu andar sozinho neste jogo do engate aqui no Algarve! A juventude hoje em dia só pensa em drogas e em futebol! Tenho pena de não deixar nenhum sucessor!" - em SIC, 2003;

5."Você duvida da minha machidade? Eu sou mesmo macho e tudo o que digo faço! Se duvida vamos ali para trás do cortinado e tira as dúvidas! Nem precisa esgalhar-me o pessegueiro, a alavanca sobe automaticamente!" - ferido do seu orgulho ainda no mesmo programa, acusado por Paula Coelho, apresentadora do SIC Núticias, de ser "Muita parra e pouca uva";

6."Eu arranjei nesta praia passaportes para toda a Europa! Sou como os jogadores da bola, trabalho no Verão, para ir a Europa no Inverno!
As
camones quando chegam ao aeroporto de Faro, já trazem a minha foto na mão, aconselhadas pelas amigas!" - em TVI, 2000

7."Já apanhei grandes malucas na cama! Algumas gostavam que eu lhes arriasse nas nádegas durante o acto sexual! Tinham essa tara, e eu tinha de lhes fazer o gosto." - em TVI, 2000;

8."Eu costumo dizer que sou massagista para ver se me toca alguma coisa, também lhes digo que sou astrólogo para lhes ler a sina. Se nenhuma destas resultar digo que sou fotógrafo..." - a explicar como mete conversa com elas - em TVI, 2000

9."Quem sou eu? Sou o último dos machos latinos, que tem o sangue de macho a escorrer nas veias, que sente orgulho em ser homem para satisfazer as tão necessitadas mulheres que me chegam às mãos de todos os cantos do mundo!" - em TVI, 2000;

10."Já fui para a cama com mais de 1500 mulheres, devo estar quase a chegar à mulher 2000! Quando isso acontecer, dou uma festa no meu bar no Algarve!" - em SIC, 2003

11."Eu na outra reencarnação devo ter sido penso "isofrénico", daquelas da Evax ou da Insonia, pois adoro andar entre as pernas das mulheres!" - em SIC Radical, 2002;

12."Tenho mulheres que choram para eu ir lá a casa delas tirar-lhes as cócegas! Os maridos são uns bêbedos que lhes batem sem dó nem piedade!" - em Tal e Qual, 2002;

13."É evidente que já não dou dez seguidas como dava antigamente!
Quando era novo dava mais de 50 num só dia, agora devo andar na casa das 20 ou 25 por dia, o que é bem bom para a minha idade!" - em Tal e Qual, 2002;

14."Quando morrer quero que o meu pénis seja embalsamado e cremado, e que as cinzas sejam espalhadas por estas praias do Algarve desde Lagos a Faro que é o meu território de caça! Deste modos as praias serão purificadas... Claro que haverá cinza suficiente!" - em SIC, 2002;

15."Tenho prazer em galantear as mulheres, em meter conversa com elas!
Elas até me pagam para eu lhes satisfazer! O BMW que tenho foi-me oferecido por uma chinesa boa como o milho que dizia que o marido não lhe satisfazia pois tinha uma pila microscópica!" - em SIC, 2002;

16."Por vezes vou até a uns hotéis, e como conheço lá os empregados, pergunto sempre se a última fornada de mulheres que lá chegaram vale a pena... Se forem pitinhas daquelas que só pensam em discotecas e fumar merdeas, bazo logo! Prefiro gajas mais maduras!" - em Tal e Qual, 2001;

17."Eu sou como o Jardel, em frente à baliza nunca falho, e golos de cabeça é a minha especialidade...e olhe que o Jardel já falhou muitos golos de cabeca, ao contrário de mim!" - em SIC, 2001

18."Quando era miúdo a minha mãe, que era cozinheira num restaurante aqui da praia de Portimão, dava-me óleo de fritar o peixe, depois bronzeava-me com ele e punha uma toalha aqui e outra lá ao fundo onde vê aquele chapéu de sol da Sprite...Tudo o que fosse camone e invadisse este espaço, marchava logo!" - em TVI, 2000

19."Tou farto de portuguesas! Um gajo para lhes saltar em cima tem de mostrar o B.I e nem isso chega! As camones olham para ti e tu sabes logo que elas querem-te comer ate ao último ossinho, e acreditem que eu tenho muito para ser comido!" - em SIC, 2003;

20."Quando não conseguir levantar o pessegueiro? Recorro ao Viagra!
Vergonha? Vergonha é roubar e não conseguir fugir!" - em SIC, 2001

Que fique bem claro que esta coisa do blogomicrorectângulo (aka blogosfera) deve servir para fazer amigos e não para os perder ...

A puta da consciência do blogger

Hoje estava para apagar um post que me andava a pesar na conciência. Quando fui a ler aquilo era muito mais inofensivo do que a memoria da conciência julgava!

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