31 de dezembro de 2006

A corte (versão pós-moderna)

Esta malta nova de agora é o hi5, o blogger, mandar mensagens curtas, comentários e o caralho ...

... mas já ninguém se sabe bater por uma mulher como um macho ou quê?

A grande discussão deste fim de nao


Ora aí está a grande discussão deste fim de ano: quem é que anda a dormir com homens e quem é que anda a dormir com mulheres.

A parte que eu gosto mais: a da má língua.

30 de dezembro de 2006

Template

Acho que quanto a template estamos falados por uns tempos ...

Filho, por caridade cristã ...
... vamos às putas!

Há já algum tempo li num jornal de referência uma entrevista à Presidente de uma Instituição de Solidariedade Social de inspiração Cristã que se dedicava a prestar apoio às prostitutas.

A entrevista no seu todo pareceu-me bastante interessante. A senhora mostrava alguma objectividade e não caia com a facilidade que eu esperaria no moralismo fácil, parecia mais conversa de médico do que outra coisa. Perante os dramas humanos das madalenas (às vezes não muito arrependidas, muitas vezes imigrantes ou toxicodependentes) eu próprio me identifiquei com o tal cuidado cristão. Até que ...

Até que ... foi feita a pergunta lapidar: Acha que em Portugal o recurso aos serviços de prostitutas devia ser tornado ilegal? A resposta: O nosso país ainda não está preparado para isso.

Agora com licença que tenho que ir espetar com um balázio no meio dos cornos da minha ex-mulher que me impalitou com o cona da mãe do carteiro. Eu bem sei que isto devia ser crime, mas infelizmente o país ainda não está preparado para isso.

28 de dezembro de 2006

Tem a certeza?! (as minhas amigas do google)

Tenha calma! Respire fundo! Relaxe!

Tem a certeza que está á procura no sítio certo?!

Em qualquer caso, fique descansada, o nosso lema é a procura da satisfação total!

27 de dezembro de 2006

Autoretrato (TM) ou a eterna indecisão

Eu gosto de uma mulher que seja a garota da capa na mesa e a garota da página 3 na cama.

Isto vai sem link que é para não ter problemas, eu avisei que sou indeciso. Fica o Trade Mark como pista.

25 de dezembro de 2006


Fico perplexo com a polémica acerca da violência doméstica/casais homossexuais/aplicação da Lei. A que propósito vem a discussão que envolve hetero, homo, gordos ou magros, cães ou gatos? Violência não é apenas e só VIOLÊNCIA, seja a que título fôr? E não é sempre condenável pela Lei?
Entendo que se divulgue mais a violência doméstica, normalmente abafada e sofrida em silêncio, e se incentive as/os agredidos a sairem do seu sofrimento. Mas quanto à Lei, ela é clara: a violência é crime, e deve ser punida sem excepções!

(Vieira Pinto) a azulinho no Abrupto

"Violência doméstica"?! "Homosexualidade"?! "Gordos"?! "Magros"?! "Cães"?! "Gatos"?!

Mas desde quando é que nós temos disso cá em Portugal?!

O Sr. Vieira Pinto eo Prof. Dr. Pacheco Pereira devia era deixar-se de causas fracturantes ...

No meu tempo o azulinho servia para outra coisa.

Ó meu grande caralho, mas afinal foste tu ou o teu pai que andou anos a fio enfiado nos jesuitas.

O meu Natal, o Natal ao contrário

Nesta altura fala-se quanto baste em morte. Sempre nas estradas.

Fala-se muito nos sem abrigo. Poder-se-á dizer que o desprezo a que os sem abrigo são devotados é largamente compensado pelo tédio que a sua omnipresença instiga nos noticiários natalícios. O infortúnio, a mais extrema miséria, a desgraça e a loucura, ao fim ao cabo, dão um bom espectáculo (e este post é também prova disso mesmo). E sempre se organiza um jantarzinho de caridade ...

Depois há a consoada, a paz, o amor, a esperança. O menino em palhas deitado. E os presentes de Natal.

E o lixo amontoado nas ruas. O lixo de que ninguém fala. O lixo de que ninguém quer falar.

Há no entanto uma dor que é vivida por muitos nesta época, e que é frequentemente silenciada. O luto. A dor que a morte dos que amamos nos traz. E abençoados sejam os que nos ensinam a chorar os nossos mortos com alguma dignidade e sem olhar ao calendário. Não sei se o choro é redentor. Duvido que seja, mas pelo menos a mim permite-me lembrar o amor que me uniu (que me une) aos meus mortos com uma aparente dignidade.

Na minha família já houve gente que morreu de muitas maneiras. A minha avó materna morreu, há não muito tempo, após um ano em que a sua saúde se foi deteriorando. Confesso que nunca fui muito próximo da minha avó, não funcionávamos no mesmo comprimento de onda. Sei que, no fundo, não sou a melhor pessoa para prestar testemunho por ela, e se querem saber nem é coisa que me pese muito na consciência. Há coisas que me pesam bastante mais. No fundo para nós aquilo foi "o fim do percurso, que faz parte do percurso" que os padres mencionam nas missas fúnebres, sem olharem muito ao percurso de vida do defundo. Morreu tranquila "como uma velinha que se apaga" segundo testemunhas mais autorizadas do que eu.

Mas e os que morrem por intoxicação medicamentosa, num quarto de hotel, deixando uma nota ao dono do hotel e outra à família?! Para mim essa é outra história completamente diferente. É a história da vida que impõe a morte a si própria como única esperança.

É o Natal ao contrário.

Mas a morte que é trazida pela intoxicação medicamentosa não é a pior das mortes. A pior das mortes é a outra, a da loucura, a do corte com realidade, e essa, num infame Natal de há 3 anos, veio jantar connosco, na ceia de Natal. Aqui não é a vida que põe fim a si própria numa escolha que no fundo não é necessariamente indigna. Aqui é a realidade que se afasta da vida entregando-a à loucura.

Essa morte que é a loucura veio naquele Natal jantar connosco sem se fazer anunciar. Quem a teria convidado?!

Acreditem que este post, é à sua maneira, circunspecto. Releiam, por favor, as palavras que neste post dedico á minha avó. No fundo o que vos peço é que transformem esta morte que (hoje) é em tudo um inevitável passado. Que (hoje) junta em si de forma inevitável os fantasmas do natal passado, presente e futuro. No fundo o que vos peço é, dizia, que transformem esta morte na morte que nos é contada pelo fantasma do Natal futuro. E peço-vos que saiam à rua, que se preocupem com os vivos, que esqueçam os mortos porque hoje é Natal e amanhã será certamente um novo dia.

24 de dezembro de 2006

Este Luis Oliveira é mesmo um grande tótò! Ele não percebe que os momentos de silêncio são os melhores para nos prepararmos para os próximos momentos de tensão.

Estás vivo ou estás morto?!

Ele: Bloguito?! Estás vivo ou está morto?!
O blogue: Eu estou numa daquelas fases em que nem sei bem se estou morto se estou vivo.

22 de dezembro de 2006

A minha contribuição para as leis da blogosfera

Homem que é Homem (com agá maiúsculo) não vê blogues de gajas com fotografias de pessoas que não estejam devidamente vestidas.

lincado

Se há coisa de que eu gosto é de me ver lincado. Aquela estranha sensação de nudez. Aquela estranha sensação de não saber o que fazer ...

Agora podia dar exemplos de linques divertidos, mas eu infelizmente prometi a mim mesmo que ia tomar juízo ...

17 de dezembro de 2006

Digamos que ...

... o template voltou à fase de obras, para se acomodar aos templates do blogger beta.

Grandes Tugas

Ai o caralho! Mas eles ainda não decidiram esta Merda! (Note-se a maiúscula!)

Porque é que ...

Porque é que o mesmo impulso que nos faz sentir implodir nos mostra que estamos vivos?

E Deus criou a mulher

Meus caros, tenho que ser honesto: gosto muito deste blogue.

O motivo?! Os textos, senhor!

São os textos estúpido!

16 de dezembro de 2006

Ouvido algures (num autocarro)

É isso ái cálhorda! Continua dizendo mal dêli!
Mais! Mais! Mais!

Bom dia a todos

Quero tornar claro que o senhor entra, mas tem que ter tento na língua.

Este Luis é, e sempre foi, um tipo porreiro; mas é, e sempre será, um moralista castrador.

No fundo isto é tudo falta de sexo. O que ele precisa é de relaxar um bocado. O chocolate nunca fez mal a ninguém.

Comunicado: novo elemento

Tenho a honra de vos comunicar que a partir de hoje o blogue days of angst inicia uma nova política de contratação de novos elementos.

Eu como ditador vitalício (piscadela de olho para o Pinochet), optei legitimamente por começar esta nova política de contratações pelo excelso senhos Casanova Carvalho e Mello que tive o privilégio de conhecer na noite londrina. Em Camden Town.

Quero tornar claro que o senhor entra, mas tem que ter tento na língua.

Sócrates esse fascista

No outro dia um amigo meu mais de direita dizia-me que José Sócrates é um fascista.

Será que este rapaz não se quer inscrever no PCP.

A grande calabala contra o bebé

"O que espanta neste tipo de declarações e no suicídio colectivo que o PSD ensaia diariamente não é tanto a inconsistência política das personagens em causa ou a vacuidade das suas piruetas estratégicas, mas a absurda impunidade com que se apresentam, fugindo às suas mais elementares responsabilidades. Que o dr. Morais Sarmento ou o dr. Santana Lopes se achem talhados para voltar a tomar conta dos destinos do país e o confessem publicamente, depois de um breve e higiénico período de luto, mostra o delírio em que eles próprios vivem e em que vive quase todo o PSD. Por muito deficiente que seja a liderança do partido, nada se compara à oposição interna que hoje se passeia pelo PSD. Se o dr. Menezes e o dr. Sarmento, juntamente com o dr. Lopes, são os novos “barões” do partido, então o partido está, de facto, em vias de decomposição." Constança Cunha e Sá

14 de dezembro de 2006

Lugar comum: um breve comentário sobre a grande choradeira

Eventualmente o objectivo de um luto é saber chorar os nossos mortos com afecto. Quanto às coisas menos boas o objectivo talvez seja aprender a olhar para elas de frente mas sem grandes ansiedades.

No meio disto tudo, chorar talvez nem seja tão desagradável como se diz, especialmente quando é na companhia certa.

Já outra coisa são os segredos e as mentiras ...

13 de dezembro de 2006

Exigências

Ela: Tens alguma exigência?
Ele: Sim um enorme balde de areia!

A vida de um anjo não está fácil

- Olha não me lembro das moradas dos meu blogues, podes-me dizer?
- Com certeza.
- És o meu anjo da guarda.
- Se ao menos pudesse fazer alguma coisa quanto ao resto.

Interpretemos irmãos

A excelência deste post da Charlotte, e a subtileza dos mecanismos literários usados, exige (no mínimo) a dedicação exclusiva de todas as Faculdades de Letras deste país.

Aqui fica o meu lamento!

Frases feitas que nunca é demais repetir

De boas intenções está o inferno cheio ...

12 de dezembro de 2006

A roda dos alimentos

É sabido que a alimentação variada não é o meu prato forte.

Estranho que hoje o cabaz de compras tenha incluido farinha, cenoura ralada, alface e uma garrafa de prova régia.

11 de dezembro de 2006

O fantasma do natal presente

Se há coisa que eu não entendo em Inglaterra é a atitude perante o Natal.

Permitam-me que seja franco, eu vivo entre o ateísmo e o agnosticismo, mas se vos dissesse que para mim o Natal não significava nada estaria a mentir redondamente. Para mim o Natal é a festa dos afectos.

Para os ingleses o Natal é mais uma ocasião para umas boas bebedeiras e para mandar umas boas quecas.

Boas?! Woteva!

Mas há uma coisa em que os ingleses têm alguma razão: o Natal obrigando a família toda a juntar-se é muito propício aos conflitos familiares.

Meus senhores e minhas senhoras as férias e Natal também é para isso que servem. Não me peçam exemplos concretos da minha experiência pessoal. Seria inconveniente.

7 de dezembro de 2006

breve nota sobre a essência deste blogue

1. Este blogue não é um blogue sobre ciência, embora eu às vezes escreva sobre ciência.
2. Não julguem vós que eu em conversa de café sou o tipo que escreve este blogue, aliás no que respeita a questões de natureza pessoal, diz quem sabe, que o gajo que escreve este blogue não existe.
3. O gajo que escreve este blogue embora não exista concorda com o ponto anterior.
4. Este post é sintoma de um certo incómodo por parte do tal gajo que não existe, mas nunca se esqueçam que são todos (mas mesmo todos) bem vindos.

6 de dezembro de 2006

Microcausa / presente de natal





Quer Nosso Senhor Jesus Cristo Todo Poderoso colocar no meu sapatinho uns suspensórios para as meias?

4 de dezembro de 2006

O carro empanado

Um homem com o carro empanado é um animal muito estranho: precisa de amor e carinho.

Uma amiga minha diz-me que no blogue projecto uma imgem da minha sexualidade que depois não corresponde à realidade que é encontrada moutros meios.

É uma possibilidade.

3 de dezembro de 2006

Não necessariamente pela mesma ordem

O senhor dos anéis disse no blogue que blogue de engate já não era.
Fodeu-se.

Rose garden

I beg your pardon,
I never promised you a rose garden.
Along with the sunshine,
There's gotta be a little rain sometimes.
When you take, you gotta give, so live and let live,
Or let go.
I beg your pardon,
I never promised you a rose garden.

I could promise you things like big diamond rings,
But you don't find roses growin' on stalks of clover.
So you better think it over.
Well, if sweet-talkin' you could make it come true,
I would give you the world right now on a silver platter,
But what would it matter?
So smile for a while and let's be jolly:
Love shouldn't be so melancholy.
Come along and share the good times while we can.

I beg your pardon,
I never promised you a rose garden.
Along with the sunshine,
There's gotta be a little rain sometimes.

Instrumental break.

I beg your pardon,
I never promised you a rose garden.

I could sing you a tune or promise you the moon,
But if that's what it takes to hold you,
I'd just as soon let you go, but there's one thing I want you to know.
You better look before you leap, still waters run deep,
And there won't always be someone there to pull you out,
And you know what I'm talkin' about.
So smile for a while and let's be jolly:
Love shouldn't be so melancholy.
Come along and share the good times while we can.

I beg your pardon,
I never promised you a rose garden.
Along with the sunshine,
There's gotta be a little rain sometimes.

To fade.

Anderson Lynn

2 de dezembro de 2006

Era tão ingénua, tão ingénua, que pensava que des****char era tirá-lo da boca

Bem sei que esta já é uma anedota muito velha, que em boa verdade já não faz rir ninguém, mas é sempre bom lembrar.

O amor aprende-se mas não se ensina, desaprende-se mas não se esquece.

(negritos meus)

Template novo, email novo, o palerma do autor é que não há ma(n)eira de mudar

Argumentos contra a pílula abortiva

A pílula abortiva mata um conjunto de células indiferenciadas, mas meus senhores acreditem que essas células já sentem dor!

[Isto meus senhores não é para levar a sério, mas acreditem que até 11 de Fevereiro o prato do dia vai ser este ou coisa parecida. Depois não digam que eu não os avisei!]

1 de dezembro de 2006

A minha vida ...

... está cada vez mais parecida com um filme do Almodovar.

Tenho que começar a escrever um diário em papel, para mais tarde recordar.

O conto

«(...) agarrei-me ao gringuinho, mais doce que açúcar de cana. Variava entre as três e as quetro. O gringo. Às vezes era só eu, diga-se a verdade. Era muito indeciso e nunca sabia para que lado tombar. Mas eu não via mais nada na embocadura dos olhos e queria-o, queria-o. Muito me enternecia aquele arzinho de menino perdido, mas dormir, como é?, cama nunca eu via. O gringo não pedia. Não, não doiam os rins e nem sequer tinha dores de cabeça, é que não sabia, não sabia, nunca sabia qual a escolha certa. E eu, senhor juiz, passava fome mais funda do Biafra. (...)

[a propósito de outro personagem (masculino)] o cabelo a dançar com não da cabeça e o sim a rir na língua (...)»

IAS

27 de novembro de 2006


É por essas e por outras que eu gosto de ver cinema em casa.

24 de novembro de 2006

no contrato de trabalho

"o pagamento do salário será feito no dia 28 ou no dia útil anterior"

É estranha esta preocupação anglsaxónica de garantir que determinadas coisas são feitas a tempo. Ao fim ao cabo um empregado tem que ser flexível e tolerante, tudo a bem da economia.

23 de novembro de 2006

liberta o réptil que há em ti

Vou agora sair à rua - de cabelo molhado.

«Há tempos um conhecido meu saiu da empresa em que estava porque simplesmente já não se identificava com o rumo que a empresa seguia e sentiu que era altura de sair. Não tinha nenhuma proposta noutro lado, saiu simplesmente. Quando foi a entrevistas para novo emprego, os entrevistadores acharam muito estranho ele ter saído da antiga empresa por vontade propria sem ter assegurado lugar noutro lado. Ele bem tentava explicar as suas razões mas os outros só diziam muito admirados "mas... saiu porque?.... sem ter emprego garantido noutro lado?... ja não se sentia bem?... foi por *isso* que saiu??!!!"
Inconcebível, portanto. Chegaram ao ponto de ficar com medo de o contratar porque acharam que ele era uma pessoa instável e que poderia sair da empresa deles a qualquer momeento "sem razão aparente"!...
E é este o estado em que vivemos...»

Palavras de uma comentadora da Blasfémia que se identifica como Alexandra. Eu estou bem encostado, mas com empregadores destes ...

22 de novembro de 2006

A Associação de Bolseiros de Investigação Científica está a fazer um inquérito com "o objectivo [de] aferir as condições de trabalho e formação das pessoas nos Centros de Investigação, determinar o seu grau de satisfação [e] auscultar as suas sugestões e preocupações".

Eu não sei se devia ou não chamar a atenção para certas e determinadas questões por uma questão de humildade e reserva(?), mas aqui fica a pergunta 34.

Considera os critérios de avaliação das candidaturas a bolsas de formação avançadas justos e objectivos, e os painéis de avaliação isentos?

a) Nem os critérios são justos, nem os avaliadores são isentos;
b) Os critérios não são justos, mas os avaliadores são isentos;
c) Os critérios são justos e os avaliadores são isentos;
d) Os critérios são justos, mas os avaliadores não são isentos;
e) Sem opinião formada.

Esta questão tem a ver com muitas outras questões, incluindo aspectos culturais e históricos do nosso país. Admito que posta a questão como está eu sou necessariamente parcial ...

21 de novembro de 2006

pirataria

"A política de uns é a pirataria dos outros"

David Landes em A riqueza e a pobreza das nações porque é que umas são tão ricas e outras tão pobres*

*O livro é uma espécie de história universal da política económida em um volume. São feitas fortes críticas à teoria da vantagem comparativa. Quando é discutido o caso argentino David Landes cita aqueles que defendiam que a argentina se devia dedicar à agricultura. Em resposta o autor diz qualquer coisa como "esperavam eles que a Argentina fizesse como Portugal famoso pelos seus excelentes vinhos e rolhas" (citado de memória). Portugal é um exemplo clássico da teoria da vantagem comparativa.

20 de novembro de 2006

Bulying: em nome do pai, do filho e do espírito santo

- Oh pai, oh pai, oh pai, os outros putos lá da escola são umas melgas do caraças.
- Está bem filho amanhã vais para o meu emprego a ver o que é bom!

Pura ousadia

Um caso em estudo.

O doido

Quando abre a boca tem sempre a sensação que diz disparate. Tenta optar pelo disparate menor.

Às vezes acerta ...

As escolhas do Prof. Marcelo

O meu pai acha que há precisamente uma semana tomei uma posição que não devia ter tomado. Tivemos uma bruta discussão.

É estraho! Logo ele que nunca pediu satisfações à família para decidir fosse o que fosse na sua vida profissional.

Fizemos as pases a ver as escolhas do Professor Marcelo Rebelo de Sousa.

JPPiana das 5:30

A verdade é que a masturbação é todo um programa.

19 de novembro de 2006

17 de novembro de 2006

A cunha



Estão aí a ver os pés de barro da república? Se repararem bem um deles assenta sobre uma cunha ... não a removam por amor à república. É claro que só vos peço isto por razões de Estado.

O problema da confiança é que é sempre cega. A desconfiança também.

15 de novembro de 2006

Quem é que deve guardar os ovos? A raposa ou a galinha?

Um longuíssimo olhar

Chega um gajo a casa de uma pessoa e é fitado por um longuíssimo olhar do dono da casa. Dir-se-ia que se aproxima um conflito. Mas como, se os dois, depois disso, nunca se falaram?

Em bom rigor falou-se, falou-se sobre energia nuclear, falou-se também sobre outras coisas que não convem explicitar. Falou-se sobre dinheiro. Dei o link do blogue e houve um ponto em que tive que sair.

Quando se fala em dinheiro a um pedinte este ou revela interesse ou perturbação.

O preço da minha alma, o diabo e o anjo

Da última vez que o diabo avaliou o preço da minha alma a coisa ficou estimada em 1500 libras estrelinas. Se atendermos a um conjunto de factores do contexto, não é grave (para o diabo, entenda-se).

Na segunda feira o diabo teve más notícias, mauito más notícias. Encontreio hoje, na vez do usual "Olá, boa tarde, tudo bem?" cumprimentou-me com um seco "Boa tarde". É tão giro ver um anjo revelar a sua face de diabo.

coisas deprimentes

Falar sobre trabalho na cama.

14 de novembro de 2006

O soldado

Desleixado. Indisciplinado. Mal criado.

O que valia era que ia cumprindo os mínimos.

Foi até ao dia em que intimado a depôr ao General ousou sentar-se na cadeira do gabinete sem pedir a devida permissão.

Realmente! Já não há respeito!

O general

O general não tinha funções de chefia no topo do exército.

Não precisava, a ele bastava-lhe sorrir. Sorrir e explicar aos soldados que no seu gabinete só se sentavam com a sua permissão.

Tarefa

Escrever um post sobre o estado da arte neste blogue.

Sinto-me uma parasita, mas isso é o meu destino, e até é capaz de nem ser mau.

the ome milion dollar question

Who on earth is Citizen Kane?

9 de novembro de 2006

ainda o aborto

Eu sinceramente continuo sem perceber porque é que ao embrião deve ser dada protecção jurídica logo após a fecundação.

Outra coisa que eu continuo a não perceber é porque é que os adeptos do sim insistem em discutir sistematicamente o problema do ponto de vista da mãe. Ou já agora dos pais. É que para mim havendo boas razões para abortar, não acho que o "aborto por razões económicas" seja aceitável excepto nas mais extremas condições. Por outro lado os adeptos do não insistem em ver o problema do ponto de vista do embrião ou da futura criança e adulto.

No caso do aborto eugénico, que é o que mais me interessa, acho que seria hipócrita negar que ter um filho deficiente obriga os futuros pais a uma série de sacrifícios. Tendo eu vivido com uma pessoa deficiente durante quatro anos seria hipócrita não o reconhecer. É no entanto preciso clarificar que pais competentes, e com disponibilidade suficiente, podem assegurar ao filho qualidade de vida e uma adequada integração social. Isso não quer dizer que o sofrimento inerente à condição das pessoas portadoras de deficiência seja totalmente evitável numa sociedade como a nossa.

Minhas senhoras e meus senhores, portuguesas e portugueses:

Isto (por enquanto) [ainda] não é a Sociedade Anónima!

3 de novembro de 2006

Grandes invenções do nosso tempo


(no próximo post desta série o banco de esperma)

27 de outubro de 2006

A grende charrada


Estou a preencher o meu Curriculum Vitae, a coisa agora tem que ser feita num formulário electrónico próprio.

Do referido formulário constam dois campos: "Actuais interesses de investigação" e "Área de actividade científica".

É impressão minha ou trata-se da mesma coisa?

Onde é que a malta que faz estas cenas compra os charros?

26 de outubro de 2006

A loja do mestre André

Foi na loja do Mestre André
que eu comprei um pifarito,
tiro, liro, lir'um pifarito,
Ai olá, ai olé,
Foi na loja do Mestre André.
Ai olá, ai olé,
Foi na loja do Mestre André.

Foi na loja do Mestre André
que eu comprei um pianinho,
plim plim plim, um pianinho,
tiro, liro, lir'um pifarito,
Ai olá, ai olé,
Foi na loja do Mestre André.
Ai olá, ai olé,
Foi na loja do Mestre André.

Foi na loja do Mestre André
que eu comprei um tamborzinho,
tum tum tum, um tamborzinho,
plim plim plim, um pianinho,
tiro, liro, lir'um pifarito,
Ai olá, ai olé,
Foi na loja do Mestre André.
Ai olá, ai olé,
Foi na loja do Mestre André.

Foi na loja do Mestre André
que eu comprei uma campaínha,
tlim tlim tlim, uma campainha,
tum tum tum, um tamborzinho,
plim plim plim, um pianinho,
tiro, liro, lir'um pifarito,
Ai olá, ai olé,
Foi na loja do Mestre André.
Ai olá, ai olé,
Foi na loja do Mestre André.
Foi na loja do Mestre André
que eu comprei uma rabequinha,
Chiribiri-biri, uma rabequinha,
tlim tlim tlim, uma campainha,
tum tum tum, um tamborzinho,
plim plim plim, um pianinho,
tiro, liro, lir'um pifarito,
Ai olá, ai olé,
Foi na loja do Mestre André.
Ai olá, ai olé,
Foi na loja do Mestre André.

Foi na loja do Mestre André
que eu comprei um rabecão,
Chiribiribão, um rabecão,
Chiribiri-biri, uma rabequinha,
tlim tlim tlim, uma campainha,
tum tum tum, um tamborzinho,
plim plim plim, um pianinho,
tiro, liro, lir'um pifarito,
Ai olá, ai olé,
Foi na loja do Mestre André.
Ai olá, ai olé,
Foi na loja do Mestre André.

És mas é uma ganda tóino é o que é

Ainda no programa da Maria Elisa sobre os grandes portugueses esteve um grande português, Catedrético do Departamento de História da Universidade de Coimbra. Deu um grande responso à Maria Elisa, ali à frente do público todo do prime time, por ela o ter apresentado como Professor e não como Doutor. Dizia ele que lá em Coimbra têm essa tradição.

Ou eu percebi mal (o que pode ser o caso), ou então no Instituto Superior Técnico temos exactamente a mesma tradição, está convencionado que nos devemos dirigir a quem pertence à carreira docente universitária por "Professor" ou "Professor Doutor" em circunstâncias mais formais, já se a pessoa a quem nos dirigimos pertencer à carreira de investigacção o título a usar é o de "Doutor". Nas portas dos gabinetes os investigadores universitários têm escrito "Doutor" por extenso, e os meros doutorados (como eu) têm escrito "Dr." abreviado. Aliás no meu caso eu nem tenho o nome na porta.

Em Inglaterra nas portas têm escrito "Dr", "Prof" ou "FRS" (Fellow of the Royal Society), mas nas conversas usa-se apenas o primeiro nome. O John Pendry (FRS) que é candidato ao prémio nóbel da física, no Imperial, é tratado por toda a gente por "John" e chega-lhe bem.

Um colega meu, português, aluno dele teve um grande choque quando chegou ao Imperial e viu a secretária chama-lo com um simples e sonoro "Johhhhhnnnnn". Consta que se recuperou.

E tudo isto para poder chamar "Faxista" ao José Hermano Saraiva!

Grandes Portugueses: o baile está armado

Ó meus grandes asnos, votem no Marques Mendes, ou no caralho que vos foda, mas deixem o Oliveira de Santa Comba dormir descansado na campa. Razão tem o RAP que aquela merda está transformada numa grande palhaçada, e que isso é inaceitável porque é concorrência desleal aos programas dele, que de resto, como a Maria Elisa reconheceu, têm maiores audiências.

como diria o maradona: a paneleirada como uma mera questão epistemológica

O Bruno Sena Martins cita aqui uma frase que merece análise:

Não vai passar a música a tentar perceber se "é gajo ou gaja", descontraia e deixe isso para as crónicas do João César.

No fundo ele coloca o cerne do acto sexual numa certa entrega ao prazer e coloca a questão de saber o género de quem propícia esse prazer ao nível da epistemologia.

Em se tratando de epistemologia eu espero que o João Miranda concorde.

Por Deus

«"A vida humana deve ser protegida desde o início. Aliás, existem mais razões para a proteger do que para preservar tantos animais e vegetais que, hoje, são alvo (e ainda bem) das preocupações ambientalistas.", Francisco Sarsfield Cabral, segundo o Blogue do Não.

Por Deus, digam-me que eu não posso interpretar isto como: "Quem vai votar Sim no próximo referendo sobre o Aborto está a tratar o feto humano como algo de menor importância que os animais". É que não é raro andar com o Sarslield Cabral no eléctrico 15 e receio que me dê alguma coisinha má da próxima vez que o vir.» maradona

As coisas que um gajo descobre quando o blogger vai pró caralho

[ 12-10-2006 ] As Bolsas de Pos-Doutoramento que forem lacradas até ao final de Janeiro de 2007 poderão ter inicio em data a escolher pelos candidatos mas nunca anterior a 1 de Março de 2007.

Grandes Britânicos: Mary Queen of Scots

Grandes Portugueses: José Gil

José Gil (Muecate, Moçambique 1939) é um filósofo e ensaista português. Os seus trabalhos são em língua francesa e portuguesa. Estudou em França, nomeadamente com o filósofo Gilles Deleuze. Leciona filosofia na Universidade Nova de Lisboa e no Colégio International de Filosofia (Collège international de Philosophie) em Paris.

in pt.wikipedia.org


25 de outubro de 2006

Grandes diálogos

- A mim nada me move contra os homosexuais.
- Pois, se calhar, já vai sendo altura de assumir isso.

Carla Hilário Quevedo

A grande contribuição da Carla Hilário Quevedo para a blogosfera lusa foi a invenção do vocábulo endolinque.

When science and theology meet, Catholic Church ready to reject intelligent design by Declan Butler

Este é um debate em que eu sempre me manifestei com alguma relutância, sabe deus porquê, mas a abrunho pediu-me para chamar a vossa atenção para o seguinte texto da Nature e é com todo o gosto que eu aqui vos deixo este belo naco de prosa. Não querem lá ver que há por aí quem queira ser mais papista do que o próprio Papa.

Nature 443, 10-11(7 September 2006); Published online 6 September 2006

Religion is religion, science is science, and good fences make good neighbours. That seems likely to be the thrust of an expected clarification by the Roman Catholic Church of its position on biological evolution, according to a prominent biologist who spoke at a retreat on the topic held last weekend by Pope Benedict XVI.

This outcome would be a blow to supporters of intelligent design who had hoped that factions in the Vatican sympathetic to their ideas might prevail in an internal feud over evolution that has opened since the death of Pope John Paul II in April last year. That could have given a global axis to what has been largely a US cultural phenomenon.

John Paul II perhaps did more than any pontiff to reconcile faith and science, declaring in 1980 that there was no contradiction between the two. He subsequently described darwinian evolution as more than a hypothesis, and in 1992 officially rehabilitated Galileo Galilei, admitting the Church's fault. Benedict XVI, however, has long been more ambiguous on the topic. In his first mass as Pope, he stated that "we are not some casual and meaningless product of evolution".

Last year, the prominent Cardinal Christoph Schönborn wrote an article in The New York Times expressing doubts about darwinism. He also seemed to advocate intelligent design, a movement whose advocates seek to give creationism scientific credibility by arguing that the complexity of science can be explained only by divine intervention in the process of evolution.

Although Schönborn has since back-pedalled on the way his ideas were expressed in the article, the piece fuelled rumours that Rome, which currently endorses darwinian evolution and rejects any literal interpretation of biblical creation, might instead endorse intelligent design.

Speculation increased last month when Schönborn announced that creation and evolution would be the topic of the Pope's annual retreat, to be held in Castel Gandolfo near Rome. As a former cardinal and German theology professor, Joseph Ratzinger has long held this informal gathering, where he discusses a hot topic with his past students. But the retreat has taken on new significance since Ratzinger became Pope.

Bruce Chapman, president of the Discovery Institute in Seattle, Washington, which represents the intelligent-design movement, welcomed the choice of topic in a press release published on the institute's website last week. In it he wrote: "What's good about all this is that they're taking up the issue seriously...it will be conducted at a very high level and I think it should give cheer to people who are critics of Darwinism."

Schönborn was one of four invited speakers at the meeting, which also included Robert Spaemann, a conservative German philosopher, and Paul Erbrich, a Jesuit priest who questions the random nature of evolution. The fourth speaker, the only working scientist present, was Peter Schuster, a molecular biologist and president of the Austrian Academy of Sciences.

In a break with tradition, the proceedings of the meeting will be published later this year, says Schuster, with a preface written by the Pope. The message will be to promote dialogue between faith and reason, Schuster says. Given the power struggles within the Church, however, the precise outcome of the overall debate is impossible to predict, he says: "We have to wait."

But discussions at the meeting suggest that the Church will probably affirm a form of theistic evolution, which posits the general principle that biological evolution is valid, although set in motion by God. At the same time, it seems likely to reject the fundamental intelligent-design principle that God was a watchmaker, intervening in the details. "Intelligent design as an intervention of God during evolution will not be an outcome," predicts Schuster. "I got the impression that there was general agreement that evolutionary biology is a undeniable science and not a hypothesis."

The Pope in particular "immediately accepted that theology is not going to interfere with science", Schuster adds. "He is not a scientist, but I was surprised by the sharpness of his intellect. He wanted to be informed; he was very interested in science."

But although there is likely to be agreement that the Church should not attempt to question the basic theory of evolution, those at the meeting were also adamant that science should not stray into theology. Schuster says there was a wide desire to address the Church's concern that darwinism is being extrapolated as a wider metaphysical stance. This argues that we are random products of evolution, and that there is therefore no need for God. "I agree that, as in science, everyone should stay within their realms of competence," says Schuster.

24 de outubro de 2006

Sem comentários

(com a devida vénia para o Santiago)

Listen to your teacher. Repeat after me:
I won't grow up,
(I won't grow up)
I don't want to go to school.
(I don't want to go to school)
Just to learn to be a parrot,
(Just to learn to be a parrot)
And recite a silly rule.
(And recite a silly rule)
If growing up means
It would be beneath my dignity to climb a tree,
I'll never grow up, never grow up, never grow up
Not me!
Not I,
Not me!
Not me!
I won't grow up,
(I won't grow up)
I don't want to wear a tie.
(I don't want to wear a tie)
And a serious expression
(And a serious expression)
In the middle of July.
(In the middle of July)
And if it means I must prepare
To shoulder burdens with a worried air,

I'll never grow up, never grow up, never grow up
Not me,
Not I,
Not me!
So there!
Never gonna be a man,
I won't!
Like to see somebody try
And make me.
Anyone who wants to try
And make me turn into a man,
Catch me if you can.
I won't grow up.
Not a penny will I pinch.
I will never grow a mustache,
Or a fraction of an inch.
'Cause growing up is awfuller
Than all the awful things that ever were.
I'll never grow up, never grow up, never grow up,
No sir,
Not I,
Not me,
So there!

I won't grow up!
(I won't grow up)
I will never even try
(I will never even try)
I will do what Peter tells me
(I will do what Peter tells me)
And I'll never ask him why
(And I'll never ask him why)

We won't grow up!
(We won't grow up)
We will never grow a day
(We will never grow a day)
And if someone tries to make it
(And if someone tries to make it)
We will simply run away
(We will simply run away)

I won't grow up!
(I won't grow up)
No, I promise that I won't
(No, I promise that I won't)
I will stay a boy forever
(I will stay a boy forever)
And be banished if I don't!
(And be banished if I don't)

And Never Land will always be
The home of beauty and joy
And neverty
I'll never grow up, never grow up, never grow up
Not me!
Not me!
Not me!
Not me!
No sir!
Not me!

JPPiana da noite

"São coisas que se pensam e não se dizem.", como diria o outro, é todo um programa.

21 de outubro de 2006

É Triste Ser-Se Crescido

(Carlos Tê / Rui Veloso)

É triste ser-se crescido
E não ter mais rédea solta
Ir descobrir o sentido
Do mundo à nossa volta

É triste dizer adeus
Aos nossos velhos cantinhos
E ouvir a nossa mãe
A mandar-nos ir sózinhos

Triste é trocar os calções
Por colarinho apertado
Ter cartão de identidade
Já com outro penteado

É triste ser responsável
Guardar horas na cabeça
Ter tantas obrigações
Que fazem andar depressa

Aí como é bom recordar
Esse tempo de criança
às vezes queria parar
Crescer muito também cansa

We shall not indulge in anti americanism

grandes portugueses II

"Eu tenho dois amores"
(pois, pois eu como bom macho português percebo muito bem este rapaz)

Grandes Portugueses

Não questionamos a pátria!

17 de outubro de 2006

"Correia de Campos pediu aos médicos para «que assumam uma visão democrática e progressista no que se refere à protecção da saúde sexual e reprodutiva da mulher e à Interrupção Voluntária da Gravidez em meio hospitalar como um acto médico cuja legalidade não pode mais ser adiada» e afirmou que se vencer o 'não' no referendo sobre a despenalização da IVG, o Governo «fará cumprir a lei actual» (LUSA via PÚBLICO ONLINE, 16.10.2006).

Quanto a Correia de Campos, pergunto-me se fará cumprir a lei actual -- ou a nova, pós-referendo -- respeitando as convicções individuais e a liberdade, tal como preconiza o Primeiro-Ministro. Ou será que os médicos que são contra a IVG terão de realizar esse actos médicos mesmo que tal seja contra as suas convicções individuais? Não há aqui, tal como no serviço militar, o direito a uma figura semelhante ao objector de consciência?" in Bloguítica

As piores posições sobre o aborto não são as de quem de nós discorda, mas aquelas que resultam das indiçações do líder espiritual ou de pressões de grupo para que se seja progressista, dispensando qualquer análise crítica. Sem querer abusar do tom paternalista, o meu conselho é que aos cronistas do costume o leitor prefira outras fontes onde o aborto é discutido sem grandes estados de alma, sem ataques pessoais, sem distorções e com o desenvolvimento que o problema merece.

Suspeito que se podem estar a avizinhar alterações por aqui.

Fornicar à moda antiga

Ela: Naquele tempo a cópula era praticada em grande medida a seco.
Ele: Sim! É verdade, um pouco de vaselina ou algum tempo gasto em perliminares (aqui deliro) teria, nessa altura, ajudado a trazer muita felicidade a alguns casamentos.

(Em boa verdade não sou detentor da totalidade dos direitos de autor deste micro-diálogo.)

Socorro ajudem-me

Está a dar o "Pedro, o milionário" e eu não tenho loiça para lavar.

11 de outubro de 2006

O que vai nas caixas de comentários deste blogue

Chamada de atenção para o debate que decorre nesta caixa de comentários entre a abrunho e a Cristina Silva. Eu ultimamente ando tão chalado que prefiro estar calado.

A voz às damas.

8 de outubro de 2006

Joint science academies’ statement: Global response to climate change

Climate change is real

There will always be uncertainty in understanding a system as complex as the world’s climate. However there is now strong evidence that significant global warming is
occurring
. The evidence comes from direct measurements of rising surface air temperatures and subsurface ocean temperatures and from phenomena such as increases in average global sea levels, retreating glaciers, and changes to many physical and biological systems. It is likely that most of the warming in recent decades can be attributed to human activities (IPCC 2001). This warming has already led to changes in the Earth's climate.

The existence of greenhouse gases in the atmosphere is vital to life on Earth – in their absence average temperatures would be about 30 centigrade degrees lower
than they are today. But human activities are now causing atmospheric concentrations of greenhouse gases – including carbon dioxide, methane, tropospheric ozone,
and nitrous oxide – to rise well above pre-industrial levels. Carbon dioxide levels have increased from 280 ppm in 1750 to over 375 ppm today – higher than any previous levels that can be reliably measured (i.e. in the last 420,000
years)
. Increasing greenhouse gases are causing temperatures to rise; the Earth’s surface warmed by approximately 0.6 centigrade degrees over the twentieth
century. The Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) projected that the average global surface temperatures will continue to increase to between 1.4
centigrade degrees and 5.8 centigrade degrees above 1990 levels, by 2100.

Reduce the causes of climate change

The scientific understanding of climate change is now sufficiently clear to justify nations taking prompt action. It is vital that all nations identify cost-effective steps that they can take now, to contribute to substantial and long-term reduction in net global greenhouse gas emissions.

(...)

As nations and economies develop over the next 25 years, world primary energy demand is estimated to increase by almost 60%. Fossil fuels, which are responsible for the majority of carbon dioxide emissions produced by human activities, provide valuable resources for many nations and are projected to provide 85% of this demand (IEA 2004). Minimising the amount of this carbon dioxide reaching the
atmosphere presents a huge challenge.
There are many potentially cost-effective technological options that could contribute to stabilising greenhouse gas concentrations. These are at various stages of research and development. However barriers to their broad deployment still need to be overcome.

Carbon dioxide can remain in the atmosphere for many decades. Even with possible lowered emission rates we will be experiencing the impacts of climate change throughout the 21st century and beyond. Failure to implement significant reductions in net greenhouse gas emissions now, will make the job much harder in the future.

Prepare for the consequences of climate change

Major parts of the climate system respond slowly to changes in greenhouse gas concentrations. Even if greenhouse gas emissions were stabilised instantly at
today’s levels, the climate would still continue to change as it adapts to the increased emission of recent decades. Further changes in climate are therefore unavoidable. Nations must prepare for them.

The projected changes in climate will have both beneficial and adverse effects at the regional level, for example on water resources, agriculture, natural ecosystems and
human health. The larger and faster the changes in climate, the more likely it is that adverse effects will dominate. Increasing temperatures are likely to increase the frequency and severity of weather events such as heat waves and heavy rainfall. Increasing temperatures could lead to large-scale effects such as melting of large ice sheets (with major impacts on low-lying regions throughout the world). The IPCC estimates that the combined effects of ice melting and sea water expansion
from ocean warming are projected to cause the global mean sea-level to rise by between 0.1 and 0.9 metres between 1990 and 2100. In Bangladesh alone, a 0.5 metre
sea-level rise would place about 6 million people at risk from flooding.


Developing nations that lack the infrastructure or resources to respond to the impacts of climate change will be particularly affected. It is clear that many of the world’s poorest people are likely to suffer the most from climate change. Long-term global efforts to create a more healthy, prosperous and sustainable world may be severely hindered by changes in the climate.

(...)

Conclusion

We urge all nations, in the line with the UNFCCC principles, to take prompt action to reduce the causes of climate change, adapt to its impacts and ensure that the
issue is included in all relevant national and international strategies. As national science academies, we commit to working with governments to help develop and implement the national and international response to the challenge of
climate change.

G8 nations have been responsible for much of the past greenhouse gas emissions. As parties to the UNFCCC, G8 nations are committed to showing leadership in addressing
climate change and assisting developing nations to meet the challenges of adaptation and mitigation.


We call on world leaders, including those meeting at the Gleneagles G8 Summit in July 2005, to:
· Acknowledge that the threat of climate change is clear and increasing.
· Launch an international study to explore scientifically informed targets for atmospheric greenhouse gas concentrations, and their associated emissions scenarios,
that will enable nations to avoid impacts deemed unacceptable.

· Identify cost-effective steps that can be taken now to contribute to substantial and long-term reduction in net global greenhouse gas emissions. Recognise that delayed action will increase the risk of adverse environmental effects and will likely incur a greater cost.
· Work with developing nations to build a scientific and technological capacity best suited to their circumstances, enabling them to develop innovative solutions to mitigate and adapt to the adverse effects of climate change, while
explicitly recognising their legitimate development rights.
· Show leadership in developing and deploying clean energy technologies and approaches to energy efficiency, and share this knowledge with all other nations.
· Mobilise the science and technology community to enhance research and development efforts, which can better inform climate change decisions.


Documento assinado pelas Academias Brasileira, Canadiana, Chinesa, Francesa, Alemã, Indiana, Italiana, Japonesa, Russa, do Reino Unido e dos EUA.

3 de outubro de 2006

and now for something completelly different

Este post é de facto muito interessante de uma cajadada só mata uma carrada de coelhos ...

27 de setembro de 2006

O menino é aluno de quem?

Hoje a porteira do local onde trabalho perguntou-me "O menino já cá está outra vez?", achei piada, à mediada que vou reencontrando as pessoas que ali conheci e com quem fui fazendo amizades, interrompidas durante 5 anos, apercebo-me que deixei uma reputação. Tecnicamente o menino é Sr. Dr., mas quem é que vai fazer uma maldade dessas a uma senhora tão simpática ...

Ainda nesta linha, costumo dirigir-me ao meu orientador (ou será host?) como "Professor" o que antes era frieza e formalidade tem-se vindo a tornar afecto à custa dos esforços mútuos de diplomacia.

Confesso que às vezes por de traz do deferente tratamento por "Professor" lá surge uma atitude mais confrontacional, no outro dia o "Professor" fez-se de desentendido. Eu lá lhe disse "O Professor podia fazer assim ou assado ..." ao que ele respondeu com um ar irónico "O Professor sou eu!?".

Garraiadas

As garraidas a que se assiste nas recondidas caixas de comentários da lusoblogosfera são para mim uma eterna fonte de aprendizagem sobre a condição humana, pena é que eu tenha também muito a ensinar.

23 de setembro de 2006

E depois vêm-me dizer que eu escrevi este post justamente para poder escrever este ... e depois eu é que estou com uns copos a mais.

Já dizia o outro que uns bebem e nos outros surte efeito.


Digamos que ocorreram ligeiríssimos problemas durante a pós-produção deste post.

20 de setembro de 2006

Parabéns miuda


Posso garantir que apesar de não ter reparado efeméride à primeira consegui escrever a ULR sem recorrer ao cut and paste.

13 de setembro de 2006

A cortesã ofendida

Não há coisa melhor do que «brincar» (atentem os incautos na grafia) com uma costesã ofendida.

Eu como sou um Homem (atentem mais uma vez na grafia) exigente não aceito qualquer costesã ofendida, exijo que a cortesã ofendida tenha pontos fracos que eu conheça.

A partir daí o divertimento não só é garantido como é, em princípio, gratuito.

7 de setembro de 2006

Ainda não percebi muito bem o excitamento que voltou a andar por aí a propósito dos voos da CIA em Portugal.
Agora, o que me parece realmente invulgar é a lentidão dos correios portugueses na transmissão da carta de Freitas - lentidão essa que não se deve poder atribuir aos CTT, hoje presididos pelo socialista Luís Nazaré. Ou será que a culpa foi do chamado "correio diplomático"? Pelos vistos, como me dizia hoje um amigo meu, talvez o dito "correio diplomático" funcionasse melhor se utilizasse os aviões da CIA.
Paulo Pinto Mascarenhas (bold meu)

O Paulo Pinto Mascarenhas tem absoluta razão no que respeita à questão do atraso com que a carta de Freitas do Amaral chagou a Ana Gomes. Já a frase que destaco a bold me parece denunciar um cinismo muito duvidoso.

Permito a mim mesmo a ousadia de uma tradução livre:
É verdade que os serviços secretos do Estados Unidos são de uma sacanice a toda a prova, já a deputada Ana Gomes é apesar de tudo bem intencionada, mas faria melhor se entregasse as suas boas intenções à sacanice dos Estados Unidos.

Aqui não se discute nem política nem religião

Um dos meus melhores amigos é de esquerda (alguns diriam de extrema-esquerda) e ao mesmo tempo um católico conservador. Um autêntico animal político.

O resultado disto é divertidíssimo, é eu ser convidado para passar um fim de semana em casa dele com montes de merda para escrever, nas vésperas do meu regresso a Portugal. Soube-me que nem ginjas.

- Vamos ver um DVD?
- Ya meu! O que é que tens aí?
- "Adivinha Quem Vem Jantar"

O filme desenrola-se em torno das desventuras de um casal (branco) cuja filha traz um noivo negro para casa. A família até que era progressista, mas isto de ser progressista é mais fácil em teoria do que quando é preciso tomar partido na realidade concreta. Só os ingénuos subestimam o poder da pressão dos pares. É que até a governanta (negra) era contra o arranjinho (ela sabia melhor do que ninguém as provações por que o noivo viria passar).

O resultado disto é eu ter um gajo de "extrema-esquerda" a dizer-me com um tom de voz muito estranho em cenas capitais do filme que eu sou um gajo com muito bom senso.

Consta que o pai foi Capitão de Abril. Não conheço o pai mas conheço a mãe que é uma personagem "larger than life" (a dinamizadora ideal para um copo de água).

Consta também que no Verão quente de 75 as discussões políticas se tornaram demasiado acaloradas lá em casa foi até ao dia em que alguém se lembrou de afixar na porta "AQUI NÃO SE DISCUTE NEM POLÍTICA NEM RELIGIÃO".

Meus senhores e minhas senhoras, portugueses e portuguesas, eu por mim política ainda discuto, agora temas na margem da religiosidade (como futebol) preferia sinceramente evitar.

ÀH, já me esquecia, o meu amigo de extrema-esquerda-católica-conservadora casou-se com uma Alemã, por isso suponho que vai ter que ter muito cuidadinho no que respeita aos comentários a certos filmes.

1 de setembro de 2006

Se isto são preparos para sair à rua ...


(foto roubada ao maradona, especialista na arte de enrolar macacos)

27 de agosto de 2006

Mau sinal

Ela contrai os dedos dos pés e agita as pernas enquanto ele lhe faz olhinhos.

"Gambe Alate" por Igor Mitoraj

09 h 05m

Subia as escadas, todas as manhãs às 9 e 5, pachorrento com o nariz entre as nadgas dela.

18 de agosto de 2006

Na blogosfera como no sul do Líbano:

Se estás fodido respira fundo e atira mais um rocket.

Caralhos me fodam

Quando acabarem com a prostituição no Intendente é que eu quero ver como é que este gajo se desenrasca.

P.S.: Isto com o devido respeito às prostitutas propriamente ditas.
É preciso esclarecer que quando estudei no técnico tive um contacto muito reduzido com as prostitutas, desse contacto ficou-me uma impressão muito positiva da afabilidade das profissionais do sexo, pese embora a notoriedade dos efeitos secundários do cavalo. Foi-me pedido tabaco umas quantas vezes, quando tinha dei cordialmente sem exigir favores em troca.
Uma vez houve um cabrão que no Carnaval me atirou com um saco de água às trombas na presença de uma prostituta, na altura tive uma falta de presença de espírito suficiente para o catalogar de "filho da puta". A senhora que estava por perto foi muito afável e disse-me que "esta gente" não tem respeito por ninguém, posso garantir que não disse qualquer palavrão.

Televisão



Porque é que a porra da televisão tem tantos botões se dois para mudar de canal, e vá lá, um para desligar me chegava perfeitamente?

Um post em família

17 de agosto de 2006

Lendo jornais / blogues / papéis / caixas de comentários / pichagens (TM)


Na passada semana, a direcção do Público tomou uma iniciativa que corre sério risco de vir a figurar entre os mais bizarros episódios da imprensa portuguesa.

No final de um artigo de Isabel do Carmo (IC) criticando a política israelita em geral e o ataque ao Líbano em particular (de resto, em resposta a afirmações anteriores, visando a autora, da habitual colaboradora do jornal Ester Mucznik), estampou a gazeta a seguinte nota: "NR - O Público não alterou a grafia deste texto, designadamente o facto de a autora escrever Holocausto com caixa baixa."

É evidente que o que subjaz à nota do Público é IC ter escrito holocausto e não Holocausto, ou seja, ter iniciado com letra "minúscula": o jornal parece ter a concepção da imensa relevância da primeira letra como critério formal de valorização! Escre- ver "holocausto" é estar com o Hezbollah, grafar "Holocausto" é estar com Israel e a Administração Bush!... Mas porque é que se usa o elusivo "caixa baixa"?...

Daria pano para mangas reflectir sobre esta concepção litúrgica e sacralizante do uso da maiúscula, mas a nota coloca ainda outra questão: é evidente que a direcção do Público pretende tornar claro que não subscreve aquilo que no seu exclusivo entender significa o facto de IC ter utilizado minúscula. Ora, por esta ordem de razões, o jornal teria de estar constantemente a fazer notas semelhantes esclarecendo "não ter alterado a grafia" aos azedos e reaccionários insultos de Vasco Pulido Valente, às reflexões que levam Esther Mucznik a considerar terrorista toda a gente que não pensa como ela e por aí fora!

A vantagem, entretanto, é que fica a saber-se que para incomodar aquele jornal basta uma pequena entorse na ortografia e escrever a grandíssima ofensa de que se trata da Folhinha dirigida por josé manuel fernandes...
Ruben de Carvalho

Microcausa do dia

Pode o maradona (com minúscula) proceder à já habitual limpeza dos arquivos?

15 de agosto de 2006

microcausa (dressing code)

Querem as mulheres portuguesas ter mais cuidado com o uso indiscriminado de minisaias com menos de 20 cm comprimento, calças justas ou transparente e tops ousados?

A gerência agradece. É que um homem tem direito a andar relaxado na rua. No inverno podem andar como entenderem porque eu trago sempre um casaquinho para disfarçar o avolumar de qualquer foco de tensão corporal.

8 de agosto de 2006

O dia estava claro ...

foi quando apareceram os fantasmas do passado ...

7 de agosto de 2006

A ideia está longe de ser original, mas nem por isso é má ideia reafirmá-la.

Ao melhor estilo de Duchamp: Olha lá como a minha pilinha é maior do que a tua



Ela: Destesto a forma como vocês [homens] falam sobre política, vocês falam de política como quem fala de futebol.
Eu: Porquê?! Por causa do clubismo?
Ela: Não, porque querem saber o que se passou nos balneários.

Uma maiga minha que raramente aparece no MSN

"Desculapa lá que eu sou só uma e vocês são bués!"

Ora pois ...

Se a memória não me falha, chama-se a isto analepse ...

Mas sobre o que é que eu queria falar mesmo?!

Onde é que está o copo?

Ora pois ...

Já dizia a minha avó, que Deus tem, quem não bebe é porque tem algo a esconder ...

tss! tss!!!

5 de agosto de 2006

Frases românticas

Hoje acordaste tão matinal.

2 de agosto de 2006

Retrato Robot



Eu: Se eu te pagar bem dás-me conselhos de moda? Tu és verdadeiramente especialista neste assunto da farpela dos cientistas.

Ela: Pois, o teu caso seria um do estilo cientista/agente de MI5 disfarcado. Agora no Verao e mais dificil - tens que arranjar uns bons oculos escuros, e talvez uma pistola de agua? Hmm, deixa ver... Um laser pointer com ar sofisticado... Uma mala de executivo... A todo o custo evitar o look do Russell Crowe em 'A beautiful mind'.

1 de agosto de 2006

Pergunto ao vento por novas do meu país

O João , conta-me que a mulher tem a barriga cada vez mais redondinha, e que arranja o jardim à tarde depois de voltar do trabalho.

Fala-me do trabalho. Sente-se que as responsabilidades pesam de outra maneira. Um telefonema de Portugal, um tio morreu lá no interior do Algarve. Só soube quando o corpo já tinha ido a enterrar. Mandei-lhe um abraço e disse-lhe (subtilmente) para não olhar para traz.

Pergunta-me como estou eu a que propósito lhe escrevi aquela carta. De resto conta-me que as fotografias já foram reveladas. Revela-me que apareço apenas em background, em amena conversa com uma rapariga.

Em certas coisas, nós os latinos, facilmente nos tornamos postiços, é por isso que sou tão amigo do João, Comunista e Católico ao mesmo tempo.

P.S.: O João acaba de me revelar de que cidade a mulher é oriunda, e acaba de perceber com base nesse detalhe porque lhe enviei a carta. Os meses passam sem que eu fale com o João, mas em compensação as nossas trocas de email são pura poesia. Beleza e consolação.

Há quem se esqueça com demasiada frequência que por vezes os testículos e a consciência são faces opostas de uma mesma moeda.

31 de julho de 2006

Lendo jornais / blogues / papéis / caixas de comentários / pichagens

"Má fé" no Kontratempos.

Acrescento mais um exemplo: a utilização da palavra "massacre" nos noticiários da RTP1 e no Público de hoje (os que vi, é provável que apareça noutros meios de comunicação). No Dicionário da Academia é claro que a palavra implica matar "indiscriminadamente" "com selvajaria e crueldade", tendo como significados "chacina", "matança", e o acto de massacrar significa "chacinar" "trucidar", "dizimar", "exterminar". Podem parecer cruéis estes preciosismos vocabulares, mas o uso da palavra "massacre" não é descritivo é propagandístico porque implica haver dolo por parte de Israel. Se um inquérito revelar que o ataque a civis foi deliberado, então é legítimo usar a palavra "massacre", até lá é uma opinião disfarçada de notícia. Qualquer manual de deontologia jornalística ensina o que se deve fazer em casos destes, seja qual for a opinião do jornalista, a indignação que possa ter perante a violência da guerra e a sua inerente injustiça face a inocentes.
Pacheco Pereira 31/7/2006

Bem pelo contrário, a União Europeia, cuja política no Médio Oriente é claramente anti-israelita e por isso inútil para mediar qualquer coisa, continua a financiar a Autoridade Palestiniana controlada pelo Hamas. Os americanos dão uma última garantia de segurança a Israel, mas essa só funciona num ambiente de Armagedão, e a Bíblia e os seus apocalipses não são os melhores conselheiros. Até lá, e esperamos, sem necessidade de chegar lá (um conflito nuclear), Israel está sozinho e só pode contar consigo mesmo. Eles sabem muito bem disso, como Savimbi sabia. Ele perdeu tudo, os israelitas fazem tudo para que o mesmo não lhes aconteça. Pacheco Pereira 20/7/2006

A minha adaptação livre:

"Bem pelo contrário, [os Estados Unidos], cuja política no Médio Oriente é claramente [pró]-israelita e por isso inútil para mediar qualquer coisa, continua a financiar [Israel independentemente de o governo Israelita não se mostrar empenhado no Roteiro para a Paz]. Os americanos [não] dão [qualquer] garantia de segurança [à Palestina], [criando assim] ambiente de Armagedão, e a Bíblia e os seus apocalipses não são os melhores conselheiros. Até lá, e esperamos, sem necessidade de chegar lá (um conflito nuclear), [o Irão] está sozinho e só pode contar consigo mesmo. Eles sabem muito bem disso, como Savimbi sabia. Ele perdeu tudo, os [iranianos] fazem tudo para que o mesmo não lhes aconteça."

Resta-me admitir que o exercício de adaptação livre correu um bocadinho pior do que eu estava à espera. Talvez por isso eu prefira os meus bitaítes ao jornalismo. Ninguém é perfeito.

25 de julho de 2006

Coisas piores do que a sangria

Exemplo: cerveja inglesa. É que a mim infelizmente faz-me dizer disparates e pior ainda não me apaga a memória. É que realmente de que é que vale beber um bom copo de tinto se o tinto não adormece a puta da minha consciência (a tal que nem um alfinete de peito de jeito me faz quando dorme comigo).

Mais coisas sobre o MSN

Experimentem ter uma conversa com uma pessoa depois desta beber uns copitos, e depois quando esta já se esqueceu de tudo confrontá-la com o que ela disse. É especialmente porreira a parte em que depois de analisar a gravação da conversa descobrem que a conversa real foi ainda pior do que se lembram.

Agora vinha a parte em que eu dava promenores da conversa que motivou este post e claro (parte fulcral, nunca esquecer esta parte) o nome da pessoa com quem foi tida a conversa.

23 de julho de 2006

Há muito tempo que não fazia isto. Entrada directa para a barra lateral.

Para ti

Bateram à porta ...

Fui ver. Eram os sitemeter reports.

Lá tive eu que explicar, mais uma vez, tão educadamente quanto posso, que já dei o que tinha a dar para esse peditório.

É nestas alturas que um egocentrico como eu dá graças a Deus por a ambição ainda ter limites. Felizmente.

22 de julho de 2006


Este já não tem que ser atado à cadeira para não fugir. E não, não, estou a falar dos direitos das crianças na Roménia.

Seja bem vindo quem trouxer Jesus no coração

Desculpem lá as letrinhas nos comentários, já sei que alguns de vocês não gostam e eu bem sei que é chato. Mas hoje fui atacado pelo blogspam, pela segunda vez desde que tirei as letrinhas (150 comentários no total).

Como diz um saudoso azulejo, à porta de casa dos meus avós, "Seja bem vindo quem trouxer Jesus no coração". Sejam pois bem vindos.

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VATICAN CITY - A Vatican cardinal said Thursday the faithful should listen to what secular modern science has to offer, warning that religion risks turning into "fundamentalism" if it ignores scientific reason.

Cardinal Paul Poupard, who heads the Pontifical Council for Culture, made the comments at a news conference on a Vatican project to help end the "mutual prejudice" between religion and science that has long bedeviled the Roman Catholic Church and is part of the evolution debate in the United States.

The Vatican project was inspired by Pope John Paul II's 1992 declaration that the church's 17th-century denunciation of Galileo was an error resulting from "tragic mutual incomprehension." Galileo was condemned for supporting Nicolaus Copernicus' discovery that the Earth revolved around the sun; church teaching at the time placed Earth at the center of the universe.

(...)

Poupard and others at the news conference were asked about the religion-science debate raging in the United States over evolution and "intelligent design."

(...)

Monsignor Gianfranco Basti, director of the Vatican project STOQ, or Science, Theology and Ontological Quest, reaffirmed John Paul's 1996 statement that evolution was "more than just a hypothesis."

"A hypothesis asks whether something is true or false," he said. "(Evolution) is more than a hypothesis because there is proof."
in Wired

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Bachelier (1870-1946 right) was the first one to study the Brownian motion in his PhD thesis at the Sorbonne in Paris and applied it as a possible model for the stock market. He was well ahead of his time not only for its application to the stock market, but also because he derived a lot of the properties of this stochastic process. Unfortunately his notation was a little bit sloppy. In particular, the dependence of a2 with N and T in the limit N → ∞ was omitted in most of his books and papers but always assumed by Bachelier. This "minor" omission and a careless reading of Bachelier's work was the origin of Paul Lévy's strong criticism to his work. It was so strong, that Levy wrote a very critical and negative report about Bachelier's work when the latter was trying to get an appointment at Dijon. Bachelier of course didn't get the position and moved then to a small university at Besançon and kept on working without much impact in the field.

It was after Kolmogorov's 1931 citation of Bachelier work that Lévy went back to his work and realized that he made a misjudgment of Bachelier's work. Apparently Levy didn't even read Bachelier's papers and books in the very first place and, even so, he disregarded Bachelier's findings as erroneous. Quite a strange behavior for one of the best mathematicians of all times. After that, in 1931, Lévy wrote to Bachelier a letter apologizing for his behavior. It was a little bit late since Bachelier retired in 1937 although Bachelier was quite happy to receive Lévy's letter. At last his work was read by someone, and by the best!
in Esteban Moro's weblog

More information
Biography of Bachelier
Bachelier and his times: A conversation with Bernard Bru, an article by M.S. Taqqu, published in Mathematical Finance - Bachelier Congress 2000

20 de julho de 2006

A eterna saga do anonimato

É desta que acabo com os comentários anónimos no blogue. A partir de agora é como o Pacheco Pereira comentários só com o primeiro e último nome!

17 de julho de 2006

Coisas mesmo à gato fedorente

Tu fazes da tua vida o que quiseres, mas é minha obrigação aconselhar-te.

15 de julho de 2006

Uma palhaçada bem ao gosto do verão

Gravatinha bem apertada. Camisinha passada a ferro. Calça vincada. Sapatinhos novos. Meia a condizer.

Se fosse mulher, com certeza, levaria chapéu como se fosse beijar a mão á rainha Isabel II.

8 de julho de 2006

Foi há um ano e um dia


Já eu estava em Lisboa. Fica-me na memória, a esta distância, a forma como os Londrinos souberam enterrar os mortos e salvar os vivos, com a maior naturalidade do mundo; sem os sentimentalismos, por vezes bacocos, em que nós, latinos, somos tão bons.

É claro que esta também não é nada de deitar fora

Turner: este é o meu favorito

4 de julho de 2006

- Óh meu amor se não me podes dar dinheiro pelo menos assume a relação.

O esquisofrénico anda a ouvir vozes

No fundo a questão que essas vozes lhe colocam é que leis é que ele está disposto a quebrar para orientar a vida dele.

A tal questão do BMWsito.

Mais um murro na mesa

E eu que nem gosto nada disto!

3 de julho de 2006

Via CTT

O primeiro ministro aparentemente não sabe o que é o hotmail e o gmail. Pior o primeiro ministro não sabe que agora o que está na moda é mandar mails via technorati. Mas lá está: nem toda a gente tem um blogue para receber mail via technorati.

Eu felizmente não sou homem de confiar no que o meu cérebro me diz de estômago vazio.

E no entanto



(Na imagem Luciana Salazar)

Uma casa portuguesa

(letra: Reinaldo Ferreira)

Numa casa portuguesa fica bem
pão e vinho sobre a mesa.
Quando à porta humildemente bate alguém,
senta-se à mesa co'a gente.
Fica bem essa fraqueza, fica bem,
que o povo nunca a desmente.
A alegria da pobreza
está nesta grande riqueza
de dar, e ficar contente.

Quatro paredes caiadas,
um cheirinho á alecrim,
um cacho de uvas doiradas,
duas rosas num jardim,
um São José de azulejo
sob um sol de primavera,
uma promessa de beijos
dois braços à minha espera...
É uma casa portuguesa, com certeza!
É, com certeza, uma casa portuguesa!

No conforto pobrezinho do meu lar,
há fartura de carinho.
A cortina da janela e o luar,
mais o sol que gosta dela...
Basta pouco, poucochinho p'ra alegrar
uma existéncia singela...
É só amor, pão e vinho
e um caldo verde, verdinho
a fumegar na tijela.

Quatro paredes caiadas,
um cheirinho á alecrim,
um cacho de uvas doiradas,
duas rosas num jardim,
um São José de azulejo
sob um sol de primavera,
uma promessa de beijos
dois braços à minha espera...
É uma casa portuguesa, com certeza!
É, com certeza, uma casa portuguesa!

29 de junho de 2006

A fuga de cérebros

Em Portugal aparentemente os políticos estão muito preocupados com a fuga de cérebros.

Eu acho que para grandes males tem que haver grandes remédios. No caso do Instituto Superior Técnico que conheço melhor*, tenho sugestões concretas a fazer. Em primeiro lugar constato que felizmente os cérebros tem umas perninhas agarradas o que é muito chato porque lhes permite fugir. As pernas criam o problema mas também oferecem a solução. No técnico há umas arvoresinhas muito bonitas nuns pequenos jardins, eu sugiro que se atem as pernas dos cérebros a essas árvores vão ver que vai resultar.

Digam lá que não dava um bom Ministro da Ciência e do Ensino Superior.

*Portugal é um país muito divertido onde há problemas opostos e aparentemente contraditórios por um lado a fuga de cérebros, por outro a tendência de certos cérebros passarem a vida a gravitar a mesma universidade até atingirem o supremo objectivo de qualquer cidadão português: uma lugar na função pública. Cumprido este objectivo entra em acção o inexorável princípio de Peter que dita que qualquer um alcança a seu tempo uma posição para a qual não é competente. As boas notícias são que lá fora não é muito melhor.

Blogger para que te quero


"Ilustração Milo Manara (qualquer semelhança do jantar com esta imagem é pura coincidência..)
Quem estiver interessado em participar num jantar convívio no próximo dia 8 de JULHO no Porto, é favor inscrever-se agora !
Haverá vários tipos de concursos e shows e entrega de prémios aos vencedores!(pode beijar a rapariga à escolha (ou rapaz)!
- Concurso do maior mentiroso
- Concurso do maior engatatão
-Concurso do maior comilão
Show de strip e karaoke!
Obrigatório o uso de roupa sexy e boa disposição!
Não são admitidos caloteiros!
Atenção: se o número de inscrições, não for satisfatório , o jantar será cancelado!
" (sem link)
Eu amodos que estava mais interessado era mesmo no karaoke onde as vozes se revelam em todo o seu fulgor ...

28 de junho de 2006

Alfinete de peito

Continuo a preferir alfinete de peito a felatio, nunca me agradou o latim.

Encontros improváveis II

Casamento entre duas pessoas tímidas.

Encontros improváveis I

Casamento entre pessoas do mesmo sexo

Hipótese académica: um prémio nóbel da física em portugal

Porque é que Portugal é o país com mais pessoas por metro quadrado a contestar a teoria da relatividade de Albert Einstein e ainda não foi atribuido a nenhum Português o prémio nóbel da Física?

Será que o senhor Pinto da Costa anda a subornar os membros da Academia Sueca das Ciências tento como objectivo evitar um putativo desvio de fundos públicos do futebol para a ciência?

Poderá o Prof. Mariano Gago explicar-me esta situação?

Sobre isto mais se dirá quando eu ler a bibliografia (i)relevante, porque sim quando eu for grade quero ser como o João Pedro George!

24 de junho de 2006

A pirâmide etária

Em alternativa seria possível comer a virgem e mandar a maçã para o inferno, mas atendendo à pirâmide etária das virgens nos dias que correm é melhor não ir por aí ...

A maçã, a virgem e a Madalena arrependida


Há que comer a maçã, mandar a virgem para o inferno e dizer à Madalena que se está arrependida é porque é parva.

A educação sexual e o catolicismo português

A velha farsa que opõe o catolicismo nacional à educação sexual nas escolas é dos mais tristes espectáculos a que assistimos neste país.

Os pais reivindicam para si o direito de dar aos filhos a educação que entenderem. Até aqui sou tentado a concordar.

Para mim, o problema começa no facto das vozes mais críticas da educação sexual nas escolas serem católicas e conservadoras.

Nada tenho a opor ao conservadorismo ou ao catolicismo em si, pelo contrário, as pessoas que mais me marcaram no meu crescimento foram pessoas católicas ou que tiveram um contacto muito estreito com o catolicismo até o abandonarem.

O que me preocupa no catolicismo mais conservador e retrógrado é nós vivermos num país onde supostamente noventa por cento da população é católica e o nosso comportamento fora das portas da igreja nada ter a ver com o que é pregado no interior da igreja.

Nas famílias do Portugal real há pais católicos (e tementes a Deus) que pregam a cartilha católica mas que nas entrelinhas ensinam um subtexto em tudo diferente. De um lado comenta-se de forma algo ambivalente o caso de um(a) vizinho(a) que teve um caso extraconjugal, já a outra vizinha solteira que "não assenta" é uma devassa se não mesmo uma puta.

23 de junho de 2006

A prova que a minha minha consciência é uma cabra acabada, é que quando a levo para a cama comigo ela nem um alfinete de peito de jeito me faz.

18 de junho de 2006

Maryeva Oliveira


É com um enorme prazer que fico a saber que pertenço a tão finas linhagens ...

(foto daqui)

Coisas estranhas que me aparecem no statcounter. Notem a estranha acentuação ...

Se me continuam a dar graxa

vou ter que tomar medidas concretas.

Óh chefe aguenta aí os cavalos! Sim?!



(foto retirada daqui)

Um galope que vem do fundo

Há histórias que fluem nos troncos das árvores genealógicas, indiferentes aos rudimentos da cladística. É uma seiva elaborada que deixa os primos dos ramos mais distantes infinitamente próximos. Não é uma omnisciência, porque para cada história há pelo menos dois segredos. São memes, memes familiares. (Sabes o que são memes?) O teu bisavô a raptar a tua bisavó a cavalo, um meme brutal. Um meme que se imagina com requinte cinematográfico, o jovem montado à mongol ou à índio da América do Norte, abraçando o animal com as pernas e a moça com os braços, arrancando-a do chão e aos trisavôs. Todos novos, na altura, num Portugal rural, sem subúrbios. O problema é quando falta o álbum de família ou um deserdado rancoroso que evite a deriva mitómana. Rapto da bisavó a cavalo? Uma pileca, talvez pela calada, a coisa combinada em segredo, os trisavôs no sono dos justos. Não se sabe. Fica a reverberar aquele galope de cascos em terra fértil, a bisavó num vestido branco sujo de lama, o trisavô do alto de uma colina, a armar a espingarda e a hesitar, por falta de um tiro limpo que fizesse tombar o homem. Ao jantar, alguém sempre conclui o relato, dizendo: "não estaríamos aqui hoje". Raios partam o bisavô, que pôs a fasquia do romantismo a uma altura impossível. Nem tentei aprender a montar.

Eu já tinha copiado este post do Vasco algures, volta à superfície não sei porquê ...

17 de junho de 2006

13 de junho de 2006

Minha cara, pois fique sabendo que o prazer foi mútuo ;)

12 de junho de 2006

Vanitas

Cura de nojo?

6 de junho de 2006

attila.ist.utl.pt

Wellcome, and try not to give much notice of all the mess ...

4 de junho de 2006

Coisas que não param de me espantar neste blogue

A fidelidade da clientela. Especialmente em dias em que a única coisa que se ouve aqui é o zumbido das moscas.

3 de junho de 2006

Serviço púb(l)ico

Sítios onde já não desperdiço muito tempo, com muita pena minha.

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