- Oh pai, oh pai eu gostava de ser blogosfericamente discreto!
- Oh filho entao porque e que andas em locais onde ha holofotes blogosfericos?
27 de dezembro de 2005
Algo de estranho se passa com este blog ...
... antes respondia aos comentarios criticos deste blog na propria caixa de comentarios, agora e' por e-m@il, e olhem que tenho gente a perguntar-me: "Entao ja respondeste aquele comentario?"
à(s)
01:06
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26 de dezembro de 2005
Sei bem o que e' isso de "pensar escrever a tese". Profundamente castrativo, mas nao e' nesse momento que se comeca a jogar a serio?
à(s)
23:15
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Convite

Venho por este meio convidar o Dr. Jorge Coelho a jogar xadrez comigo (na condicao do tabuleiro e as pecas nao mudarem de proprietario no decorrer do jogo).
à(s)
21:31
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By the way ...
... a insustentavel leveza do ser venceu (recebi agora a confirmacao pelo telefone). Um dia destes ainda hei-de contar a historia toda, para os meus leitores que nao privam comigo via msn e nao conhecem os aspectos mais escorregadios do meio em que eu (ainda) me desloco.
Resta saber qual vai ser o preco desta brincadeira, ainda que eu de como adquirido que uma consciencia tranquila (na medida do possivel) nao tem preco(?).
à(s)
21:22
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A cena chave do "Cinema Paradiso" ...
... desta vez foi a do caixao.
Se eu acreditasse no ceu este post faria muito mais sentido. Ainda assim e dificil de ir mais fundo do que dizer "Chega uma altura em que estar calado ou falar nao faz diferenca.". Felizmente alguns vao continuando por ca ainda que em silencio ...
... Adeus e' o que te digo.
à(s)
20:08
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Nao ha direito
Esta para aqui um gajo a tentar ajavardar o tasco, e os gajos da RTP decidem apresentar "O cinema Paradiso".
[A menina Iambe nao podia de vez enquado escrever um postzito sobre este tipo de assunto la no seu blogue? (...) O que? (...) Pois! E fico aqui eu sozinho a tentar endireitar o mundo?!? (...) E que treta e aquela de vires aqui parar via technorati? Eu pensei que ... Olha um abraco e um bom 2006 e o que se quer!]
à(s)
19:54
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25 de dezembro de 2005
20 de dezembro de 2005
The Closest Thing To Crazy
How can I think I'm standing strong,
Yet feel the air beneath my feet?
How can happiness feel so wrong?
How can misery feel so sweet?
How can you let me watch you sleep,
Then break my dreams the way you do?
How can I have got in so deep?
Why did I fall in love with you?
This is the closest thing to crazy I have ever been
Feeling twenty-two, acting seventeen,
This is the nearest thing to crazy I have ever known,
I was never crazy on my own...
And now I know that there's a link between the two,
Being close to craziness and being close to you.
How can you make me fall apart
Then break my fall with loving lies?
It's so easy to break a heart;
It's so easy to close your eyes.
How can you treat me like a child
Yet like a child I yearn for you?
How can anyone feel so wild?
How can anyone feel so blue?
KATIE MELUA
à(s)
12:45
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19 de dezembro de 2005
à(s)
17:13
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18 de dezembro de 2005
Isto só pode ser para bater o couro àquele gajo que agora não me lembra o nome e que fez um filme entitulado "A branca de neve"-
à(s)
12:10
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17 de dezembro de 2005
Anda para aqui um gajo a matar a cabeça (salvo seja) ...
... e depois depara-se com isto.
à(s)
14:08
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Para o dono do tasco:
Quando é que pões aquilo que tens que pôr na lista de links?
à(s)
12:48
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16 de dezembro de 2005
E isto será o paraíso ou o inferno?

Qual será a percentagem de ginecologistas heterossexuais e sexualmente activos?
(Pintura de Gustave Courbert)
à(s)
08:39
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O paraíso na terra
O limbo afinal não existe. Nem o inferno.
O novo papa esclarece que, afinal, não são lugares, mas estados. Por este caminho, qualquer dia ainda se atrevem a dizer que a contracepção não é pecado e que preservativo será beatificado.
Mas o papa não está a “ver”. O limbo e o inferno existem, sempre existiram: em Vila Mimosa, na Cova da Moura, nos espectáculos ambulantes de strippers, pelos Estados Unidos. Em lugares muito mais secretos, contudo ao nosso lado. É possível ir ao Inferno e ficar por lá ou, em alternativa, regressar. Poucos regressam.
Muitos inquilinos do inferno não gostam da sua casa, por isso inventam prazeres – carnais/mortais – adequados ao espaço/tempo que habitam. E vão respirando e sorrindo entre ilusões de orgasmos, snifs de coca, garrotes, muito álcool, muitos downers, muitos speeds. Alguns não querem sair do inferno. Aprendem a gostar dele. Gostar do inferno não o torna um lugar melhor.
As pessoas como eu costumam queixar-se da vida: “é um inferno”, dizemos. Mas nunca descemos a esse lugar, sabemos só de ler nos jornais, de ver as fotografias, do cinema. Nós somos os que atingiram o céu, sabemos lá porquê! Mas já percebemos que até o céu precisa de obras de renovação e conservação. Alguém devia dizer ao papa que o céu, sendo melhorzinho que o inferno, não é nada perfeito. Mete água quando chove, o aquecimento não funciona bem e o ar condicionado está sempre avariado. No inferno as infra-estruturas são frequentemente muito melhores.
O céu e o inferno existirão sempre, para sempre, aqui, contíguos. Em nenhum lugar fora da Terra. Aqui. E a missão de quem os habita será sempre a mesma. Quem vive no céu deseja melhorá-lo, acreditando que isso diminuirá o âmago do inferno. Quem vive no inferno não quer nada, só acordar vivo. Alcançar diariamente os meios para satisfazer as suas diversas necessidades de prazer. Estar-se nas tintas para o céu que não lhes calhou. Ironizá-lo. Desmerecê-lo.
Se eu tivesse nascido no inferno ou lá tivesse ido parar, fazia como os infernícolas: batia todos os dias à porta do céu para aí despejar, com um sorriso cínico, baldes do lixo mais fedorento, e gozava na cara de quem me abrisse a porta.
Eu podia ter nascido no Inferno. Eu podia ter ido lá parar pelos meus próprios pés.
Foto - Susan Meiselas, Portugal, Cova da Moura, 2004
à(s)
08:05
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15 de dezembro de 2005
diálogos ligeiramente imaginários
Ele - Estou sim?
Ela - Sim. O que deseja?
Ele - Sou técnico da companhia das águas e estou mandatado para inspecionar as suas condutas.
à(s)
11:02
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Conversa de café no mirc
eu> Oi!
ela> Oi, td bem?
eu> tudo! e tu?
ela> tb
eu> asl?
ela> 23 porto
eu> 27 Lisboa
ela> fine
eu> o que fazes?
ela> trabalho num bar
eu> sou estudante [ser desempregado ainda é um bocadinho mais humilhante]
eu> és bar tender?
ela> não sou striper, porquê tens preconceitos?
eu> preconceitos?!? eu?!? não! claro que não!
à(s)
10:53
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Nota para o próprio
... escrever aquele post sobre a minha vizinha da cave esquerda.
à(s)
10:51
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8 de dezembro de 2005
6 de dezembro de 2005
5 de dezembro de 2005
Nota técnica negativa para Cavaco
Apenas vi a primeira parte do debate, mas Cavaco pareceu-me tenso. Esta é uma das grandes limitações do animal político Cavaco Silva.
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22:49
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Nota positiva para Cavaco Silva
Mostrou que não é o candidato-a-ministro-das-finanças-by-proxy-em-Belém. Mostrou ter as questões económicas na devida proporção tendo em conta o conjunto dos problemas nacionais. Essa foi a outra agradável surpresa deste debate.
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22:45
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Nota positiva para Mnuel Alegre
Mostrou que não é um apenas o-candidato-anti-Soares-e-anti-partidos porque (finalmente) se dicidiu falar sistematicamente sobre assuntos concretos. Se continuar a falar sobre assuntos concretos a sua participação nesta eleição será uma agradável surpresa e uma mais valia para o país mesmo que não seja eleito para Belém.
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22:37
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Com esta treta do bloganço perdi a segunda parte do debate Alegre vs. Cavaco.
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22:36
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1 de dezembro de 2005
Mau tempo no canal
O estado do tempo na Covilha em nada difere do habitual estado do tempo, nesta epoca do ano, em Londres. E claro que quando chove e' mais intensamente.
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17:47
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27 de novembro de 2005
Este blog esteve morto (pelo menos dentro do seu autor) durante alguns dias, agora renasceu, qual Fenix. O seu destino a Deus pertence ...
à(s)
09:36
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15 de novembro de 2005
Um pedido da insustentavel leveza do ser
Tragam-me uma pessoa imparcial e eu levantarei o mundo.
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08:23
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Durante os ultimos dias tive que resolver um problema burocratico complicado. Conclui que tinha agido mal na gestao de uma questao muito delicada, e tive que pedir aos outros intervenientes nessa decisao que repensassem o que tinha sido feito.
Optei por rever a decisao feita por uma questao de principios, mas ha uma coisa que eu quero que fique bem clara: isso nao me da o direito de dar sermoes a NINGUEM. Repito a NINGUEM, nem mesmo aos outros intervenientes no processo de decisao.
Isto e' uma das licoes de ouro que aprendi a fazer ciencia e a trabalhar em grupo, nao so nas questoes burocraticas como na tomada de decisoes cientificas.
Para TI so tenho uma coisa dizer: for,ca nisso. Dedica-te ao que e' verdadeiramente importante, e nao mates a cabeca com questoes laterais.
à(s)
05:32
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14 de novembro de 2005
Casos de uma vida melancomica
Dona Bina queria dar o link do blog ao chefe, mas depois de ler uns quantos posts descobriu que a coisa podia nao cair la muito bem ...
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18:24
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11 de novembro de 2005
Responsabilidade: (s.f.) 1. tudo aquilo que não me diz respeito 2. conjunto de todas as realidades sobre as quais tenho efectivo poder de decisão
Crédito: (s.m.) 1. reconhecimento por serviços prestados à sociedade 2. reconhecimento social pelo domínio individual de responsabilidade 3. reconhecimento social por tudo aquilo que não me diz respeito.
[Nao sera bem no reino do Canada, e capaz de ser mais para os lados do Reino da Inglaterra, e um certo "democrata" dinamarques e bem capaz de ter as suas responsabilidades]
à(s)
01:10
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10 de novembro de 2005
Eu não ando muito bem, mas também não é com estes programas de televisão que lá vamos ...
à(s)
23:29
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Um post à moda da Margarida Rebelo Pinto
Estes dias têm de facto sido uma anedota pegada.
Escrevo a M. a perguntal por H. & Co. (leia-se por ela e o namorado) e ele respondeu e cito textualmente removendo as referências geográficas.
"Curioso teres perguntado porque estive com ela ha' dois dias (ela agora esta em * e esta' ca' so' de visita) e perguntou por ti."
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19:57
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Naquela terra de bandidos tudo corria bem até ter aparecido um bandido com escrúpolos.
É fodido.
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08:09
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9 de novembro de 2005
Vida de Bloger
O que chateia o comum dos mortais nos blogs é a exposição pública da pessoa, sinto isso na pele. Tive sempre recursos psicológicos para lidar com isso, ao fim ao cabo só mudei as datas de uns posts e apagar só apaguei dois posts. Nuns momentos lidei com isso melhor, noutros pior.
Mas o que me chateia pessoalmente a mim é que eu evoco outros espaços e isso é que me chateia profundamente. Porque contra isso pouco posso fazer, para alem de ter muito cuidado com o que digo. E quando exorbito posso sempre pedir desculpa.
à(s)
21:27
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Belas frases para completar:
"you know bit, by bit ..." if there is enough lube
à(s)
05:47
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5 de novembro de 2005
A insustentável leveza do ser (a minha, não a do Milan Kundera) descobriu que a consciência cívica é uma caixa de pandora. Será que a insutentável leveza do ser de Thomas também pensa assim?
à(s)
14:22
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O dono do blog não toma qualquer responsabilidade por eventuais danos causados pelas fotos contidas nos comentários.
à(s)
12:07
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The dinner party
Recebi um convite de uma amiga minha para ir a uma dinner party. Diz-me ela "tens que te dar bem com arquitectos", ora não conhecendo pesoalmente arquitecto nenhum para mim a coisa é igual ao litro soa, a "tens que te dar bem com gente fina". Eu cá desconfio que ela está farta de saber que eu adoro subverter dinner parties ...
É uma pena mas desta vez não pode ser, fica para a próxima.
à(s)
03:12
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London wait for me
Do dia 22 ao dia 26 vou estar em Londres. Vou submeter a minha t**e de doutoramento.
[Para a minha leitora Imperialista: Doutora força nisso, já faltou mais. Bem sei que o rabo do coelho é a parte mais dificil de esfolar. Pensa assim, depois do dia em que submeteres a coisa nunca mais tens que pensar nela. O tal amigo de 80 e tal anos diz que já submeteu aquilo há 50 anos, e nunca mais pensou no assunto.]
à(s)
02:58
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Nunca me tinha acontecido isto
Quando descubro um blog com menos de 3 meses, desconfio sempre. Não é por nada, ao fim ao cabo todos já tivemos menos de 3 meses (e eu ainda me considero bastante novinho). O problema é que é muito dificil perceber se esses blogs existem para mandar bocas ad hominem ou se são projectos que se pretendem prolongar no tempo.
Falando de coisas sérias: descobri um blog que só tem 10 posts e que queria mesmo linkar, mas das duas uma filha ou tiras as fotos ou então nada feito!
à(s)
02:33
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4 de novembro de 2005
- Oh! You tell me that I should sign my death sentence for burocratic reasons?!
- Yes I do!
- That's ok then!
à(s)
04:16
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"Isso eu posso explicar."
Mas ouve lá, quantas vezes é que é preciso explicar-te que é justamente o que em princípio não me podes explicar que me interessa?
Não acreditas no meu arcaboiço?
Olha, se é rock'n'roll, para mim é igual ao litro.
Se for sexo ou outras coisas é outra história! O que realmente me faz rir é que o filme que me passou pela cabeça só me poderia envergonhar a mim e nunca a ti.
à(s)
01:54
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3 de novembro de 2005
Alguem me explica ...
... porque é que sendo a insustentável leveza do ser uma senhora tão elegante só consegue impor a sua vontade dando murros na mesa.
Há aqui algo de profundamente errado.
à(s)
16:21
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30 de outubro de 2005
Monty, se estiveres aí faz de conta que estás em tua casa! A blogosfera (aka blogomicrorectângulo) precisa das tuas bujardas!
à(s)
00:22
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Consta que este blog "está cheio de fotos com gajas com bué de curvas". E não sabem eles as coisas que eu queria postar e não posto, como par exemplo as conversas que se houvem na cidade universitária sobre alfinetes de peito
à(s)
00:18
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29 de outubro de 2005
28 de outubro de 2005
25 de outubro de 2005
ab sexo
Custa a crer quem um programa de tão boa qualidade está na mesma grelha de programação que o Fiel ou Infiel.
à(s)
01:44
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24 de outubro de 2005
O medo do medo da paixão
Conheço a paixão.
Conheço o medo da paixão.
Por isso também tenho medo do medo de me apaixonar.
Tenho medo do Narciso que há em mim.
à(s)
22:26
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23 de outubro de 2005
O que é que o BdE tem de diferente do Barnabé?
A propósito da crise que se vive agora no Bde registro com particular agrado um comentário de um tal de jm nesta caixa de comentários:
quando o texto, pela sua naturza intrínseca, se assume como ficção, e neste caso ficção satírica, vale tudo. O mal da nossa sátira é ser muito bem educada, muito politicamente correcta, muito respeitosa, muito padreca, ou seja, é não ser SÁTIRA. O respeitinho e esas merdas nunca criam uma boa sátira. Isto às vezes torna-se monótono e hipócrita de tanto «respeitar a opinião dos outros», parece uma casa de putas para padres. (o bold é obviamente meu)
(É pena ter estado fora sem RSS feed a funcionar se não punha aqui o post original do Luís Rainha)
à(s)
17:32
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não tenhas medo, vem ter comigo
(para a Morgan)
não tenhas medo
vem ter comigo
porque falas de paixão?
O meu coração sabe que paixão é sinónimo do medo.
do medo só
mais nada
Este coração já se apaixonou (louca e literalmente).
Por isso, sabe bem o que é temer.
vem ter comigo
não tenhas medo
Porque falas de paixão?
Não sabes que as palavras são perigosas?
Despertam os fantasmas adormecidos.
Fala baixinho
aproveitemos.
Antes que os fantasmas acordem,
vem ter comigo.
Une-te a mim.
Temos que ser rápidos
enquanto os fantasmas ainda dormem.
só unidos venceremos
vem ter comigo
não tenhas medo
sei do que falo
este coração já jorrou o sangue da paixão
As velhas feridas ainda pulsam,
sob as duras cicatrizes.
estas lágrimas que vês fizeram das feridas cicatrizes
jorra as tuas lágrimas sobre as minhas feridas
eu jorrarei as minhas lágrimas sobre as tuas
vem ter comigo
Vês?
vem ter comigo
juntos viveremos o amor temperado dos velhos amantes
não tenhas medo
com nossas nossas lágrimas ungiremos o coração um do outro
ficaremos mais fortes
sim
com cicatrizes
mas mais fortes
se os fantasmas vierem estou certo que venceremos
não tenhas medo
vem ter comigo
à(s)
01:13
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22 de outubro de 2005
Filho tu deixa a droga!!!
Eu tenho que me deixar desta merda de comentar blogs de ciência, mas entretanto ainda sou capaz de ter que tratar de uns assuntos de veras delicados.
à(s)
19:08
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21 de outubro de 2005
o homem de branco

Venho por este meio informar que o autor deste blog foi vítima (após prolongada resistência) de violação por parte de Angelina Jolie. Vou já a correr para os jornais.
à(s)
23:47
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20 de outubro de 2005
o elogio da informação da TVI
Acho que já todos percebemos que a TVI e' a maior porcaria do panorama televisivo nacional. Nesse contexto algo que me preocupa particularmente e' a falta de qualidade dos programas informativos, que muitas vezes mais não são do que infotainment. Quero dizer: la que eles queiram impingir ao telespectador as piores telenovelas e os piores reality shows do mercado e' chato mas e' perdoável.
O que e' de facto imperdoável e' a falta de qualidade dos serviços noticiosos das 13 e das 20h.
O que me surpreende e' que a qualidade do serviço noticioso das 7h da manha na TVI e' em tudo idêntico ao da RTP. Porque será? Será que os espanhóis e' que vão melhorar a qualidade do serviço noticioso da TVI ao serviço dos telespectadores portugueses?
E' muito estranha a minha situação nesta materia: a padeira de Aljubarrota que há dentro de mim pede que a TVI seja vendida aos espanhóis para que a qualidade do serviço informativo da TVI melhore a bem da nação.
à(s)
08:37
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19 de outubro de 2005
18 de outubro de 2005
Aviso
Tenham muiiiito cuidado com o envio de emails em que pedem respostas por escrito ...
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12:08
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Insustentavel leveza do Ser 1 - Diabo 0
A Insustentavel leveza do Ser aguarda o contrataque do diabo.
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12:04
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16 de outubro de 2005
Eu gosto muito de filmes americanos, justamente por que só os maus é que levam com balas na corneta! Nunca percebi é porque é que os americanos são sempre os bons ...
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03:31
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14 de outubro de 2005
"Conheço o meio literário, porque o meio é pequeníssimo e é fatal que nos encontremos aqui e ali. Mas escrevo sobre textos, não sobre pessoas, e isso é sagrado. Há escritores que estimo pessoalmente e não literariamente e outros que aprecio no plano literário e não no aspecto pessoal. Há escritores que me insultaram e que depois elogiei."
Pedro Mexia in DN
à(s)
05:01
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13 de outubro de 2005
12 de outubro de 2005
A insustentável leveza do Ser
Estou num terrível confronto com a insustentável leveza do Ser. Refiro-me ao romance de Milan Kundera claro!
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05:06
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11 de outubro de 2005
Difamação
O nome de Herman José voltou a ser referido no julgamento Casa Pia. O jovem que está a depor, considerada a principal testemunha do processo, garante ter sido vítima de abusos sexuais por parte do apresentador [...] Questionado pela defesa de Carlos Cruz, a testemunha garantiu ter sido abusado sexualmente pelo apresentador numa casa em Azeitão.
Após esta resposta, o advogado Ricardo Sá Fernandes perguntou à testemunha se tinha sido Carlos Silvino da Silva ("Bibi") a levá-lo ao encontro do humorista.
Mas neste momento o jovem pediu para falar com os seus advogados, já que a defesa decidiu não que a testemunha não devia responder à questão, com o argumento de poder incorrer em procedimento criminal.
[...]
Os advogados lembraram que já no decurso do julgamento foram movidos contra o mesmo jovem queixas crime pelos representantes legais do ex-deputado socialista Paulo Pedroso e pelo antigo líder do PS Ferro Rodrigues, por declarações prestadas em tribunal.
A juíza presidente do colectivo deu razão aos representantes do jovem, considerando que a lei é expressa nesta matéria e que ao assistente cabe o direito de não responder se entender que a resposta pode levar a procedimento criminal contra si.
A defesa de Carlos Cruz não concordou e, num longo requerimento, alegou que o tribunal não pode decidir desta forma, porque o facto de impedir a formulação deste tipo de questões põe em causa o direito de defesa dos arguidos.
[...]
Este post é a prova que a frase "o Direito só é recordado quando nos atinge directamente" constitui uma declaração difamatória. Procura-se advogado! E essa história de "fecharem os cursos de direito" ainda vá que não vá, DESDE QUE voltes a postar!
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07:33
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10 de outubro de 2005
Frases geniais
Um gajo quando quer ser doutor dá por si a escrever coisas geniais.
"This is extremely important for technological applications and
also extremely interesting technologically."
É o que dá andar sempre a pensar no choque tecnológico ...
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21:53
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9 de outubro de 2005
O p(h)oder é uma temática recorrente das conversas entre homens e mulheres.
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07:44
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Justaposições poéticas
"Sou filho desta terra e vou fazendo anos pois não se pode estar sem fazer nada."
Ruy Belo
"Nada tenho
Nada sei
Sou livre"
Nikos Kazanizakis
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07:39
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Argumento a favor do café:
a importância de um sono descansado em momentos de elevada tensão psicológica ...
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O cúmulo da demagogia ...
... é uma pessoa à esquerda do PS que não trabalha na função pública argumentar que é sensato apelar ao voto contra o PS para penalizar o esforço que o PS tem feito para limitar os privilégios dos trabalhadores da administração pública.
[Há pessoas que só abrem a boca para que saia uma mosca ou para se enterrarem]
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02:35
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8 de outubro de 2005
É a dinâmica de vórtices estúpido
No dia 15 de Novembro pelas 14 horas terá lugar no Departamento de Física do Instituto Superior Técnico um seminário intitulado "Intermittency in Low Temperature Vortex Dynamics". Um amável convite do professor Pedro Sacramento do CFIF.
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10:02
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Rais-ta-partam se eu entendo estas bolas!!!
Acabei hoje de escrever uma parte importantíssima da introdução minha tese. O subcapítulo que discute a equação de Lawrence Doniach. Eu explico.
Esta equação é a equação que descreve a energia de um sistema supercondutor de alta temperatura. Estes materiais distinguem-se dos supercondutores convencionais por se comportarem como supercondutores a temperaturas acima dos -160ºC. Parece uma temperatura muito baixa, mas tecnologicamente é uma temperatura bastante elevada, pois permite o uso de Azoto líquido como material refrigerante e não de Hélio Líquido sendo o primeiro é bastante fácil de obter. Qualquer pessoa já deve viu recipientes com Azoto liquido num hospital algures no corredor, porque este material é utilizado para refrigerar os tais supercondutores de alta temperatura nos magnetos de importantes equipamentos hospitalares (pronto está bem -160ºC é uma temperatura muito baixa).
Voltando à equação. A equação para a energia deste tipo de sistemas permite descrever o seu comportamento completamente, obtendo-se uma equação para a posição e outra para a velocidade dos electrões supercondutores. Mesmo num sistema quântico a ideia de base é muito elegante. Suponham vocês que colocam uma bola numa superfície irregular, é fácil de prever o movimento da bola e descrevê-lo por uma equação. O problema num sistema quântico é que não podemos saber onde está a bola, apenas a probabilidade de encontrar a bola num certo local a cada instante. A dita equação com um nome complicado apenas prevê a evolução da probabilidade de encontrar o electrão (a tal bola) num certo lugar.
Mas porque é que eu vos estou a dar esta seca? É simples, perdi uma semana para escrever de uma maneira compreensível a equação da velocidade da tal bola ou dos tais electrões. Mas porquê? Pois, é que aquilo que vos vou explicar a vocês agora aparentemente é muito difícil de explicar a estudantes de doutoramento, e por isso aqui o estudante perdeu uma semana. Eu explico!
Os materiais supercondutores de alta temperatura são supercondutores apenas quando as tais bolas (salvo seja) se deslocam na direcção horizontal mas não na vertical. Quando as tais bolas se deslocam na vertical o material é "isolante". Porquê? Porque essas tais bolas-electrões só se podem deslocar livremente (ter comportamento supercondutor) quando se deslocam nas camadas horizontais de óxido de cobre; quando pretendem deslocar-se na vertical têm que se deslocar de uma camada para a outra e isso em principio seria impossível porque as camadas adjacentes são separadas por camadas de material isolante. Aqui é que está o mistério quântico: as tais bolas-electrões podem atravessar as camadas isolantes dando um salto quântico. A equação que resulta para a velocidade dos electrões é um tanto ao quanto complicada. E só aparece em alguns artigos da especialidade, e eu perdi uma semana para perceber isso.
Perceberam? Pois, eu (e o resto dos estudantes de doutoramento) também não, mas não desanimem que ainda têm uma semana para perceber o meu texto. Caso contrário seria injusto não acham?
à(s)
02:37
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Branco mais Branco não há ou como o Guterres lavou as mãos dos orçamentos Limianos ...

Uma bela noite, uma da madrugada ou mais, dirigi-me à dispensa devido à escassez de estimulantes e alucinógenos em casa. À falta de melhor abafei uma embalagem de Skip Nova Fórmula (versão 8374a) e Pronto Limpa Mòveis (Spray Nasal).
Enquanto comia o Skip com leite e dava lustro nas orelhas e nariz, um qualquer canal de TV passava uma entrevista com essa chica aí do lado. Não prestei muita atenção, claro. Mudei logo para a CNN à procura da última calinada de Bush.
Fiz depois um pouco de TV Shop e fui-me deitar...
Adormeci branco mais branco, cheio de óleo de cedro nos coiratos, reconfortado com a ideia do mundo ser um sítio bom para se viver.
Isto até às quatro da manhã, quando a Paz Vega começou a chamar por mim, gritando aos quatro ventos té quiero comer, té quiero comer, cariño!!! Dito e feito, estivemos a rever a gastronomia ibérica hasta las oito da matina, altura escolhida pelo despertador para uma tentativa de assassinato.
Levei a mão aos boxers naquele gesto tipicamente masculino, utilizado também pelos Economistas para falar de forma ligeira sobre a produtividade nacional. (Coçei-os, portanto.) Qual não é o meu espanto quando noto que de Espanha tinham aberto as barragens, provocando uma tremenda inundação, lençóis incluídos!
(Mierda)
Como já não tinha detergente, ao sair de casa passei pela lavandaria para deixar a roupa de cama... (pela Ginger)
à(s)
01:50
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7 de outubro de 2005
Efeitos secundários da tese ... ora deixem cá ver ...
E pergunta o juri:
- Quais é que foram os efeitos secundários da escrita da tese a um nível psicológico?
(É isso e é aquela velha treta do outro que só sabia que nada sabia, que repentinamente faz todo o sentido.)
à(s)
02:46
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6 de outubro de 2005
Qual choque tecnológico qual quê!
Our client is a major player in the chemical industry and it's seeking for candidates to occupy a 'His Master's Voice' position in its staff.
Your job, should you accept it, is to sit on your knees, put a cute orange paper hat on your head, lean a bit forward, bend your arms a little and bark.
If manage to do it all day long, without going to the toillet, or having any lunch breaks, you'll get a medal.
Send your resume to us right now, with a bizarre photo of yourself.
The first ten to apply will get a rubber duck with their names on.
(a característica da minha personalidade de que eu me orgulho mais é a profundidade da minha garganta)
à(s)
23:56
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Quando se tem uma tese para escrever vale tudo!
(menos chincar olhos)
(via ginger)
à(s)
23:10
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1ª Companhia
Muito se tem dito sobre a possibilidade de uma empresa espanhola comprar parte do capital social da empresa que administra a TVI. Possivelmente a soberania nacional estará em risco. Mas os senhores da TVI que me desculpem, com a qualidade de programação da TVI eu sinto-me tentado a dizer que de espanha dificilmente virá mau vento ou mau casamento ... a menos que pensemos que aquilo que nos servem no prato seja bom desde que seja nacional.
à(s)
21:30
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"The point is that you are facing a true problem. If you go to the root with all you've got, there is no way you won't injure family, friends, and innocent bystanders."
Norman Mailer
à(s)
20:42
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5 de outubro de 2005
debates autárquicos
São interessantíssimos - de uma perspectiva antropológica, claro.
à(s)
02:20
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O chato do Outono/Inverno é que anuncia-se para breve o fim dos decotes.
Sejamos claros, gosto muito de decotes. Mas discordo do título deste post (pelo menos em parte). É que aqui o meu Zezinho também gosta de um bocadinho de paz.
à(s)
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3 de outubro de 2005
à(s)
23:11
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Ainda o Anatol Lieven na mesma entrevista
Not having studied European history, a lot of liberal commentators don’t understand the importance of having, in European terms, a priest in every village. How can one possibly write the modern history of Spain, or Portugal, or France, or almost anywhere else in Europe except maybe England, without speaking of the importance of religion?
à(s)
22:58
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à(s)
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A cona das pretas pela Isabela
(com uma curtíssima nota final sobre o falocratas dos tempos modernos)
Os brancos iam às pretas. As pretas eram todas iguais e eles não distinguiam a Madalena Xinguile da Ermina Cachamba, a não ser pela cor da capulana ou pelo feitio da teta, mas os brancos metiam-se lá para os fundos do caniço, com caminho certo ou não, para ir à cona das pretas. Eram uns aventureiros. Uns fura-vidas.
As pretas tinham a cona larga, diziam as mulheres dos brancos, ao domingo à tarde, todas em conversa íntima debaixo do cajueiro largo, com o bandulho atafulhado de camarão grelhado, quando os brancos saíam para ir dar a sua volta de homens, e as deixavam a desenferrujar a língua, que as mulheres precisam de desenferrujar a língua umas com as outras. As pretas tinham a cona larga, mas elas diziam as partes baixas ou as vergonhas ou a badalhoca. As pretas tinham a cona larga e essa era a explicação para parirem como pariam, de borco, todas viradas para o chão, onde quer que fosse, como os animais. A cona era larga. A das brancas não, era estreita, porque as brancas não eram umas cadelas fáceis, porque à cona sagrada das brancas só lá tinha chegado o do marido, e mesmo assim pouco, e com dificuldade, que elas eram estreitas, muito estreitas, portanto muito sérias, e convinha que umas soubessem isto das outras. E limitavam-se ao cumprimento das suas obrigações matrimoniais por procuração, sempre com sacrifício, pelo que a foda era dolorosa, e evitável, por isso é que os brancos iam à cona das pretas. As pretas não eram sérias, as pretas tinham a cona larga, as pretas gemiam alto, porque as cadelas gostavam daquilo. Não valiam nada.
As brancas eram todas mulheres sérias. Que ameaça constituía para elas uma negra? Que diferença havia entre uma negra e uma coelha? Que branco perfilhava filhos a uma negra? Nem as distinguiam! E mesmo que distinguissem... como é que uma negra descalça, de teta pendurada, vinda do caniço a saber dizer, sim patrão, certo patrão, dinheiro patrão, sem bilhete de identidade, sem caderneta de assimilada, podia provar que o patrão era o pai da criança.
Que preta é que queria levar porrada?
[À parte da questão racial é de lamentar que ainda que a escravatura já tenha acabado em certas instituições (que gostam de ser respeitadas na praça pública) continuem a haver falocratas que usam do mesmo tipo de estratagema para se envolverem sexualmente com as mulheres que para eles trabalham. Não querem lá ver que o poder continua a ser um grande afrodisíaco ...]
à(s)
20:29
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2 de outubro de 2005
Campanha para a Junta de Freguesia
Ainda hei-de escrever um post sobre a campanha eleitoral para a Junta de Freguesia onde era suposto votar. É como a campanha para a Associação de Estudantes da Escola Secundária mas com personagens mais grisalhos.
[Vou-me abster de reproduzir os comentários que foram feitos sobre a forma de vestir da candidata do sexo feminino, ou melhor do Partido Socialista. Também, o que é que esperavam, naquela terra quando a primeira emigrante decidiu fazer top-less no SEU terraço foi admoestada pelos vizinhos para não expor as brancuras ... já para não falar no antigo padre da aldeia, mas isso era outro blog ...]
à(s)
22:18
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Stonehenge
Já aqui disse que a arqueologia é de todas as disciplinas da história a mais tétrica. No entanto há locais onde esse aspecto tétrico (sempre presente) é temperado por um claro aspecto regenerador. Aliás o culto dos mortos no paleolítico é ele próprio muitas vezes encarado muitas vezes como um momento culminante do processo de hominização. Se não fossem os cientistas a dizer que são só pedras e a condenar à inexistência as fadas e os espíritos que se esconderiam por entre as pedras ...
à(s)
22:07
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Enterros
Eu ainda um dia hei-de escrever um post sobre enterros:
Temas de dissertação:
* As pretas gravatas hipócritas
* Os funcionários que aproveitam para tirar dois dias de férias em honra do morto
* A campanha eleitoral para a Junta de Freguesia que continua no semitério (também ele obra da Junta de Freguesia)
* (last but not the least) o velório enquanto motivo para encontros sociais e mexericos sobre o morto (muito popular no interior do país, mas também visto em Lisboa)
Enfim Portugal nos seu melhor ...
à(s)
21:58
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1 de outubro de 2005
A mulher ideal...
(pela Morgan le Fay)
"... deve encerrar em si alguma contradição (ser cuidada mas descontraida; algo futil e o oposto; ser a tradicional fada do lar e companheira sexual...). Existe ao que parece momentaneamente. Ou seja, a mulher perfeita é a que se tem, mas pode deixar de ser a qualquer momento...
Isto foi o que retive da breve passagem, ontem, por um programa, estilo o brasileiro "Saia Justa", composto, no entando, por quatro homens.
Fora estas brilhantes conclusões, apenas há ainda a salientar as piadas machistas de um dos elementos presentes, que segundo o mesmo podem não o ser! Bem... ele que as experimente contar a uma mulher para ver a reacção..."
(Acrescentaria apenas que os homens se confrontam cada vez mais com o mesmo tipo de atitudes por parte de algumas mulheres.)
à(s)
22:35
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29 de setembro de 2005
Dúvidas existenciais masculinas
De um artigo que eu já citei anteriormente:
Se o pai conhece a criança e quer participar de sua educação, é recomendável que a mãe o permita, porém ao mesmo tempo regule sua presença. [...] Por esta mesma razão, as mães devem ter especial cuidado ao apresentar a seus filhos um eventual novo companheiro, porque se for algo passageiro, os expõem a viver uma nova perda.
Se a mãe não tiver o tal "cuidado ao apresentar a seus filhos um novo companheiro" o pai não terá o direito de intervir? Não se trata aqui de questionar a liberdade sexual das mães solteiras, divorciadas (ou mesmo casadas), trata-se de pedir uma certa separação de águas para com os filhos. (Eu bem sei que estas dúvidas existenciais masculinas revelam uma certa falta de decência pessoal, mas o que é que querem eu sou mesmo assim um gajo indecente.)
à(s)
08:21
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28 de setembro de 2005
O imperativo biológico feminino
Por qualquer razão que me transcende tendo a gostar de mulheres mais velhas. Tendo eu 27 anos isso significa que há um "problema" com que frequentemente me deparo é o do desejo de ser mãe. Esse desejo de ser mãe sobrepõe-se muitas vezes à busca de um parceiro.
Em casos extremos a mulher abdica do parceiro e apenas quer ser mãe solteira. Não é por ser homem que vou negar as barbaridades que alguns de nós cometem. Querer ser mãe solteira quando não se encontrou o parceiro que se deseja não é de facto egoísmo, eu chamar-lhe-ia um imperativo biológico.
Mas às vezes parece-me que o único pai (e por arrasto homem) que concebem é um pai ausente, um pai negligente. A minha pergunta é porque é que elas vêm as coisas assim? Que mal é que os homens lhes fizeram para verem as coisas assim?
Conheço uma autora inglesa que tem um romance onde um filho de uma mãe solteira arrasa a mãe. A autora pergunta-se porque é que este filho se indigna tanto com a mãe quando na hora H foi sempre ela que esteve lá e não o pai? Tive uma amiga minha que se encaixava perfeitamente neste perfil. Mas a minha análise é que o que lhe faltou a ela foi justamente um pai, um pai presente e afectuoso (e reparem que isto é possível mesmo quando pai e mãe resolvem separar caminhos, mesmo quando o filho fica com a mãe). Na minha perspectiva um pai presente e afectuoso para um filho do sexo masculino serve sempre como modelo. Para uma filha um pai afectuoso pode ser um poderoso contraponto contra os namorados mal comportados (que os há), a prova de que nem todos os homens são diabos.
[post originalmente publicado em 20 de Setembro de 2005 pelas 22h e 12 minutos]
à(s)
22:12
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27 de setembro de 2005
Karl Popper, 100 anos depois da fórmula de Einstein
Há 100 anos Einstein descobria a famosa fórmula E=mc2. Einstein rapidamente se apercebeu das implicações tecnológicas e geopolíticas da sua descoberta. Ele sabia que a sua descoberta levaria à construção da Bomba Atómica.
A historia também não ajudou Einstein. Einstein era um amigo muito próximo de Haber que foi um dos grandes cientistas que contribui para o esforço de guerra Alemão durante a I Grande Guerra. Haber foi um fervoroso patriota Alemão durante a I Grande Guerra com o seu trabalho permitiu adiar o descalabro da Alemanha. Eintein sempre disse que não era um verdadeiro Alemão, a única coisa que o unia à Alemanha eram os seus amigos, incluindo Haber.
Quando as purgas nazis nas universidades alemãs começaram Haber optou por se converter do judaísmo ao cristianismo para preservar a sua posição, mas para ele as coisas estavam claramente a mudar, Haber ainda que convertido viu-se obrigado a emigrar para a Palestina.
A loucura do holocausto (cuja verdadeira dimensão poucos conheciam) e acima de tudo a brutalidade da II Grande Guerra tornaram óbvio que o que estava em questão era sério demais e a corrida ao armamento nuclear começou. Hiroshima aconteceu.
Karl Popper de origem austríaca e um profundo conhecedor da obra de Nietzsche começou a publicar os seus estudos filosóficos em língua inglesa em 1945, começando justamente pela parte política do seu trabalho.
A controvérsia com Nietzsche (o nome do filósofo raramente é referido) é sem dúvida fundadora para Karl Popper. Para Karl Popper a questão fundadora da filosofia é a questão do livre arbítrio e as suas implicações para a ética.
Quer Nietzsche quer Karl Popper sabiam que não podiam resolver o problema do livre arbítrio: o problema do livre arbítrio está minado de contradições. O livre arbítrio de um individuo numa questão verdadeiramente importante para este implica a supressão do livre arbítrio do outro.
Karl Popper sabia que o que estava em questão era demasiado importante, o sucesso do seu sistema filosófico dependia da questão do livre arbítrio. Defendeu o seu ponto de vista com uma inteligência impressionante. Profundo conhecedor da física moderna, sabia que a física determinista destruiria o livre arbítrio, este ultimo não é compatível com um mundo desenhado por um relojoeiro de Berna. A pressão posta sobre o seu sistema filosófico era enorme, era preciso reagir custasse o que custasse.
Karl Popper sabia que o poder da arma nuclear era imenso. Karl Popper sabia que a física das altas energias é por excelência o domínio de todas as conjecturas. Associou as duas coisas e conjecturou que o homem teria o poder de construir uma arma nuclear que libertaria energia suficiente para despoletar fenómenos a altas energias que o moderno conhecimento da física não permite descrever. Assim sendo, conjectura Popper, o homem tem ao alcance do seu livre arbítrio a fuga às leis da física tal como as conhecemos e a possibilidade de destruir o relógio de Berna.
à(s)
19:01
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Estou tão farto de citar Karl Popper ...
... que já não me atrevo a faze-lo explicitamente. Nesta matéria digamos que estou na fase de pregar aos peixes.
à(s)
17:44
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26 de setembro de 2005
Vao-se daqui embora porque isto e' um sonho ...
"... E, bruscamente entre dois penhascos o comboio rompeu ...
E tive medo. Pela primeira vez estremeci de medo ate aos limites da vida ... E entao desejei ardentemente, profundamente ficar. Mas era tarde ...
Espoliado abruptamente da minha infancia, aturdido de solidao, sentia-me quase bem dentro do choro. Inesperadamente, por entre a minha dor, eu descobria em mim o aceno de um passado ..."
Vergilio Ferreira, Manha Submersa
à(s)
22:47
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24 de setembro de 2005
A propósito de gravatas
A gravata é uma peça de roupa com a qual me dou muito mal, gosto imaginar que ou uma pessoa descontraída e a gravata não condiz com essa atitude.
A maior parte das vezes acabo por usar gravata para ir a casamentos - por sinal de respeito pelos noivos. As maior parte das vezes, nos dias que correm, pouco tempo depois da tal cerimonia engravatada recebo a notícia: "Eles divorciaram-se!". Ponho o ponto de exclamação porque para mim o divorcio é sempre uma derrota, e um falhanço.
Um spot publicitário que gracejava com o contraste entre o aprumo dos casamentos e a facilidade com que eles se desfazem nas sociedades contemporâneas era aquele anuncio do J&B que parodiava dizendo que a "tradição já não é o que era". Tratava-se ali de promover o álcool como instrumento facilitador da promiscuidade.
Sempre que vou a um casamento acabo a perguntar-me se ao aprumo dos noivos corresponde um real compromisso.
à(s)
13:46
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Eu vou explicar-te o que os teus leitores estão a sentir. Ainda te lembras do que sentiste quando o icosaedro parou de escrever?
à(s)
09:02
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22 de setembro de 2005
Eleições Cleptocráticas
(por Bruno Sena Martins)
Decisiva para uma candidatura eleitoral será sempre cobertura mediática que alcança. Pelas estratégias de marketing que por aí vamos assistindo poucas dúvidas restam: para ter como garante a atenção servil dos jornalistas o melhor mesmo é ser arguido num processo judicial. Isaltinos, Avelinos, Velentins e Felgueiras que o digam. Bem, mas, lá está, aqui começam as desigualdes a que já aludia Marx. Como nem todos têm acesso aos meios de produção dos crimes de colarinho branco -- para isso é preciso tomar o aparelho autárquico (não é automático, mas quase) -- as injustiças tendem a perpetuar-se. Contudo, os canditatos ainda-não-arguidos que careçam de processos para atrair a atenção dos media não deverão desesperar. Serenos. Poderão sempre partir umas montras, deixar o carro mal estacionado ou queimar a bandeira portuguesa. São crimes menores e sem o prestígio de outros, mas, enfim, todos candidatos-estrelas começaram por baixo. Os empreiteiros e os clubes da bola vêm depois.
(o que vai salvar isto ainda é o choque tecnológico)
à(s)
16:17
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Crónica feminina pela imortal Elis Regina
Me Deixas Louca
(letra de A. Manzanero obtida neste excelente cite)
Quando caminho pela rua lado a lado com você
Me deixas louca
E quando escuto o som alegre do teu riso que me dá tanta alegria
Me deixas louca
Me deixas louca quando vejo mais um dia pouco a pouco entardecer
E chega a hora de ir pro quarto e escutar as coisas lindas que começas a dizer
Me deixas louca
Quando me pede por favor que nossa lâmpada se apague
Me deixas louca
Quando transmites o calor de tuas mão pro meu corpo que te espera
Me deixas louca
E quando sinto que teus braços se cruzaram em minhas costas
Desaparecem as palavras, outros sons enchem o espaço
Você me abraça, a noite passa
Me deixas louca
(obviamente isto tem muito mais piada cantado pela Elis, a vocalização daqueles haaaasss é para todos os efeitos fenomenal)
à(s)
07:11
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Nota do provedor do leitor
Foi pedida ao macho de serviço uma crónica masculina sobre essa entidade mítica que é o filho varão e a relação que se estabelece entre este e seu pai. Infelizmente o badameco irresponsável não se apresentou ao local de trabalho "por motivos de ordem pessoal e familiar" . Desculpas: deve andar no engate. Assim sendo e infelizmente temos que os deixar com mais um crónica feminina, à responsabilidade de Elis Regina.
Assim que o editor do blog voltar vou dar-lhe na tola a ver se ele muda a música do blog ...
à(s)
06:44
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para o Filipe Moura
(a propósito deste post dele)
Romaria
(letra de Renato Teixeira celebrizada por Elis Regina)
É de sonho é de pó
O destino de um só
Feito eu perdido em pensamentos
Sobre o meu cavalo
É de laço e de nó de gibeira
O giló dessa vida
Cumprida a sol
Sou caipira, Pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura
E funda o trem da minha vida
O meu pai foi peão
Minha mãe solidão
Meus irmãos perderam-se na vida
À custa de aventuras
Descasei, joguei
Investi, desisti
Se há sorte eu não sei nunca vi
Me disseram porém
Que eu viesse aqui pra pedir
De romaria e prece
Paz nos desaventos
Como eu não sei rezar
Só queria mostrar
Meu olhar, meu olhar, meu olhar
à(s)
06:21
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21 de setembro de 2005
Woman's hour - crónica feminina
(O Days of Angst orgulha-se do seu espírito de serviço público, especialmente com as leitoras do sexo feminino. Na crónica feminina de hoje vamos falar sobre as dificuldades das mães solteiras. O texto foi originalmente publicado na revista Padres OK, foi obtido via portal da família e foi produzido com a participação da psicóloga infanto-juvenil Patrícia Fernandes.)
São muitas as circunstâncias que levam uma mulher a enfrentar sozinha a criação de seus filhos.
Aquelas que depois de um bom tempo de vida matrimonial se separam, também sentem a obrigação de virar rapidamente a página e voltar a funcionar como família, apesar da perda do companheiro e da ausência do pai. No caso das mães solteiras, a dor de não poder compartilhar cotidianamente as penas e as alegrias da paternidade é igualmente intensa, porém logo se transforma em uma carga com a qual é preciso aprender a conviver.
A ausência do Pai
Segundo assinala Patrícia Fernandes, psicóloga infanto-juvenil com vasta experiência em temas de família, existe uma tendência muito acentuada [...] de que as mães procurem "apagar" a figura do pai do contexto familiar. "Há muito poucas mulheres que conseguem separar suas raivas e conflitos interiores e [... da relação com os seus filhos]", indica a psicóloga.
Como consequência, há uma alta porcentagem de crianças que não tem pais funcionando bem não só pela irresponsabilidade do próprio pai, senão que pelos efeitos da consciência da mãe. "As mamães devem ter claro que é muito importante a presença do pai na educação e formação dos filhos, especialmente nos filhos homens", explica Patrícia Fernández.
Se o pai está ausente da vida do garoto, é preciso proporcionar-lhe igualmente uma imagem paterna, porque isso lhe assegura um equilíbrio emocional e a possibilidade concreta de poder, no futuro, formar uma família. Um substituto masculino significativo para o menino pode ser algum de seus avós, [...] é preciso que exista uma clara disposição desse substituto de estabelecer um vínculo com o garoto mais além de seu parentesco ou relação inicial.
[...]
É importante evitar na criança a fantasia de que seu papai se foi porque não o queria ou que o que se sucedeu entre seus pais foi por culpa dele. Por isso, é necessário deixar-lhe claro que seu pai o ama, porém que, por distintos motivos não pode estar com ele.
Mães solteiras
[...]
Se o pai conhece a criança e quer participar de sua educação, é recomendável que a mãe o permita, porém ao mesmo tempo regule sua presença. É necessário proteger as crianças de relações não estáveis, e por isso não é conveniente que o pai apareça quando queira, senão que - para o beneficio da criança - participe de maneira constante.[...]
Mães separadas
[...]
No caso de uma separação matrimonial, a psicóloga recomenda que as mães se esforcem ao máximo para conseguir que o pai continue presente na vida dos filhos. Assim mesmo, esclarece que há casos em que os pais procuram estar perto dos filhos, porém se deparam contra um "muro" da mãe. "Muitas vezes os pais querem participar, mas as mães não o deixam ou condicionam as visitas ao pagamento da pensão alimentícia. No entanto, e se o pai em algum momento não puder pagar? A mãe vai expor a criança à ruptura com seu pai? As duas coisas não deveriam estar relacionadas porque assim se prejudica a estabilidade emocional das crianças", afirma a psicóloga.
[...]
Mães viúvas
Quando a causa da ausência do pai for a morte, é importante que as crianças tenham uma figura paterna que o substitua. Deste modo sabe que, além de levar a memória do pai no coração deles, tem alguém perto a quem recorrer quando precisar falar de homem para homem ou para jogar e aprender coisas que não poderiam fazer sozinhos ou com a ajuda da mãe.
Neste sentido, Patrícia Fernández diz que é muito importante o papel dos avós, já que se o menino tem a sorte de criar-se com algum deles, a dor de não ter seu pai por perto será muito mais tolerável. A psicóloga recomenda que neste caso a mãe se aproxime mais do seu pai ou do sogro e lhe peça - explicitamente - que participe de modo mais ativo na educação dos seus filhos.
[...]
A felicidade mútua
As mães que criam sozinhas as suas crianças e as crianças que crescem sem o pai delas, podem, de igual maneira às famílias normalmente constituídas, alcançar a felicidade. Porém, isto requer um trabalho de desenvolvimento pessoal consciente e constante por parte das mães, essas que devem estar permanentemente se interrogando a respeito da educação de suas crianças. Muitas mães os vêem como extensão delas mesmas, portanto, acabam exigindo que cumpram com as suas expectativas [...].
É benéfico que as mães tenham grupos de amigas e amigos que levem a cabo alguma outra atividade à parte de seu trabalho e que sempre estejam rodeadas de outras mães, para assim comparar o desenvolvimento de seu filho em relação aos dos outros. Deste modo, podem prevenir-se de transformar-se - produto da pressão e da solidão - em mães superprotetoras, omnipotentes e asfixiantes, e alcançar, tanto elas como seus filhos, a felicidade mútua.
(Estão prometidas para breve crónicas sobre contracepção feminina e o orgasmo feminino essa meta quase tão difícil de atingir como os 3% do défice.)
à(s)
05:10
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20 de setembro de 2005
A paichão do PCP pelos "direitos dos trabalhadores" é algo que me fascina
A ultima manifestação desta paichão é a defesa dos direitos dos trabalhadores da administração pública contra o "assalto" por parte do governo contra estes direitos. Será que o PCP não repara que estes privilégios são mantidos à custa dos impostos, incluindo os que são pagos pelos trabalhadores do sector privado que muitas vezes têm menos direitos que os trabalhadores da administração pública e pagam impostos na mesma? Será que o PCP não percebe que atitudes como estas podem ser consideradas como concessões demagógicas a um sector restrito embora numeroso do eleitorado?
à(s)
23:55
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Declaro solenemente que hoje é 1 de Março de 2006
(a menos que hajam razões extrablogosféricas para a ausência)
à(s)
22:41
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19 de setembro de 2005
18 de setembro de 2005
O dono do tasco informa (ao abrigo do direito de resposta)
Recebi com apreço as duas disposições regulamentares de 18 de Setembro de 2005.
Começando pela disposição regulamentar número II. No que respeita a questões do foro pessoal foi sempre isso que foi assumido pelo autor. No que respeita a questões académicas a política de links foi muito mais cautelosa (é de resto esta a prática corrente em meios académicos), justamente por causa das questões que levaram à publicação da disposição regulamentar número II.
No que respeita à disposição regulamentar número I:
1) Em matérias do foro estritamente pessoal foi sempre esse o pressuposto, sob o qual o autor agiu. As situações que levaram à publicação da disposição regulamentar número I são meros actos de impulsividade e desleixo a que a partir de agora se aplica a referida disposição regulamentar.
2) No que respeita a outras matérias o autor promete continuar a reflectir, aliás essa reflexão (por vezes silenciosa) já dura a seis meses.
à(s)
14:28
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o provedor do leitor informa (II)
É prática corrente deste pasquim publicar posts com links.
O proprietário(a) da página a que o post linka tem o direito inalienável de pedir ao autor do post que este seja eliminado . Caso tal pedido seja recebido é obrigação inalienável do autor do post eliminar o post na origem do protesto.
à(s)
12:37
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o provedor do leitor informa (I)
É prática corrente deste pasquim reproduzir no domínio público conversas que foram mantidas em privado.
O provedor do leitor informa que se a reprodução dessas conversas ocorrer de uma forma que possa identificar o outro interlocutor, o visado tem o direito inalienável de pedir ao autor do post que este seja eliminado. Caso tal pedido seja recebido é obrigação inalienável do autor do post eliminar o post na origem do protesto.
à(s)
12:22
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a política e as revoluções segundo sir Karl Popper
(O lopo num post que eu considero interessantíssimo e que já reproduzi aqui já discutiu estas questões, acho que no entanto vale a pena continuar a discussão à luz do caso inglês, ainda que eu seja apenas um leigo. Acrescentaria mais um leigo que não é propriamente "desinteressado".)
Diz-nos Karl Popper que o que causa as revoluções não é a busca de qualquer espécie de justiça, mas sim os conflitos de interesses e isto (ainda segundo Karl Popper) é já razão suficiente para as evitar. Essa é também uma boa razão para pensar duas vezes antes de mudar a lei.
É isso que é interessante no post do lopo, a defesa do jurista prudente.
Nessa matéria o caso inglês é paradigmático. Eles têm aquilo a que eles chamam uma constituição não escrita, e a sua muito amada magna carta.
É claro que a constituição deles está escrita, o que eles não têm é a nossa dualidade entre a constituição (texto fundamental) e a lei ordinária, com disposições muito específicas para a alteração da primeira. O que eles têm é a amada magna carta deles.
O que eles não contam às criancinhas deles é que a Magna Carta não surgiu à segunda feira de manhã porque o Rei João (esse fraco fã de Ricardo Coração de Leão e do Rei Artur) acordou com vontade de abdicar dos seus poderes (qual cavaleiro de pau), a Magna Carta surgiu porque os fidalgos ingleses (e só os fidalgos) quiseram criar um instrumento legal para mediar conflitos com o rei em sede de tribunal.
(Uma das quatro cópias da Magna Carta do tempo do rei João está exposta ao público na Biblioteca Britânica em Kings Cross)
(Vale a pena ler o artigo sobre a Magna Carta na wikipedia)
à(s)
10:13
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Cavaleiro Andante (II)
Carlos Tê:
"Bom, Cavaleiro Andante tem a ver um pouco com a impossibilidade latente em cada um de nós, de sermos uma espécie de salvador de valores. Quer dizer, se as pessoas não se conseguirem salvar a si próprias, se não fizerem sempre um esforço para elas próprias atingirem qualquer coisa. Estão sempre à espera que venha um cavaleiro andante salva-las, e esse cavaleiro andante é sempre um cavalo de pau algures atrás deles."
à(s)
01:48
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Cavaleiro Andante
(Carlos Tê / Rui Veloso)
Porque sou o cavaleiro andante
Que mora no teu livro de aventuras
Podes vir chorar no meu peito
As mágoas e as desventuras
Sempre que o vento te ralhe
E a chuva de maio te molhe
Sempre que o teu barco encalhe
E a vida passe e não te olhe
Porque sou o cavaleiro andante
Que o teu velho medo inventou
Podes vir chorar no meu peito
Pois sabes sempre onde estou
Sempre que a rádio diga
Que a américa roubou a lua
Ou que um louco te persiga
E te chame nomes na rua
Porque sou o que chega e conta
Mentiras que te fazem feliz
E tu vibras com histórias
De viagens que eu nunca fiz
Podes vir chorar no meu peito
Longe de tudo o que é mau
Que eu vou estar sempre ao teu lado
No meu cavalo de pau
à(s)
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As "meninas" da qualidade
Dizia-me alguém em conversa de café no outro dia:
"Sabes, nós as meninas da qualidade somos consideradas umas burocratas."
É interessante como estes preconceitos atravessam transversalmente os vários sectores das sociedades.
A razão para tal desdém só pode ser uma, cooptar o julgamento das "meninas" da qualidade.
Quanto ao uso da expressão "meninas" remete-me também para outros problemas transversais das sociedades, problemas que aliás prevalecem de uma forma chocante nos meios em que me desloco de momento.
(ainda hei-de escrever um texto a mostrar como a revisão de papers científicos pelos pares é uma actividade meramente burocrática)
[a gerência não se responsabiliza pelas sucessivas alterações deste post]
à(s)
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17 de setembro de 2005

You scored as Boobs. You are attracted to: boobs. You're a boob guy/gurl!<
|
What Body Part Are You Attracted To?(pics)
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à(s)
19:15
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Será possível fazer as pazes com os mortos em sonhos?
Tudo indica que não. No entanto os sonhos premitem-nos fazer as pazes com nós mesmos, o que (supostamente) nos permitirá dormir tranquilamente.
à(s)
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leituras cruzadas
[um post do Ivan Nunes a 15 de Setembro 2005 - um suposto email por ele recebido]
Não leve a mal o que lhe vou dizer, mas estive a assistir a um programa de televisão, uma entrevista que a Ana Drago deu ao Pedro Rolo Duarte na Sic-mulher, e foi uma experiência arrepiante, freakish, porque me fez lembrar de si. Para ser sincero, achei que estava a assistir à reincarnação daquele rapaz que apareceu aí há uns dez anos na Política XXI. São ambos muito bem articulados na maneira de falar, com um certo ar de novidade e falam com um contentamento um pouco excessivo. Não é que digam grandes disparates, mas nota-se que as ideias estão um bocado coladas com cuspo. Talvez nem acreditem em tudo o que dizem, a última coisa que leram ou lhes entrou pelo ouvido; mas «funciona bem em televisão», é escorreito, permite agradar aos media. Acho que no geral até são bem-intencionados e, como digo, nem tudo o que lhes ouço é tolice. Quer-me até parecer que às vezes lhes encontro uma certa inclinação para a ironia. [...]
Será que há uma fábrica onde estes jovens são produzidos? Estive a ver com atenção, e o vosso percurso tem semelhanças incríveis. Não é só serem evidentemente os dois de Lisboa, calculo que de meios sociais parecidos: foram ambos para Coimbra fazer teses em sociologia, ambos sob orientação de Boaventura Sousa Santos; ambos cairam sob a sombra política do Francisco Louçã e a orientação mais directa do Miguel Portas (o que é chato, sem ser trágico). E ambos, reparei agora, começaram no mesmo programa de televisão, «Lentes de Contacto», uma coisa para adolescentes e feita por adolescentes no segundo canal do início dos anos 90, embora não ao mesmo tempo, porque creio que você é um bocado mais velho.
Eu tinha uma certa simpatia por si, tanto que cheguei a votar na Política XXI (também, eram umas eleições sem importância nenhuma, não se decidia nada). Mas, de certa maneira, para dizer com franqueza até simpatizo mais consigo por ter desaparecido. Suspeito que deve ter reparado que ser criatura dos media não é vida para ninguém, um boneco articulado a papaguear entretenimento sob a forma de discurso político; e lá foi à sua vida. Para ser uma celebridade, só se for em grande estilo, tipo Scarlett Johansson, Jude Law ou Pimpinha Jardim (desculpe: houve aqui interferência de uma parte do cérebro que devia estar a descansar). Mas você, na política, como celebridade não chega nem para entrar na Quinta; e, para isso, mais vale estar em casa, levar a sua vida, sossegadinho.
[uma post do Ivan Nunes a 27 de Julho de 2003]
"De todos os meus heróis, e tenho vários, nenhum, salvo o meu avô, é maior do que o Calvin.
Lembro-me quando o vi pela primeira vez, num dos números zero do Público, e não achei graça, provavelmente porque nos jornais a que eu estava habituado - o Diário de Notícias, O Independente, o Expresso - não havia comics, e também porque a primeira tira, em que o encontro do Calvin e do Hobbes é relatado, assenta basicamente num nonsense que, sem conhecer ainda os personagens, não é fácil de entender.
Em que reside o génio extraordinário do Calvin como cartoon? Parece-me que é essencialmente no facto de ser a expressão de uma cabeça só que se manifesta na forma de dois personagens. O que superficialmente aparece como "histórias", como descrições de acontecimentos supostamente "reais", é a representação de movimentos internos de uma cabeça, na dupla forma de Calvin e de Hobbes. A existência de Calvin com o seu alter-ego Hobbes permite um grau de loucura ao primeiro que seria paranoica sem o contraponto do segundo. É provavelmente a mistura de megalomania do Calvin com a auto-ironia corporizada no alter-ego Hobbes, acrescentada ainda de um entusiasmo inexcedível pelas coisas e alguns raros momentos de descarada ternura que faz do Calvin um herói tão fantástico. É isso tudo, e ainda a forma, que pode não se ver se não se quiser ver, como o universo adulto e o universo infantil se misturam, como nesta tira, ou nesta, ou nesta.
O Mas a última tira é tão notável, tão brilhante, tão entusiasmante, que, mesmo referindo-se ao fim, é até hoje das minhas preferidas. Como não consigo copiá-la para aqui, não me resta senão fazer o link."
[ainda o Ivan Numes, a 4 de Janeiro de 2004]
Passam este ano dez anos desde que fui cabeça-de-lista da Política XXI ao Parlamento Europeu. Tenho curiosidade de ir ver as cassetes de video das minhas aparições televisivas, com a pele lisinha, a barba bem aparada e um bocado mais de cabelo. No entanto, os sentimentos que essas coisas me despertam são sempre muito contraditórios. Por um lado, tenho simpatia pelo personagem que era eu. Por outro, a televisão, e sobretudo a campanha política, desencadeia uma série de tiques que me desagradam. Uma forma de resumir estes tiques é dizer que a própria expressão corporal das pessoas na televisão é chegada para a frente: muito tensas, como se estivessem muito alerta, muito dispostas a cumprir um papel. Uma parte das coisas que eu dizia era, necessariamente, bluff: um político é suposto ter opiniões sobre todos os temas, e quando não tem prepara-se para inventar, e depois já nem precisa de se preparar porque a invenção lhe sai espontânea. Lembro-me que nas últimas sessões de campanha o discurso já me saía completamente engatilhado - tinha resposta para tudo.
[...]
Quando entrei para o estúdio já estava certamente um bocado irritado. A jornalista, a malograda Dina Aguiar, resolveu fazer perguntas sobre política aos dois crescidos e, quando chegou a mim, disse qualquer coisa do género: «Então? Tão novo?». Aí saltou-me mais ou menos a tampa, tratei-a mal, disse-lhe que a pergunta era estúpida ou coisa parecida e que eu já estava atrasado três anos, estava na plena posse dos meus direitos políticos desde os 18. Na altura tratar mal a Dina Aguiar pareceu-me realmente a melhor coisa que eu podia ter feito, porque discutir política num terço de sete minutos com outros dois candidatos escolhidos ao acaso era coisa que não poderia ter feito.
à(s)
03:38
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